sexta-feira, 4 de novembro de 2022

O segredo de um pequeno quarto dos fundos


 

Rua Wídel...

Vielas enegrecidas por uma escura noite,---acometidas também---,pelas falhadas luzes que incorporam os  mortos-postes da rua!

[* Postes tortos nas calçadas,sem uma devida manutenção!}


"ESQUECIDOS"!


Uma fina chuva ,que mostra-se pelo contraste de uma acesa luz externa----de uma casa, que anseia espantar escuridão de sua fachada e, afugentar visitantes ,que usufruem da manta-noite para adentrarem com malícias e más-colocações em seu interior.


Eu demorara demais,para sair da casa de meu amigo.

Fora,eu, o último a sair do pequeno festejo natalício.


De uma forma encenada,lapsa,eu demonstrara perder os passos das horas.


Rejeitara inúmeras caronas,devido a um expecto de minha parte...

----Conhecer de uma forma mais particular,a irmã do anfitrião da festa.---


Porém,para meu desalento e declínio imaginário,ela resolvera pousar na casa de seu irmão.

[*Minutos antes,do aguardado convite, para juntar-se a ela na ida partida!]

[*Em seu simples,mas útil carro]



Não poderia oferecer-me de uma forma abrupta,permanecer lá!

----Na casa de meu amigo,após sua "íntima comemoração" de aniversário------


A casa em questão,tinha pouco espaço e ,muitas pessoas.

Seus moradores e...agora,mais uma visita!


Sua convidada irmã!

Que recentemente,viera trabalhar no jornal,comigo.

(*Vicissitudes da vida)


---O jornalismo,sempre fizera parte de minha vida."Da infância" á minha graduação!---


"Pelos olhos de seus moradores,da casa do qual eu supusera á minha partida,"eu soubera, as minhas falas":

-Foi muito bom,mas tenho que ir agora!


Reforcei meu entendimento:

-VOCÊS PRECISAM DESCANÇAR!

-EU PERDERA A NOÇÃO DO TEMPO,POR CAUSA DAS BOAS COMPANHIAS E... ÁS EXCELENTES CONVERSAS!


[Uma melodia reproduzida por uma caixa acústica,em baixo tom ,devido á hora,cessara!]


Claro, que não haveria a objeção de uma afagadora amizade ou um persistente pedido.Como:

-FIQUE;

-FECHANDO A PORTA,TODOS DORMEM!;"seria"a expectada fala-acolhedora,de alguns, entre eles!


NÃO HAVERIA, MEDIDO INTENTO- ESPECÍFICO!


Hora de ir!!


A fina chuva,pousa em minha jaqueta;consigo sentir a umidade atravessando a minha camisa e chegando aos meus ombros.


Eu teria que ir, mais adiante,---subir a pequena ladeira,---para tentar chamar um motorista de aplicativo.

Ás duas da manhã ,ou em qualquer horário,assim ,como eu chegara,---seria de fácil-cunho,---estar próximo a uma rua mais conhecida;ou em uma rota de ônibus circulares.


-Vou subi-la.

A então...rua Wídel!


Caminhando e segurando a minha jaqueta-----fechada com a ajuda de minhas mãos, em meu peito.


Estivera um pouco mais ameno o clima... quando eu chegara.

Esfriara de repente,com o chegar desta madrugada.



"Um desaventurado como eu",tem o espectro da má sorte",sempre como uma piada, em tardes-horas.

{*Um compêndio que eu trouxera consigo,dos quais, escondo minhas "ociosas mãos",no intento de repelir ,qualquer segurar de infortúnios---á mercê em superfícies;


...Um prego á espreita ou... uma aranha em seu domínio]


A imaginação com o passar dos anos,cogita mais e mais ,apreensões!


O vento está balançando um fio do poste e,está fazendo com que ele,o fio,encoste em um outro fio.

Fazendo-o agir----a  um pequeno curto!


A lâmpada de específicos postes,estão piscando!


Estes pequenos estalos elétricos causam ...uma pequena consternação ,também, aos meus nervos!


Não é um bairro rico,CLARO!;

...PORÉM!,não é um bairro ruim!


Há bastantes lotes vazios.Alguns, com arame farpado e outros ,com uma cerca de madeira,pontuda.


Não é uma "rua nova";apenas  "houvera uma desistência local";pois, a fábrica do qual seria construída,bem próximo  daqui,fora cancelada!


Simples... assim!


Vou subindo á rua e, minha imaginação começa "a dar seus sinais de pulso".

[-Há nauseantes acontecimentos,dos quais,em um translado-ermo,como este,acontecem hediondos horrores nos interiores dessas casas, ---- e sequer---, tomaremos ciência  sobre o ocorrido.


Sobre aparentes,"normais pessoas"!


[*Como áquele casal,em uma outra cidade,em um bairro de classe média--- promoviam a venda de bebês]

[*Eu descobrira,em um desses acasos de estar,na hora certa,no lugar errado]


Confesso,que estou..."levemente alto"!

Tomara vinho,de uma forma exarcebada."Á minha resistência corporal".Queria ter calma e coragem,para no meio do caminho,dentro de seu carro,"dizer algumas palavras" á Olívia Ava"!


VOLTANDO AO PROPOSTO RACIOCÍNIO :

-Á noite,tais encontros "afastados da realidade do dia",revela seus despidos intentos "a nós"!

-No caso,eu,nesta situação de "merecimento-vitimado"!


Bom,estou chegando ao cume desta rua,;

...Haveria uma pequena parte plana,antes de começar a descê-la, e chegar a uma das principais ruas do bairro.



Há uma estranha e ,incomum casa, em seu alto.Ao da rua.


Eu a vira mais cedo,quando descera á rua ,antes do anoitecer;ao me dirigir á festa.

"Não tinha dado a ela,o devido respeito"!


Não há casas em seu entorno.

A rua está mais escura e,mais intimidadora.


Indo em direção ao meu destino,á minha esquerda,há um barranco e um mato alto.

Dá para visualizar do barranco,as luzes ...lá embaixo-----de outras casas!

Um bairro próximo.


Aparenta ser,uma casa de estórias infantis.

---UMA CASA MALÉVOLA!----


-ESTOU INTRIGADO E... COM FRIO!


A lua cheia ao seu fundo,dá a ela,a casa,um ar ainda mais,misterioso.


-Um barulho de furadeira,a esta hora?


Ninguém reclamaria á polícia,porque não há vizinhos próximos a ela.


-Devo informar á polícia?

-Ou deve ser um insone, trabalhando em seu ofício?


-Um marcineiro?;

-Um artesão?;

-Um escultor?


Não há portão ou muro alto,em sua fachada;

[*A casa em si, é um pouco descuidada financeiramente]

...Eu poderia ir pelo lado e,tentar observar, o que é esse barulho!


-"UM GRITO ABAFADO"?;

-Sucumbido!?


Aparentara ser de mulher.


AH, NÃO!

Despertara os meus sentidos jornalísticos!


Vou me esgueirar pelo lado esquerdo da casa.

Com toda calma e, cuidado.


-DROGA,O QUE EU ESTOU FAZENDO?


-DROGA!

-NÃO VOU ME ACOVARDAR!TALVEZ,TUDO  ISSO QUE ACONTECERA,---EU PERDER A MINHA OPORTUNIDADE AMOROSA,---TENHA SIDO POR UM CONDUTO-DESTINO!


É...!

ISSO,MESMO!

[...]

A frente da casa,desta assustadora casa, está escura.

Como se ela estivesse...em um sepulcro-repouso...


[...]

Há uma janela lateral,---do lado esquerdo--,como eu havia demonstrado a mim, em meu plano inicial de incursão;----creio que seja... a  de uma sala!


[...]


Uma rendada cortina está entreaberta.

...É a cozinha!

Hummm...está acesa,mas não há movimentos ou passos.


A pia da cozinha está imunda!

Há um gato,em cima da mesa.


...Há  também um corredor,do qual consigo observar,pelos buraquinhos desta rendada cortina.

Inteiramente rendada.

De cor branca.


Devido á garoa fina, mas em uma contínua quantidade nesta noite,ocasionou ao lugar do qual eu caminhara,uma úmida terra.

Um leve barro.


Meu par de tênis,apesar de pretos,estão embarrados.


A casa é composta por alvenaria e ,algumas outras partes,de madeira.

Assim como o chão da cozinha... 

...de madeira;


...TALVEZ,nesses casos,seria...menos o chão do banheiro,com a proposta-material de madeira.

[*EU,por inúmeras vezes,pensara em ter uma casa,ASSIM!;mesclada por tijolos e madeira.]


-"DEIXA PRA LÁ"!


Vou abaixado,um pouco mais adiante...!

Por eu segurar em sua parede,a tinta da casa,saíra em minha mão.

Minha mão esquerda está azulada.


-DROGA!!


-Lá está...,o quarto dos fundos!;

"...-E O BARULHO SUSPEITO"!


Atrás ,deste "recém-descoberto quarto",também há um enorme matagal.Árvores altas e,"viscerais"!


BEM...

...Parece uma garagem,que fora transformada em um quarto...ou ateliê.


-AINDA ...NÃO SEI AO CERTO!


Há uma fraca luz,em sua frente..

...Uma arandela,aparentemente velha, como todo este lugar!

Há também,pequenos insetos circundando-a.(*A arandela)


Estou perto do quarto...!

Agachado e, movendo-se aos poucos.


Droga,"meus cuidadosos passos",e uma câimbra,"colocaram meu joelhos no chão".

Minha calça preferida está marrom,agora.


-QUE INFERNO!

[...]


...há uma garagem e, é...uma espécie de:meia-água.

Vou devagar...até lá.


Estou vendo daqui,da meia-água,a porta de trás da "casa principal".

...Seria,esta então...!,a porta para entrar na cozinha,do qual eu vira  a instantes atrás-----pelos buraquinhos da cortina.


Há,outra  velha  arandela e, com uma opaca luz,em cima da porta da cozinha.


Tem uma pequena escada de madeira.

-1-2-3,degraus.

[...]


"Vou me aprofundar",ainda mais em sentido á garagem.

Observo agora,uma porta localizada, dentro da garagem.

TENHO A CLARA CERTEZA,que esta porta leva ao interior da meia-água.


SIM,ISTO MESMO!!


...Há uma janela grande,na frente da meia-água;está acortinada.

Uma cortina corta-luz.


Vou devagar...em silêncio,até eu ,estrategicamente,colocar-me embaixo dela.


Da janela grande e,"bloqueada".



Há um barulho...como se algo ...se dissolvesse.

Um característico som de:borbulhar.


Há também,um sonoro-parecer...como se alguém:

...se debatesse!


No lado direito da janela,há um pequeno vão aberto.

Terei que posicionar-me,um pouco mais para a quina da parede da meia-água.

Interpelar, minha abaixada-guarda.

------MINHA,CÓCORAS-----


-MINHA NOSSA,quantas ferramentas na parede.

-QUERO DIZER,utensílios médicos...ou algo assim!


-Há uma baixa música tocando.

-Parece algo antigo;-como áquelas canções dos anos sessenta.

-Mulheres nos vocais e tristes melodias!


-Parece que alguém está dando murros na parede.

A parede em questão é de madeira.


-DROGA,NÃO HÁ SINAL DE CELULAR AQUI!

-MAS QUE DIABOS?

-POR QUÊ?


-QUE DIABO DE LUGAR,É ESTE?


Tem um cachorro na "casa principal"!

Ele começara a latir com meus movimentos.

-----Meus silenciosos movimentos--------

Aonde estava esse infeliz,que não me me vira antes.

-"BELO"CÃO DE GUARDA!


-Porcaria!;...ele está com o seu fucinho por debaixo da porta e fazendo barulhos respiratórios; intercalando com latidos estridentes!


Quem estivera dentro da meia -água,começara a produzir passos com um grosso coturno ;e agora,dirigira-se á porta que estava acobertada pela garagem.


Talvez se eu fugir para os fundos da meia-água,eu tenha uma chance de me abrigar na densa mata atrás dela.


-NÃO TENHO, OUTRA APRESENTADA ESCOLHA!


Vou semiabaixado e... devagar.


Mesmo no meio da meia-água,pude perceber,que a pessoa que saíra da meia-água,"em locomoção tempesta",abrira a porta da cozinha e,a fechara...;

...pois,o cachorro, não viera em meu encalço.


"Vou abraçar a doada sorte".


O mato encosta nas paredes de madeira da meia-água.

Eu quase... perdera o meu olho com um grosso galho.

Devo ter cuidado.Ir com a face virada para a parede;não de frente ao escuro mato ,como eu propusera ao meu cego-avançar!

[*Com apenas,a Lua cheia como direção e iluminação.]


Agora,posso acender a luz de meu celular.

Aqui...atrás da meia-água é uma escuridão sem fim.


Há grilos e ,seu típico grilar.

...CRI......CRI......CRI......CRI.......


Eu estou iluminando a parede de trás da meia-água,com meu celular,a fim de encontrar algo;

-QUALQUER,COISA.


NOSSA ,há um pequeno buraco aqui ,na parte de trás da meia-água.

Equivalente a meu dedo polegar.


Há um papel,"porcamente",tampando-o.(*o buraco)

Pode ter sido...o lugar de um cano...!


Vou empurrá-lo.

-MINHA NOSSA!

-Aqui é o ateliê do horror!


Há uma pessoa deitada em uma mesa,aparentemente de ferro.

A cabeça da "pobre mulher" está "virada para mim".

Vejo apenas a parte superior de sua cabeça.


Vou chamá-la!

-PSIU,-PSIU;

[...]

-HEI...

-HEI..


ISSO!...

...ela me OUVIRA!


-AQUI...,NO PEQUENO BURACO,NA ALTURA DE SUA CABEÇA!


...

[Com um esforço heroico,a mulher conseguira levantar sua cabeça, e girar seu perspectivo-olhar ao som emitido através de um buraco ]


[Na visão da mulher,na parte de dentro ,mostra  um buraco que era de um cano ---de uma desativada pia}

...


..."-De ponta- cabeça".,ELA ME VIRA!

-ISSO.. !

-CON-CONSEGUE FALAR?


Ela está com uma mordaça em sua boca.

Consigo ver este detalhe,mesmo observando-a por este pequeno buraco na madeira.(*Desobstruído por mim)


-NÃO SE PREOCUPE,VOU CHAMAR AJUDA!


AH ,NÃO!


"O homem "retornara ao interior da meia-água.O cachorro está com ele.


[AU...AU... AU... AU.. AU]


DROGA!


Ele viera fungar,bem no buraco do qual eu estou!


[AU...AU... AU... AU.. AU]


"O seu focinho está voraz".


Preciso ir embora daqui.

Pra onde ,agora?

Não posso voltar por onde eu viera!


Vou adentrar a escura mata ,atrás desta vivenda-porca e macabra.

O cachorro saíra do buraco.Parecera que ,a porta fora aberta; e agora...ele dirigiria-se a mim.


Com uma febril caça ,em seu âmago!


Preciso ir rápido,em direção á mata.

Com a luz de meu celular "como fonte de crença "e ,"um apuro,sobre-humano".


Vamos!vamos!

Rápido,LAMPO!

-Augusto Lampo.

Tire-se, deste desencanto noturno.


DOIS,ALIÁS!


A mata é densa e há insetos que voam...para meus olhos e boca..


O cachorro está vindo...!


---Parece estar,agora,na coleira ----,...obedecendo ao seu dono.

Acredito piamente nisto,porque ele poderia  ter me alcançado,FACILMENTE!


Há muitos troncos de madeira no chão.

Derrubados por raios ou sei....lá!

[...]


Um deles,dos troncos,"me pegara"!


Derrubara meu celular.

Machucara também,meu cotovelo direito..

Mesmo com o celular estando com sua luz acesa,não consigo...encontrá-lo...!


-DROGA!


-AONDE ESTÁ?

AONDE ESTÁ?


[AU...AU... AU... AU.. AU]


O maldito cachorro continua a vir.

Há uma luz,que move-se com eles.

Eles estão com um aparato iluminário,melhor do que o meu.


Deixa,o celular pra lá.

NÃO, HÁ TEMPO!


NÃO CONSIGO ENXERGAR ,NADA.

"Somente o que a Lua me dera".

[...]

Há uma luz,bem lá no fundo

[...]


[AU...AU... AU... AU.. AU]


Parece ser a de uma fábrica...ou algo assim;NÃO SEI!

Estou um pouco desorientado.


Frio.Sede.Medo.Preparo físico, ruim.


-DROGA DE BARRANCO,DO QUAL,EU NÃO VIRA!

 [...]

Batera a minha cabeça em uma pedra.

Acho que estou sangrando.Estou sentindo algo úmido em minhas mãos.


"Uma gosma melada"!

"Viscosa".


Acho que é a mistura de sangue e terra.

Minha perna,também está ferida.Consigo senti-la..."desproporcional"á outra!


[AU...AU... AU... AU.. AU]


Eles vão me pegar!

Não há,o que ser feito!


Tomara,que tudo seja um átimo!

Que eu não resista!

-A noite... e sua catedral dos medos.


[...]

[AU...AU... AU... AU.. AU]

[...]

[* Onomatopeia de inspirares caninos na face e nos ouvidos de Augusto]



Deveria...ter insistido á Olívia;de qualquer forma!




By Santidarko

imagem by Santidarko

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