A teoria pode ser chamada de:Teoria da 'polarização cultural',sugere que a produção em massa de conteúdos considerados medíocres, aliada à criação esporádica de obras mais complexas e intelectualmente desafiadoras, é uma estratégia intencional das produtoras para atender a diferentes segmentos de mercado, maximizar lucros e manter o controle sobre o consumo cultural. Essa abordagem não é apenas uma consequência da demanda do público, mas também uma forma de moldar e gerenciar essa demanda.
Segmentação de Audiência e Maximização de Lucros
Conteúdos medíocres em excesso:
A maioria do público consome entretenimento como forma de escapismo, buscando facilidade e entretenimento imediato.Produtoras investem em conteúdos de baixo custo e alta rentabilidade, como filmes de ação genéricos, comédias superficiais ou reality shows, que atraem grandes audiências com pouca exigência intelectual.
Filmes inteligentes para nichos:
Enquanto isso, filmes mais complexos e reflexivos são produzidos em menor quantidade para atender a um público mais exigente, que valoriza a arte e o pensamento crítico. Essas obras, embora menos lucrativas, garantem prestígio e legitimidade cultural às produtoras, além de atenderem a um mercado específico disposto a pagar por conteúdo de qualidade.
Manutenção do status quo:
A produção em massa de conteúdos medíocres ajuda a manter a maioria do público em uma zona de conforto intelectual, onde não há grandes questionamentos ou desafios ao sistema vigente.Isso é funcional para uma sociedade que valoriza a conformidade e o consumo passivo.
Ilusão de escolha:
A existência de alguns filmes inteligentes cria a ilusão de diversidade e liberdade de escolha, dando a impressão de que há opções para todos os gostos. No entanto, a disparidade na quantidade e no acesso a esses conteúdos revela uma hierarquia cultural planejada.
Ciclo de Retroalimentação Cultural,
Demanda e oferta;
A exposição constante a conteúdos medíocres pode reduzir a capacidade crítica do público, criando uma demanda ainda maior por esse tipo de entretenimento. Ao mesmo tempo, os filmes inteligentes são vistos como "prêmios" ou "exceções", reforçando a ideia de que pensar é algo raro e elitista.
-----Ou seja ,o próprio público 'aptende' dizer a si mesmo, que algo de qualidade(que é de importante assimilação para sua progressão de pensamento)é coisa de ricos,pedantes ou nerds.-----
A existência de filmes medíocres faz com que os filmes inteligentes se destaquem ainda mais,criando um contraste que valoriza ambos os extremos.Isso permite que as produtoras explorem ambos os mercados sem conflito.
Filmes inteligentes(criam erroneamente no coletivo médio)como símbolos de 'status'; Enquanto os conteúdos medíocres geram lucro.Produtoras podem usar esses filmes(medíocres)para se legitimar como 'agentes culturais,'ganhando prêmios', sucesso e 'respeito' para com a maioria do público!
Efeitos Sociais e Culturais
Polarização cultural:A teoria sugere que essa divisão entre conteúdos medíocres e inteligentes contribui para uma polarização cultural, onde a maioria consome passivamente, enquanto uma minoria se engaja em reflexões mais profundas.
A produção desigual desses conteúdos reforça a ideia de que a cultura "popular" é 'superior'à cultura "intelectual", perpetuando estereótipos e divisões sociais.
Teoria do Equilíbrio de Mercado Cultural propõe que a produção em massa de conteúdos medíocres e a criação esporádica de filmes inteligentes,não é um acidente, mas uma estratégia calculada para atender a diferentes necessidades do mercado,manter o controle sobre o consumo cultural e garantir tanto lucro quanto prestígio para as produtoras. Essa dinâmica reflete e reforça as desigualdades sociais e intelectuais, criando um ciclo que beneficia as indústrias culturais,enquanto limita o potencial crítico da maioria do público.
Explicar inúmeras vezes,situações em um mesmo filme faz um futuro público,sequer questionar demandas políticas,culturais ou comportamentais em sua própria vida.
By Santidarko
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