Folhas que envergam com o transitar do vento,pingam o sangue derramado em sua superfície.
Com pequenos intervalos da passagem do sopro da noite,colore aos poucos, o verde gramado de rubro.
O fino caule que também fora tingido,balança com a brisa forte;favorece um pintar não segmentado.
A Lua cheia,ilumina e acrescenta seu Tom ao cenário.Aclara a visão dos dois corpos deixados à sua volta.
Após o despertar de um transe alimentar,o vampiro abre seus olhos vermelhos e "volta à realidade".
Passa a língua em seus pontiagudos caninos e concorda com seu pensamento, que atestam uma insatisfação.
Observa com seu dotado campo de visão, à sua volta.
Sua afortunada audição e o olfato,lhe indicam apenas ,uma pacata e silenciosa coruja que testemunhava seu feito.
Com uma risada de desprezo,a ignora com um dizer;
-Vá procurar ratos e ,me deixe em paz!!
Ele
limpa sua boca com um lenço do qual sempre carregara consigo;ajeita sua
lapela e olha pela última vez, o casal do qual se alimentara.
O
homem, estava com uma perna quebrada;o osso exposto,razão á sua não fuga
e reação ,enquanto dilacerava o pescoço de sua namorada.
O Vampiro então..;
abre um sorriso,e como um ator após sua apresentação,faz sua reverência;um curvar-se -com um Obrigado.
Com suas mãos nos Bolsos e ,com um largo sorriso,caminha como um descompromissado,um turista ou entusiasta da noite.
Seu malévolo "arrebatamento",ainda anseia à escolha de um último agraciado.
Ao
ver duas jovens fumando na parte mais escura da praça dessa grande
cidade,sentadas erroneamente com os pés em cima da onde todos os
educados se sentavam normalmente;local esse, que estava vazio, pela
localização urbana(bairro distante) e pelo horário em um dia de
semana,vai a elas.
Sua aproximação, causa um medo
instantâneo às garotas;...mas ao notar suas roupas e gestos,a garotas
que derrubara seu "cigarro enrolado", no momento de sua parada com a
amiga nesse canto da praça,relaxa os tensos músculos.A outra,ainda
permanece com um medo não definido.
Ele ,gentilmente pega o "cigarro" derrubado pela jovem,antes de devolver a ela,dá uma tragada;se apresenta às duas.
Ao apertar a mão da garota que ainda continuara com receio de sua vinda até elas,ouve sua observação;
-Nossa cara...,que mão gelada você tem!!
Com o esboço de um tímido sorriso e com o pensamento imediato,Nosfírus pensa:
-Mas que Diabos estou fazendo?
Como tem o poder de apenas manipular uma mente de cada vez,deixa a garota que dera o aperto de mão,em uma espécie de Catatonia.
Ela fixa seu olhar no nada e não se move.
A outra, ao perceber o estranho comportamento da amiga,a balança e a belisca com seu chamar espantado.
-Ei?o que você tem?
-Está chapada demais?
O vampiro,então..., usufrui o momento.Craveja os dentes na linda garganta da menina que chamara a amiga com um tom brincante.
A outra, ainda permanece sem se mexer.Nem mesmo suas pálpebras Alarmavam-se.
É sem qualquer incômodo ,o manducar vampírico.Um desfrute calmo e agradável do sangue virgem.
Fato esse, que fora percebido, no momento que Nosfírus se aproximara das jovens.
Ele então...,larga delicadamente a jovem que partira de Alma, no chão.
Faz um comentário sobre o doce sabor.
Assea(*assear) sua boca com seu lenço de costume.
Seu tento agora ,está voltado à jovem inerte.
-O que faço com você agora? ;diz ele.
Segurando seu lenço próximo à sua boca,tampa seu riso questionador.
-O quê?
Sua retórica ainda insiste.
Olha ao seu redor e ainda demonstra sua indecisão.
Apoia-se no banco da praça,do qual a garota ainda permanecia intrêmula.
Mas seu escorar,é em sentido oposto ao lado que todos habitualmente se sentam.
O que era, o encostar das costas,era o amparo para seu Cóccix.
Ainda de pé e invertido à posição da garota,manda ela se sentar direito.
-Tenha primor aos modos;Diz ele.
Ela obedece à sua ordem de dominação.
Ele vira seu olhar a ela,seu corpo ainda permanece totalmente de costa para ela,então diz;
-Você não tem o requinte de uma donzela,não é mesmo?
Apesar
de ter a aparência de um homem de trinta anos,o tinham transformado nos
anos cinquenta.Preservava os costumes da boa educação e ,do fino
trato.Mesmo no século vinte e um,não perdera a classificação de um"
jovem sério".
Se atualizara, em vestimentas de marca,que ostentava somente um gosto;...um refinamento.
Seu terno e seus sapatos,denotavam ser uma pessoa de posses,mas tal afirmação de resumo á sua pessoa,era efêmero, ao seu ver.
Como
todo vampiro que fora criado em qualquer época,escolheu seu nome após o
batismo das Trevas.Sua mestre,lhe contribuíra ainda mais para com seu
comportar "vigiado".
Nosfírus ainda não sabia o
que fazer com a jovem.Resolve então ler um pouco de sua mente.Suas
memórias e experiências,são contadas -involuntariamente a ele.
Às vezes,algumas risadas de Nosfírus,outrora um balançar de cabeça-uma repreensão.
Em nenhum momento,há o esboço da passagem de outro mortal pelo local.
O Tédio,dissera:- uma basta ao imortal.
Mas,uma nova degustação, estava descartado.Isso, ele não mais fomentava.A satisfação, era clara em seu pensamento.
Qual seu desfecho a ela então?;-se indagou.
-Acorde e vá embora daqui.
"A
premiada jovem", se levante e cai ao seu assustar.Sem entender "seu
apagar",observa sua amiga morta com a garganta cheia de sangue no
chão.Quase ao seu lado após sua queda.
-O QUÊ? O QUE ACONTECEU?
Com apenas um singelo e curto olhar para ela,um tímido virar de face,diz:
-Vá.
-Corra e não olhe para trás.
Ela obedece sem qualquer confrontação ou pergunta incisiva.
Nosfírus,havia
"usado"a Navalha de Occam(qualquer problema aparentemente sem solução
ou explicação lógica;a resposta ou solução mais simples,é a correta)
Mesmo em fuga,correndo em disparada,ele ainda lê seu "último" pensamento.
Ela pensara;
"-Se, é o que eu estou imaginando,"eles" não matam somente pelo matar.Sem uma razão ou cometimento. O Mal apenas pelo Mal."
"-Eles se alimentam, dos mais fracos ;...ou será ,que é por uma escolha acidental.?
MEU DEUS "eles" existem!!
Ela
jamais saberia,mas as visões dos locais e pessoas com que ela
estivera,vistas por Nosfírus em sua mente,entre as muitas, era, que a
avó da jovem,havia sido o amor de sua vida, antes de seu novo nascer.
Ele jamais esqueceria seu rosto, mesmo "alterado pelo tempo-,sua voz envelhecida e agora ,doente.
"Uma nova prova de amor" ,"uma consideração", aos velhos e saudosos, tempos mortais.
A
jovem ,lembrava muito sua avó ,na aparência,;no momento que Nosfírus a
viu naquele primeiro momento de sua chegada,por isso;a deixou em segundo
plano.
Mal sabia ,que a confirmação, viria de uma forma simples e direta.
De uma forma ou de outra,todos, estamos ligados em uma mesma" teia".
O Passado -Tempo,é um aproximar, mesmo do já distante.
Pensara ele ...,em um tom filosófico e, de aprendizado daquela noite
By Santidarko