segunda-feira, 21 de abril de 2025

Quando a pele torna-se uma incompleta metáfora



A humanidade como uma entidade costurada,
propõem que não somos 'Homo sapiens', mas 'Homo textilis':criaturas definidas por nossa capacidade de tecer significados em tecidos e estilos.

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A moda não é superficial — é a nossa segunda pele que escolhemos para coabitar , com um determinado Tempo.


Mesmo um 'estilo autêntico'é um empréstimo de narrativas alheias.



'A roupa do futuro' não será feita para humanos, mas para 'pós-humanos'; tecidos que monitoram emoções, cores que mudam com o pH da pele, 'sapatos inteligentes'.
... A moda se torna uma interface — um diálogo entre carne e algoritmo, onde estilos  serão...sensações .



A moda é o único idioma que falamos,mesmo quando calamos. Cada costura é uma vírgula no texto do corpo-- e ninguém escapa de ser lido e interpretado.



As capitais da moda (Paris, Milão, Tóquio) são centros de um império simbólico,que 'coloniza corpos globais'. 
...Porém,em outras localidades surgem contracartografias: o streetwear de Seul,de Nova York e de Londres;as tranças de Acra;os bordados de Chiapas. Cada ponto no mapa da moda é uma batalha entre assimilação e resistência.  


Nas prateleiras do fast fashion, qualquer Hallucination transforma-se em coleção.



Um consenso estético é como um delírio artístico compartilhado.


A moda opera como um pacto tácito: aceitamos que um corte oversized ou um tom de bege valem mais que outros. Essa ilusão em massa sustenta mercados e hierarquias sociais. Questionar uma tendência é como duvidar de um sintoma --a 'realidade vestimental' é uma construção frágil, mantida por miradas cruzadas de desejo e conformismos de compras.  


...Quanto mais buscamos peças 'exclusivas', mais dependemos de sistemas industriais que replicam falsas diferenças.



By Santidarko 
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