quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Dentes Vorazes-Eu,o Lupo


Lúdios,A Besta


Não mais prescrevo o dadivado destino a Deus ou ao Diabo.Ao alongar de minhas hastes,a dilatação dos ossos troncais,meu dizer em uivo proclama fome.
Meu aguçado faro cativa jovens corações,o primado hodierno juvenil.
Sádios,pulcros, são de meu sacio regozijo.
Gados e equinos também estão em minha dieta palato.

Balas,lanças ou armas do metal prata,um mito construidos ao longos dos tempos.Abater-me em agonia morte,é um fadado esmero da humana crença.
Talvez eu seja um demônio de forma animal do qual equilibra para com os bondosos em Divina balança criação.

Viver em grandes centros urbanos,embarga minha decisão.Um Nômade anônimo e rústico do interior,propaga meu continuar.
Extinguir-me,é condenar-me ao esperado inferno da alma.Pressuposto conhecimento da continuação. 
Presencio espectros em fúria com dizeres de execração a mim.Não se aproximam a um ponto próximo de meu ser,mas o vejo em lamúrias distantes.

Não sinto dor ou pena por eles.Não sinto...

Aos que persistem em passar a maldita imortalidade,os caço na humana forma no diurno descanso.
A Criação de novos, não se dá ao acometimento erro; amores carnais,o contado terminar do ente ou companhia da solitária trilha.
Objetos do clero uso,queimam e marcam.Regeneração do desfazer em um novo alimentar.

Em passagens,de quando em quando ,me questiono a minha escolhida penitência;mas sou o que sou.Morrer por razões do humano corpo,mesmo com o conhecimento do espírito,me prende ao material mundo.







Existo em um Universo de descrenças.
Sou Lúdios.




Santidarko

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