segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O Ganhador de Olhares

I-Predileções Maníacas


"Quando os Soldados do impróspero batem á sua porta,o Cuidado com sua vida,não é uma de suas melhores qualidades.É seu maior apreço.Seu Trunfo"

-Carmino Mazzira





Matreiro.Acautelado.
Qualquer adjetivo que lhe fosse referido,ainda seria de modesta descrição á sua pessoa.
Carmino Mazzira,aprendera desde pequeno com seu Pai,Alfaro,que;todos que vivem em um Mundo Material e de desejos a ser conquistados;TODOS,sem exceção,são Lobos.
Mesmo àqueles que, ainda se indagam a si;sobre sua coragem ou seu limite de luta perante o Mundo.
Lacsara,sua Mãe,sempre o ensinara o mesmo.Com as mesmas palavras exprimidas por seu Pai;nem mesmo,tinha uma observação,uma análise ou um "reparo"sobre suas palavras que eram proferidas.

Um Pai Espanhol e uma Mãe Indiana.Essa era a criação de Carmino e sua irmã.
Tradição e Religiosidade.

Carmino,tinha apenas uma Irmã,Rubira.
Cinco anos mais velha,Rubira,atraía a atenção de Todos devido sua exógena Beleza.
Encanto,que"provocava" os olhares dos Homens mais velhos aonde a Família vivia ou em seus passeios à cidade.
Com tanto charme e "atrativos corporal",cobiçada até mesmo com um simples desejo do toque em seus pés,provocou a demência de alguns"Homens"que não podiam suprimir seus impulsos ou "sonhos" impróprios.


Para uma sociedade regida de leis e deveres,mesmo distante de uma cidade,ninguém,ousaria;tirar a razão de um Pai em defesa à sua filha.
De uma jovem pura e casta em sua iniciação adolescente.

Quando Alfaro tivera que ir á cidade,um pouco distante dessa pequena comunidade aonde viviam,vender pele de carneiro;Lacsara,Carmino e Rubira,foram surpreendidos em uma noite.
Após vários comentários sobre seus desejos para com Rubira,três homens que estavam em um pequeno estabelecimento tido como um" Bar"desse local,em uma noite,não conteram o "apetite sexual".
Invadiram a casa da família enquanto todos dormiam.
Os sorrateiros criminosos,esperaram por um horário que todos os moradores dessa pacata e restrita comunidade,estivessem em suas casas.Uma madrugada fria,que nem mesmo o homem que"vigiava"as pequenas ruelas,estivesse de prontidão.
Rubião,o"guarda",havia sido ludibriado com sonífero em sua bebida que os"prestativos"bandidos o ofertaram para se aquecer.
Não faria oposição à nefasta elaboração.

Sem qualquer empecilho ao plano demente,á prática do hediondo,não sofreria com surpresas.
Ao forçar a porta com "maestria e conhecimento",mesmo com um teor alcoólico em vigor em suas correntes sanguíneas,os facínoras sexuais,entraram na casa sem serem notados pelos seus moradores.

Conheciam a casa dos Mazzira por dentro,devido que os visitantes dessa noturna e cruel "vinda",fizeram com suas esposas e filhos várias vezes como convidados.
Uma socialização comum a vizinhos.A todos que compartilham amizades e"serviços".Ainda mais em um"cenóbio agrícola".
Sabiam aonde deveriam se dirigir e como se "proteger"de um acaso.
Primeiro,trancaram a porta do quarto do jovem Carmino,pegaram Rubira e,tampando sua boca com um pedaço de camisa rasgada de um deles,foram ao quarto de Lacsara.
Com o mesmo "Modus operandi"(mesmo ato para a"retenção"dos gritos),as colocaram lado a lado na cama de Lacsara.

Após as amarrarem com as própria cordas que Alfaro tinha dentro de sua casa,as usava para várias funções em seu trabalho;como amarrar uma carga para transportá-la em sua caminhonete.

Algumas outras ferramentas,Alfaro as mantinha na pequena garagem de madeira fora de sua casa,algumas outras,ele as esquecia ou as deixava dentro de seu lar,devido a um desleixo ou ao alto custo que pagara por elas.

Quando o motivo dos insanos homens,começa a ser executado,eles ainda;bebem,riem e confabulam na sorte;quem será o primeiro "ganhador",os perdedores;esperarão com "brincadeiras"para com Lacsara.
Lacsara no pôde se defender de uma maneira justa,pois tinha um facão em seu pescoço.Isso também fez que Rubira,não criasse problemas na ação dos Psicopatas.
A fez ficar"dócil e cooperativa".
Mas não;participativa


Carmino,acorda com as batidas dos pés da cama no chão de madeira da casa.Tenta sair de seu quarto e não consegue.
Após mexer em um de suas gavetas,pega uma das facas que seu pai dera de aniversário.
Uma faca forte,robusta.
Força a porta,após umas tentativas,a abre.
Vai ao quarto de sua irmã e constata de que ela,não estara lá.
Ao ir ao aposento de sua querida Mãe,antes de tentar abri-la normalmente,escutou sussurros e deleites sexuais.
Ele sabia que seu Heroico Pai,não estava em casa.Sua Mãe,era o exemplo de Fidelidade em seu casamento.

Vai à cozinha,afasta a mesa,tira o tapete,"desloca"um pedaço do chão de madeira"e, tira uma espingarda que seu pai guardava embaixo do assoalho,todos da casa sabiam dessa arma;vira que apenas havia duas balas para sua defesa;e de sua Família.
Põe sua faca na cintura,e a cobre com sua camisa.

Com a Espingarda em suas mãos,se joga de ombros na porta,não podia "desperdiçar sua defesa".
Mesmo sendo de uma madeira boa,a porta tinha defeitos com as suas dobradiças.Seu Pai,sempre comentara o defeito dessa velha casa .

Ele cai ao chão quando adentra no quarto.Mesmo sendo testemunha de um Horrendo acontecimento,atira no homem que estava em cima de sua irmã.
O homem que estava de bruços em cima de sua irmã,Rubira,que também estava de bruços sendo violentada,ou seja;o homem estava de costas para ele e para a porta,não teve chance,seu cabeça"explodira" em somente um tiro certeiro.
Restava apenas uma bala.


Os outros dois,estavam de frente para ele e para a porta,ao lado da mesma cama aonde estavam sua irmã e sua mãe.
Ao verem o acontecido,mesmo um pouco bêbados,tentam tirar a arma das mãos de Carmino.
O primeiro a tentar;o homem que segurara o facão no pescoço de sua Mãe,perde seu mão devido a força do tiro.
Carmino,estava imbuído com o combustível da fúria e da ira.
Sem instantes pensados.

o que sobrara inteiro,sem machucados,consegue segurar seu "braço armado",tirando a arma dele e jogando-o ao chão.

Carmino havia falhado;isso em seu pensamento momentâneo.
Sua Mãe,tenta se desvencilhar das amarras enquanto tudo acontece.
Carmino,ferido e um pouco tonto,devido sua cabeça bater ao chão quando fora empurrado,tenta se levantar.
Ao tentar,o mesmo homem que o jogara ao chão,o pega pelo pescoço.
Com a ameaça de quebrá-lo ou de torcê-lo,o homem diz a Carmino:-Que terminará o que veio fazer com sua irmã.

O homem tira seu canivete do bolso e"marca"o rosto de Carmino com profundos cortes.
A Lâmina,faz seus primeiros cortes em sua testa,depois em seu rosto.
Carmino,manifesta a tentativa de um olhar,no intuito de ver seu algoz,ver a expressão facial desse homem;mesmo ainda com a "gravata" desse monstro,o sufocando.
Rapidamente,Carmino pega a faca que guardara em sua cintura e a crava na garganta de seu carrasco.


Com o sangue jorrando,o homem o larga.Cai ao chão com suas mãos em seu pescoço com a tentativa de parar seu sangramento.
É em vão.

Carminho vai em direção do homem que havia perdido a mão,que estava se recuperando e tentando se levantar,Carmino,"termina com seu sofrer".

Sua irmã não responde ao chamado de sua mãe ou a dele.Ela havia sufocado no travesseiro enquanto o homem a forçava a ficar quieta.A não se mexer.
Ela estava de bruços quando o homem a fazia permitir seu doentio desejo específico,esse era o motivo de sua asfixia.
Mesmo com as inúmeras tentativas de a reviver,sua irmã,havia partido.
Carmino,ainda sangra muito em seu rosto.Seus olhos,estão encobertos pelo seu sangue.
A Maçã de seu rosto,também necessita urgentemente de pontos.
Sua mãe,pega agulha e linha e faz o que sempre podia quando cuidava dos animais.Sem compadecimento quando havia sofrimento.Ela tinha que se concentrar para conseguir ajudar.Sem choro ou receio.
Ser firme.


Ao amanhecer,Alfaro chega.Ainda com a neblina do início do Dia.
Ao saber o que se passara,toma uma decisão.
Com a filha morta em seus braços,quer matar todos os descendentes desses bandidos.Mesmo com sua mulher dizendo a ele;-Que as mulheres e os filhos desses Marginais,não poderiam ser culpados pelas escolhas dos seus Pais e maridos.

Alfaro diz à Lacsara,para colocar a caminhonete na garagem e pegar tudo o que era importante.
Comida e roupa,tinham prioridade de espaço.
Alfaro pergunta à seu filho,se ele havia entendido essa regra e pedido.
Com uma resposta afirmativa ,ele complementa para Carmino;para carregar tudo pela parte de trás da garagem.Ir com os objetos pela saída dos fundos da casa.

Pois;atrás da casa,havia somente mato.Não tinha vizinhos ou olhos.
Se fossem carregar tudo pela frente da casa,ao entrar e sair da garagem,poderiam atrair um olhar curioso ou alguém disposto a conversar ou oferecer ajuda.
Todos também acordavam cedo devido ao trabalho no campo.
A sorte segundo ele,Alfaro,a neblina ainda era densa.








II-Um Aciganado


Carmino,está sentado atrás de um ônibus de viagem;fretado para colhedores de algodão.Se encontra no último banco.
Sozinho.
Dez anos após esse incidente,acordara subitamente com o pesadelo dessas lembranças.
Não importava o lugar aonde estava ou dormira.Sempre sonhara.
Ao acordar,ainda se recorda daquela noite e o desfecho que acontecera no início desse trágico dia.

Seu pai o posicionando na caminhonete,no banco traseiro,quase desmaiado devido a intensa dor em seu rosto,enfaixado com panos improvisados;sua mãe,colocando o corpo de sua irmã,cuidadosamente na carroceria da caminhonete.
Seu Pai dizendo a Lacsara,sua Mãe,para pegarem a estrada e não olharem para trás.
Entre os choros e pedidos de sua Mãe á seu Pai,ele,Alfaro,permaneceu com sua decisão.
Matar os filhos daqueles Homens que destruíram sua família.
As mulheres e as filhas,seriam poupadas.
Como os filhos eram um pouco mais velhos que Carmino,em um futuro próximo,viriam a crescer e buscar vingança para com a família.
Carmino e sua Mãe.
Consideração e reflexão de Alfaro após pegar mais balas que somente ele,sabia aonde escondera "das crianças".
A arma embaixo do assoalho,não era um segredo descoberto pela família durante algum evento ou um acaso,o que era de cunho cuidadoso,era esconder as balas para que seus filhos,não"brincassem" de atirar na ausência deles,os Pais.


O ônibus para.O motorista abre a porta frontal do ônibus.Ainda caminhando em direção á saída,diz a todos,que chegaram em seu destino.
Todos os trabalhadores,começam a descer.
Carmino ainda olha um pouco mais pela janela.É a última pessoa a descer.
Após ao seu passar pela porta,coloca uma camisa que usara para cobrir o rosto e põe em chapéu por cima.
Devido ao intenso e cruel Sol e;Também;fazia uso desse"acessório"para esconder suas cicatrizes.
Mesmo tendo se passado uma década,após o trauma que selou sua vida,agora com seus vinte e cinco anos,Carmino,não gostava que olhassem para ele quando caminhava ou quando parava para almoçar.

Sempre longe do grupo de pessoas que conversavam ou descansavam durante esse trabalho de colher algodão.
Durante o tempo de sua jornada trabalhista,sempre"oculto".
"Se perpetrava incógnito".Como alguém culpado.

Debaixo ainda desse Sol"corpulento",que castiga qualquer ser vivo,com sua pequena bolsa para a colheita do algodão,recordara um pouco mais desse fatídico dia.

Sua mãe dirigindo com ele atrás murmurando dores,sua irmã,a doce e falecida Rubira,na carroceria;Lacsara dizendo a ele que prosseguirá até o sítio de sua irmã.Ao chegar lá,tomaria providências para com seu sofrimento.
Mas em um discuidar de Lacsara,ao olhar Carmino que quase desmaiara novamente no banco de trás,Lacsara,perde o controle da caminhonete ao desviar de uma vaca que aparecera de repente em seu caminho.
O carro da família cai em uma ribanceira.
Como Lacsara estava sem cinto,para poder se movimentar e cuidar de seu filho,fora projetada para fora do veículo.
Carmino por sorte ou uma bênção desconhecida,fraturou apenas alguns ossos e ficou em coma no Hospital.

Quinze dias após ao acidente,acordara na companhia de sua tia,irmã de Lacsara.
Indianara,sua tia,ouvira no rádio o apelo do locutor:-Quem puder dar informações da família que se acidentara,FAVOR SE MANIFESTAR.

O Radialista,descrevera as pessoas e o carro.
Dissera para ajudarem no reconhecimento dos falecidos e para cuidar do sobrevivente.
-Há um garoto internado;segundo o apelo do homem do rádio.

Seu Pai Alfaro,fora descrito nos jornais,como um homem que promoveu uma chacina devido a traição de sua esposa com outros homens,um homem cruel que devastou um pacato e simples estilo de vida em uma vila agrícola.
Alfaro,nunca mais fora visto.








III-Um Passado Duro em um Futuro Mole,Tanto bate,até que o Presente não Dure





Após ao término dessa colheita,Carmino seguiria a uma fazenda próxima.Agora,seu trabalho,seria colher Maçãs.
Seria com a maioria dessas pessoas com quem terminara o colher de algodão.
Em uma noite,antes dos trabalhadores desmontarem o acampamento,Carmino estava só em sua barraca,como era seu costume,longe dos outros empregados terceirizados.
Estava perdido em seus pensamentos.
Profundamente.
Quando ele se vira de lado,para tentar dormir,ouve gemidos próximo a ele.
Aparenta ser uma mulher.E para piorar,em perigo.
Ele se levanta,pega um facão do qual fazia uso quando seu trabalho"exigia",como quando cortou Cana em uma plantação;ele sai em busca desses sussurros.
Como fora descrito antes,Carmino se encontra um pouco distante das outras barracas.

Ao caminhar nessa aclarada noite,devido à luz Lunar,se depara com dois dos" trabalhadores" do acampamento,tentando conter uma moça que se debatia.
Ao ver Carmino,os homens,tentam convencê-lo a se juntar a eles ou fazer vista grossa para o que acabara de testemunhar.
Comentam que,Carmino,não terá muitas chances de"se dar bem"com esse seu rosto"danificado".
Disseram a ele que, isso não lhe dizia respeito caso se importasse.
Carmino responde a eles,que irá ajudá-los na"diversão".Que eles,tinham razão quanto ás necessidades de um homem.
Quando eles prendem sua atenção novamente á moça,Carmino,com dois golpes certeiros,um em cada pescoço,os dilacera.
Um movimento digno de um Samurai.
Rápido.Preciso.Cirurgico.

Há sangue por todos os lados.Em cima da moça e no rosto de Carmino.
Ele tira os Troncos Humanos de cima da moça e oferta sua Mão.
Mesmo assustada e perplexa com o que acabara de ver,aceita a mão oferecida para se levantar.
As roupas da jovem estão rasgadas e seus seios,estão á mostra.
Carmino tira sua camisa e a cobre com uma educação exemplar.
Eles caminham para longe do acontecido.
Ao ver a luz da fogueira do acampamento,um pouco ainda distante da onde estavam,param por um instante.

A noite,estava agradável para quem quisesse se refrescar ao relento.
A jovem com o nome de Larissa,em um olhar rápido,demonstrava ter a mesma idade de Carmino.
Vinte e poucos anos.
Ela diz a ele,que o"conhecia".Já o vira muitas vezes.Sempre distante dos demais operários.
Que ele era;sempre o último a pegar o envelope com seu pagamento.
Carmino não diz nada,apenas faz um gesto afirmativo com a cabeça.

Ela ainda prossegue com suas observações.
Mas ao ver que ela agora volta sua atenção ao seu rosto,Carmino,tentar escondê-lo de uma maneira sutil.
A moça passa a mão em sua face e diz a ele;que não tem do que se envergonhar.
(*Muitas mulheres,gostam de homens com cicatrizes)

Ela retira a camisa que Carmino a cobrira com respeito,mostra o que Carmino,discretamente havia notado ou talvez tinha imaginado em seu íntimo.
Pede a ele,que a toque.Sem medo ou receio.

Mesmo com a mão em curso recuo,ele deixa a mão de Larissa o conduzir.
Carmino,tem sua primeira relação sexual.
Após "expelir"o que estava preso em seu Cerne durante toda a sua vida;apenas se satifaz,com uma "segunda vez".
"A fustigou" com seu corpo e desejo.










IV-Cerúlea,é a Cor Da Esperança



Inicia o Amanhecer.
Carmino e Larissa,ainda estão deitados no Gramado.Em um local que não fazia parte da plantação de algodão.Apenas as terras eram pertencentes ao mesmo dono.
Ao abrir seus olhos,Carmino,contempla o imenso e belo Céu Azul.
Como se agora,fizesse parte de alguma beleza natural e comum.Se sentia,um Ser vivo Normal.
Larissa,acorda alguns segundos depois,ainda envolta pelos braços de Carmino.
Todo esse prazer e alegria,logo serão podados com a situação da noite anterior.Com o Real.
Com o que Carmino tivera que fazer para chegar a esse entrelace Feminino.

Á Larissa,não seria retribuído as mortes.Seria a alguém tido como estranho e incomum.
Carmino.
Não seria difícil associar esse"crime"a ele,pois,suas unhas,ainda guardavam seu segredo.Havia sangue debaixo delas.
A melhor solução,seria sua Fuga.

Se revolvesse ficar,seria Preso.
Se Fugir,perseguido.

Cogitar a companhia de Larissa em uma Jornada,seria um sonho Adolescente.Ingênuo e Romântico.
Firmar uma relação com quem acabara de conhecer,baseado em um ato de agradecimento ou de Pena,não o faria ser um sobrevivente que sempre fora.
Ser Racional com a vida e seus entraves.

Ele a deixa com um breve beijar.Diz a ela,que a agradece pela melhor experiência de sua vida.
Toda essa ação,acontece enquanto se"recompõe". Enquanto coloca sua roupa.
Em específico,sua calça e camisa.Carmino estava descalço.
Pega seu facão no chão e corre para sua barraca.
Ao chegar até ela,apenas calça sua bota e pega sua mochila.A barraca,deixara armada e para trás.Sua pressa,era prudente e necessária.
Correndo pelo campo,passa por uma cerca de arame farpado e atravessa um rio.
Ao "vencer"o rio,enche seu cantil com água.Prossegue mata a dentro.
Seu caminho,agora,é repleto de árvores e um mato alto.
O Sol,já afirma sua claridade e calor.
Após andar cerca de duas horas,sempre em direção ao Sol,Carmino chega próximo a uma estrada.
Estava em um relevo alto á sua posição,de longe,consegue ver um movimento policial Nela.
Carros,caminhões e ônibus;Todos sendo parados em uma barreira na Rodovia.

Sabiam do ocorrido.Estavam á sua procura.
Ele se deita no alto-relevo de pedra e continua a observar.
Da onde estava,tinha uma visão clara da Via que continha uma longa reta em uma Planície.
Carmino,estava sujo de terra e outras marcas de sua caminhada.Seria difícil o identificar de longe.
Tampouco,o discernir como uma pessoa deitada em uma vegetação Rural.
Carmino,com seu chapéu e com a água em seu cantil,resolvera ficar parado nesse local;até o anoitecer.
Mas o que Carmino não tinha em seu conhecimento,à contrapartida de sua decisão,é que Matara os dois netos do Dono da Fazenda.O HOMEM,"o Senhor"da plantação de algodão,Colocara recursos pessoais para o auxílio da busca.

Para sua infelicidade,agora,havia um Helicóptero em seu encalço.








V-Os Desprovidos,sempre pagarão pelo Lenço dos Abastados.



Carmino Tem um pensamento sobre Elitismo e de quem não tem um acesso direto ao básico por direito.
Essa sua reflexão,não era de uma absoluta verdade.Segundo ele mesmo.

Há Maus e Bons,nos dois lados.
Alguns,conhecem a Maldade,por ter á sua disposição;o poder;Outros;por não ter o mínimo de recursos para se viver dignamente.
Ambos,Os Bons dessa "Moeda";fazem do Mundo um lugar melhor,devido ao seu caráter,criação ou disposição para com ele.

Outros,serão"destruidores"de Humanismo,independente do lado que "joguem".


-Todos visam sua sobrevivência?
Sim.Mas quem a divide com Justiça,merece uma chance de compreensão.

-Aonde começa a Justiça?
No amparo,na compreensão ou no Bem Social?

Quando ainda era criança,Carmino lia em seus Gibis que,há heróis que matam e outros que não.
Qual é o código de conduta a se seguir?
A contenção Do Mal ou seu Extermínio?





VI-O momento Mais Importante Com Comigo Mesmo

Carmino se levanta da onde estivera deitado todo esse tempo.
Anda em direção á Estrada.
Quando alguém o avista,ele coloca suas mãos em sua cabeça.
Carmino,está sem chapéu e sem sua Mochila.


Todos que estão na rodovia,dentro ou fora de seus carros,voltam sua atenção a ele.Ao acontecimento.
Uma autoridade,diz a ele,que continua a caminhar com calma sem gestos repentinos.

Um pouco antes de"atingir"o Asfalto,Carmino resolve pegar algo atrás de sua calça.
Era a foto de sua Família.
Uma recordação que sempre levara com ele.
Estavam Todos nessa bela foto.
Ele,ainda era jovem.Uma foto tirada um pouco antes da tragédia que marcou seu destino.Aquela noite que os Homens invadiram sua casa em busca de sua irmã.

Ao pegar  a Foto,ouve-se um Tiro.



Fim





By Santidarko

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