Victor Calaro,nasceu no circo.Sua mãe,Regina Calaro,a assistente do mágico Oriel Von Drumas,o teve muito jovem.Com dezessete anos.Uma criança nos dias de hoje.Mas não no íncio nos anos oitenta.
Talvez,em alguns meios de vida,seus conceitos,pouco valham.
Regina,ficou encantada com o felídeo olhar de Von Drumas.Em cada mudança de apresentação dos truques,a troca de"gestos oculares"entre os dois,isso sim,poderia ser conotado de mágica.
Von Drumas era um homem muito bonito.CLARO,toda beleza é efêmera.Dado o lugar,opinião,época ou uma vestimenta que contribui a qualquer homem,esse consentimento de outros olhares.
Ás mulheres,o mesmo efeito relativo.
Mas mesmo assim,ele preenchia requisitos para essa afirmação.
Talvez,sua maneira de se portar perante ás pessoas,seu gardo de movimentos corporais,seu sorriso contido,sempre com um toque em sua barba após um riso exacerbado,acrescia um charme sublime do que a uma beleza convergida por todos.
A um homem de trinta e três anos,que proporcionava olhares imaginativos das adolescentes e de mulheres mais velhas,diríamos...,que sim, era apolínico.
Observadores e analíticos de vigília,descreveriam que..,tamanho sestro,á explicação Freudiana.
-Uma jovem mulher que objetiva-se a um relacionamento com homens de Eras mais vividas,na efetividade,almeja um Pai ou uma figura masculina austera que não obtiveram na infância ou em seu crescimento pouco resgardado.
-Porventura,a presença de um irmão mais velho,rígido,com doses de violência protetiva,leve a algumas jovens;ao incesto Germano.
-Outrora,Relatos usuais e literários,já descreviam tal comportamento.
-A segurança financeira e medo da quase ou nenhuma experiência perante ao Mundo;as leve á ação da sobrevivência.
O fato é...,a atração e o encontro emocial afetiva entre eles,não seriam narradas ou destrinchadas por figuras de um clube campestre de Golfe.Regados a bons vinhos,rodeados de belas esposas e em frente a uma piscina que servia de colírio masculino.Com jovens de mesma faixa etária á mostra.Cobiçadas pelos Hipócritas.
Victor,estudava em"casa",sua mãe e membros da trupe,passavam a ele,tudo o que podiam sobre a vida e a luta de ser um errante.
O suficiente a uma vida em preparação para a Guerra.
VIDA.
Em certas ocasiões,seu pai,conseguia que ele participasse apenas como ouvinte em algumas escolas das cidades visitadas.
Somente como "corpo presente".
Não havia interação dos"colegas";nem sequer com os Magistrados quando Victor era consagrado com a sorte de poder sentar-se a uma mesa estudantil.
Não que Victor não fosse aberto ás amizades,mas um estranho,"estranho",era pertubador a eles.
Á Benemerência de Von Drumas,que ao voltar sempre da escola com essa excelente notícia á Regina,que nunca obtivera êxito em suas caminhadas longas que calejavam seus pés devidos a seus saltos-altos;Em certas ocasiões,ela o indagava da tamanha realização,já que ela,inúmeras vezes, saía com o pequeno Victor de mãos dadas pela cidade e,sempre, recebia um NÃO de professoras ou diretoras.
-Ciganos,não!Diziam as docentes.
Mas em seu caso,Von Drumas respondeu:
-Mágica!
O tempo foi passando e Victor se desenvolvendo como um jovem promissor.
Um Mágico regido por horas pelo seu Pai.
Treino,prática e observação.
Alegre,emocional e esperançoso com o Mundo "fora das Lonas".
Seu pai,seu exemplo...,acima de TUDO.
Sua mãe não tinha mais o vigor de uma jovem atraente,mas ainda dividia os laços da união com Von Drumas.
Como sempre foi.
Nenhuma separação ou desate entre os dois,ocorreu durante os anos.Nem uma discussão"Faltosa".
Um desaprocimar de dias.
Em passagem por uma cidade de pequeno porte,Rio Servente,Von Drumas,iria fazer o que sempre fizera.
Ir em busca de uma"vaga diária"para seu jovem filho.
Agora adoslecente,seria importante para Victor...Ainda mais!...,atualizar-se dos acontecimentos e das modas regentes.
Do vigor do Agora.
Mas em uma dessas rotineiras buscas educacionais,Von Drumas,não voltou.
Regina o aguardou com Victor,abraçados na pequena entrada do circo,até o chegar da noite.
De manhã,todos do circo,foram á procura de Von Drumas.
De escola em escola.Não eram muitas,a contar pelo desenvolvimento local.
O que se soube,por um dos palhaços,que havia também um marido aflito em busca de sua esposa.
A exuberante e jovem professora, Alegne de Castro,também sumira em um passe de mágica.
Assim como suas roupas e joias,contou o"vivido" marido e também prefeito.
Victor,aos poucos,"se aproximou"de Aline Vienaque,filha do prefeito.Desde o momento que o Bondoso homem,foi chorar os porquês com Regina.
Os circenses,continuaram sua trajetória como nômades,mas não;Regina e Victor.
Naqueles dias de prantos e perguntas,"preencheram" aos poucos a casa vazia do Prefeito.
Á espera de cada dia.
Nolasco,o prefeito,foi pilhéria constante nos dias ainda"úmidos"pela lembrança e o desprazer do abandono.
Os risos e os Cochichares,não o incomodava mais.
O que o tempo não cura,Edulcora.
Um novo amor então...adoça.
Nunca houve um relacionamento assertivo de Aline para com Victor;mas seu primeiro experimento sexual com ela,trouxe uma idealização a ele.
O AMOR,a SORTE ganha em pagamento pelas lamúrias sofridas em um passado recente.
Mas Aline,tinha outros planos.Desde criança,vislumbrava as cidades grandes pelas telenovelas.
A liberdade e as oportunidades do possível em ruas amplas e movimentadas.
Bonitas.
Céleres em acontecimentos amorosos e aventureiros.
Não era como em sua cidade,Rio Servente.
Pessoas das quais sempre conhecera,sempre conheceria, mesmo se um membro da "família vizinha",acrescentasse um novo Herdeiro ao Clâ dos cidadãos.
Rio Servente,não era uma cidade de todo o Mal.Possuìa belas ruas floridas,calçadas com tijolos coloridos;como aquelas de contos infantis ou em filmes de Fantasia;...contava com belas "construções alegres"e uma praça central,impecável.
Um belo e extenso rio,cortava a cidade.Sempre havia casais á sua beira,desfrutando o passar de patos e gansos.
Translados de carros?
Muito pouco.
O bom...,era andar pela cidade pacata e plana.Até os mais velhos usavam e abusavam do privilégio deste lugar.
Em uma bela manhã de verão,assim que Natal passara,Aline foi em busca de seu sonho.
Abraçar o longínquo.
Nolasco havia economizado o suficiente para quando esse dia chegasse,nao houvesse desculpas financeiras.
Regina,não contou ao seu filho,por medo ou por não querer estragar o sonho de uma jovem idealista e cheia de vida que ela tinha muito apreço.Que aprendeu a amar como sua filha.
Aline,abrira seu coração á Regina,nos conturbados dias,de todas as formas.
Ela,Regina,o fez também.
"A FILHA Á PRIMEIRA VISTA".
Sofreria com a reação de seu filho biológico,mas o amor verdadeiro,dá a metade do coração,para cada um.
Victor correu á rodoviária,mas estava três horas atrasado.Nem havia acordado direito quando soube.Ainda permanecia com suas vestes de dormir.
Discutir com o "pobre"senhor que vendia passagens,tampouco adiantou.
Se ajoelhou em frente ao guichê e jurou a si mesmo:
-Nunca mais serei abandonado por quem tanto amo ou necessito.
Após uma semana deitado em sua cama,ora por embriaguez,ora por desilusão;Victor tomou uma decisão ao ver um apresentador de um programa televisivo,anunciar um quadro de mágica.
O truque apresentado na tela,era infantil a seus olhos,mas foi o potencializador para seu levante emocional e decesivo.
Iria em busca da aprimoração e do conhecimento para seus objetivos.
Ser um mágico de verdade.Não como esses amadores que ganham dinheiro e aplausos por algo tão inútil e sem admiração de quem os assiste.
Victor ao se levantar de manhã,com uma pequema mochila nas costas,pega sua mãe e Nolasco sentados á mesa tomando o café matinal.
Surpresos e um pouco preparados na alma,se levantam e o abraçam.
Antes de passar pela porta que o levaria á rua,mesmo com o choro de sua querida mãe,Nolasco pede um momento a ele.
Disse a Victor,que havia algo para auxiliá-lo em sua busca. Em sua Jornada.
Nolasco,vai em direção a um pote de uma pequena estante da sala e retira um pouco de dinheiro.
Diz a Victor que,se acabar...,devido a um roubo ou um imprevisto de enfermidade,ele poderia ajudar com mais um pouco.Ele,Nolasco,estava guardando esse em específico, para um dia,o presentear com um carro.
-AFINAL,é disso que todos nós Homens,sempre queremos em seguida,não é mesmo Victor?
Victor o agradece com um forte abraço.
Nolasco o retribui com um bater nas costas.Como daqueles paternos de Boa Sorte, Filho.
Regina,não contou que estava grávida ao filho,para não o pressionar ou tirar sua concentração de sua luta contra a vida.
Victor parte com lágrimas.
Chegando á cidade grande,Victor foi assaltado,levaram sua mochila enquanto dormia no metrô.Perdeu seu dinheiro ao sair com uma mulher que supostamente mostraria um lugar para ele passar á noite,mas não antes de pagar uma bebida a ela em um bar descolado como ele.
Palavras dela.
Dormiu no balcão devido a um homogenizado colocado em sua bebida,sem que ele percebesse.
O chamado:"dorme caipira".
Victor,foi arremeçado na rua por não poder pagar apenas uma bebida.Mas não seria chamado a polícia,
visto que,quem o serviu,estava na "jogada" quando Victor,sem querer,mostrou o montante de dinheiro aos dois.A mulher e seu"sócio noturno"de caça-trouxas.
Victor ainda estava muito sonolento.
O dono do bar,desmentiria qualquer acusação perante á lei se Victor o contrariasse.
o acusando de roubo ou qualquer dano á sua pessoa.
Ao acordar,Victor teve somente uma certeza,jamais ligaria para Nolasco.
Jamais.
E Aline?.O que diria quando soubesse do acontecido ao ligar para casa pedindo as novidades familiares.
-Sabia que era um fracassado!.Por isso não quuis ficar ao seu lado;imaginou Victor ainda dopado.
No dia seguinte,totalmente recomposto,surgiu um problema comum a todos os seres vivos.
Alimentar-se.
Mendigou.Roubou de pequenos supermercados,fez o que podia,até decidir se voltaria de carona ou a pé para onde o circo estivesse.
Lá no circo,nunca mais,nunca mais,passaria por isso novamente.
Andou e pensou,...até a noite se apresentar.
Em uma parada de caminhão,apanhou de um cafetão,por estar"incomodando sua funcionária",sem dinheiro para gastar com ela.
Fazendo com que ela,perdesse clientes.
Victor,apenas conversava com ela,sobre um suposta carona;se ela poderia apresentá-lo a alguém de sua confiança que iria em uma certa direção.
Victor foi levado ao Hospital pelos sensibilizados caminhoneiros;que detestavam a figura do "Boléia",o aproveitador e protetor das"moças da noite".
Quando recebeu alta no dia seguinte,começou a fazer truques de mágica a umas crianças que aguardavam sua vez de se consultarem.Cabisbaixas
nos colos de seus Pais.
Essa percepção,veio um pouco antes dele passar pelas porta automática do Hospital.
Foi apenas um virar de cabeça que lhe deu esse esboçar para com a alegria alheia e "desprotegida".
As mágicas,vieram,com os Pais ou com os que aguardavam próximos ás crianças. Com qualquer coisa que tinham em seus bolsos ou em suas sacolas no chão.
Alguns,deram gorjetas a Victor.Como Victor não possuía um chapéu,ou uma cartola que seria mais apropriada á sua profissão,ofertou seu tênis como coletário.
A atendente hospitalar que pode acompanhar a manhã divertida,questionou Victor,sobre uma suposta apresentação para os funcionários do Hospital.
Se apresentar em uma festa que aconteceria em dois dias.Seria uma celebração pelo Hospital ter ganho uma das melhores notas do Estado
Da qualidade no atendimento e de profissionais altamente gabaritados.
Votação pública e aberta,se alguém quisesse a procedência da escolha dessa premiação.
Victor aceitou.
Também conseguiu um lugar para ficar após explicar á senhora que o convidou,sua situação.
De trabalho em trabalho,Victor conseguiu morar em uma pensão confortável.
Bom chuveiro.Boa comida.Boa cama.
O que mais poderia querer alguém que iria caminhar ao desconhecido das estradas até o; encontrar do circo.
Assim como as horas,os dias e os meses,voam.
Com um dinheiro"sobrando",Victor pôde ir a um show de mágica,"de verdade".
Daqueles caros e espetaculares.
O FANTÁSTICO:OFRANUS.
Gastou todo seu dinheiro para estar na primeira fileira.
Durante a apresentação de quem quisera espelhar-se,Victor começou achar aquilo tudo;Impossível demais.
-Materialização de animais em lugares Aonde não caberiam?
-Frutas sendo criadas do nada?
-Partes corporais sendo desmembradas diante de seus olhos?
Victor poderia ser um rapaz humilde de criação,mas a arte do impossível,ele saberia reconhecer á distância.
Não,aquilo não era truque.
Precisaria de mais pessoas para o ajudar a executar tamanha perfeição.
Um"mágico"solista com tamanha destreza?
-Seria um paranormal?
Após a apresentação,Victor esperou o seu ídolo surgido naquela noite,do lado de fora do Teatro.
Não houve qualquer chance para ele poder conhecê-lo pessoalmente.
Os seus seguranças,não deram qualquer brecha,nem mesmo se ele fosse um camundongo.
Victor,em todas as noites das apresentações,agora sem dinheiro,esperava Ofranus do lado de fora.
Nada.
Conseguiu em uma noite,ouvir através de um dos seguranças,o hotel aonde Ofranus iria repousar.
Foram dois dias á espera,agora,não mais nos dias de encenação.
Mas sim,quando o mágico saía do hotel.Calmamente para caminhar ou levar seu gato para passear.
A primeira tentativa fracassou.Na segunda,conseguiu o seguir de táxi no último segundo.Quando Ofranus subitamente entrou em um carro.
Chegou a um lugar chamado Magician.
"um ar estranho"envolvia aquele lugar.Algo que se sentia na pele e em seu Ser.
Pela entrada principal,jamais passaria.Notou a apresentação de um cartão brilhante ao porteiro.
Por uma janela de um banheiro dos fundos,conseguira entrar.
Mulheres nuas servindo bebidas,"seres estranhos",sexo entre os presentes,a visão de Victor,não processara tamanha surpresa.
Com o capuz de sua blusa,escondeu parte de seu rosto.Caminhou até a mesa de Ofranus.
Ele estava sozinho,com sua bebida e seus pensamentos.
Victor se sentou e o chamou de MESTRE.
-ME ENSINE SER COMO O SENHOR!
Ofranus acendeu seu charuto e disse:
-Ousadia e coragem,você têm.
-DESPREENDIMENTO E O NÃO ARREPENDIMENTO,VOCÊ TAMBÉM OS TÊM?
"Todos aqueles que usam da Negra Magia para o aparente sintético,serão expostos por suas retinas felídeas.
"Deverão usar lentes das cores dos próprios olhos para ludibriar seu público e as íris eletrônicas"
By Santidarko
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