I-Qual é o Tipo de Pessoa,Capaz de Fazer uma Palhaço Chorar?
Solânis Payaso,trabalhava em um Teatro infantil chamado:"Teatro para Crianças que não sabem Rir".
Um Teatro pequeno,Pobre,sem recursos de uma boa iluminação ou adereços para seus Atores.
Ela era conhecida como a Palhaça Melzinha.
Tudo o que era vestido pelos protagonista do Palco,sempre;era comprado por eles mesmos ou arrecadados em feiras ou em campanhas de doações.
Solânis,juntamente com seus outros seis colegas Palhaços,tinham outras profissões.
Ela vendia salgadinhos:coxinhas e pastéis,na parte da manhã;para pessoas em escritórios ou em comércios.Em frente á escolas,ocasionalmente.
Á noite,para pessoas que passeavam em praças ou estavam voltando para suas casas após um longo dia de trabalho,paradas em pontos de ônibus.
O trabalho no Teatro,geralmente;começava ás duas da tarde.Com duas horas de espetáculo.
SEMPRE.
Tendo uma boa plateia,"eles"teriam no"Teatro para Crianças que não sabem Rir",uma segunda sessão.
Também de duas horas.
Tudo dependia do Clima do dia,se não estava chuvoso ou frio,ou também;se não havia um calor excessivo.
Crianças,não param quietas;sentadas;em um teatro sem um bom Ar Condicionado.E isso,o Teatro não tinha.
Em dias chuvosos,as Mães,quase não levavam seus filhos com o medo de uma gripe ou algo mais sério.
Uma Pneumonia por exemplo.
Mas o dono do Teatro,sempre o alugava para outras finalidades.Como:palestras ou reuniões.Dependeria de quem o locasse.
Em um dia frio,o mais chuvoso do ano até o momento,Solânis,foi ao Teatro para buscar um número de telefone de que esquecera em seu Armário.
Uma Mãe,havia proposto a ela,dois dias antes,que fizesse uma"apresentação especial"na festa de aniversário de seu filho.Um garoto de sete anos.
Mas até aquele momento,o passar do telefone e a conversa;não havia nenhuma certeza.
Fazia um calor excessivo naquele dia,mas a mulher,havia se "prevenido"com previsões meteorológicas da Televisão.
Solânis;ainda lembra bem das palavras da Mãe do garoto:
-Olá,como vai?;
-Notei que você é a única Palhaço mulher.Gostaria de deixar meu número de telefone,pois sou separada e não confio em Homens,de qualquer profissão ou de uma"pureza familiar".
-A festa,terá apenas convidadas mulheres com seus filhos.
-AINDA;não tenho certeza absoluta se a faremos com palhaço,mas se chover,"precisaremos"de você.
-Já que as crianças,ficarão "limitadas"em meu enorme quintal que disponho.Mas com você,podemos as alegrar no "espaço coberto"de minha casa.
Quando percebera que chegara o dia exatamente"descrito"com sua"sorte",e ela,não estava de posse do número do telefone deste tão "aguardado"dia;se dirigiu ao Teatro,o mais rápido que pôde,no intuito de o procurar lá.
Quem sabe,esse pedaço de papel,não estaria em um de seus bolsos da Fantasia.
Não se perdoou;em não ter anotado diretamente em seu celular quando tivera a chance.
Mas também,naquele dia,esquecera o celular em sua casa, junto com o seu isopor de salgados.
Ela iria fazer uma entrega grande em um bar.Tinha deixado,um perto do outro.
Sua cabeça,estava em "outro lugar",devido a outros problemas.
Seu"companheiro",o Dom,indicara que sairia de casa novamente.
Não era a primeira vez que esse homem amado por ela,a fazia chorar ou se preocupar com sua vida solitária.
Solânis bate na porta do teatro e é deixada entrar por um funcionário que fazia a limpeza.
Ao se dirigir apressadamente a seu armário,localizado no Camarim coletivo,começa sua busca.
Aonde poderia estar esse"valioso papel";Pensara afoita.
Enquanto mexe e remexe em"suas roupas",Polidoro,o dono do Teatro,aparece atrás dela.
Silencioso como uma cobra embaixo de sua pedra.
Sem ela ainda o vir;
Ele que está com uma maçã em suas mãos,a cortando com"tom de desconfiança",bem devagar...;diz a ela:
-O QUE está fazendo Solânis?
-Irá nos deixar e pretende"nos roubar".
-Roubar a minha empresa?
Solânis,ao se virar com o coração"arritimado",devido ao seu susto;diz:
-Que é isso SEU Polidoro,estou apenas procurando algo de que deixei em meu armário.
-Depois de dois anos"com vocês",o SENHOR ainda imagina isso de mim?
Polidoro,ainda cortando sua maçã,a pondo em pequenos pedaços em sua boca,vai em direção á Solânis.
Diz a ela:
-Soube,que o Dom,a deixou de novo.
-Isto é verdade?
Continuou a comer a maçã enquanto fazia essas perguntas.
Nessa sua interrogação,chegou a apontar sua"faca do corte"para ela.Como se dissesse,estar bem informado e a par de TUDO.
Solânis,tenta deixar a situação como está,como uma pergunta retórica;Ou seja,que não deveria ser respondida.
Mas seu chefe,ainda morde a maçã vagarosamente,olhando fixamente para ela,como se esperasse alguma satisfação de sua parte.
Solânis,lhe dá a tão esperada resposta;
-Sim,nós nos separamos novamente.
Polidoro,agora;a indaga sobre uma outra situação:
-ENTÃO...,está pegando sua roupa,que aliás é do Teatro,seria para fazer uma apresentação Solo?
-Não pretendia dividir os seus ganhos com a empresa,a que paga seus artistas?
Solânis,pergunta a ele,do que ele estaria falando agora?
Polidoro,se encosta no armário,no mesmo que ela procurava seu número telefônico,e de frente para ela,diz:
-A mulher da festa,veio atrás de você,Há uma hora atrás.
Solânis,dá um fim á sua busca por uns instantes.Coloca as peças de roupas que estavam em suas mãos e as outras que deixara cair no chão em sua ofegante"caçada";todas de volta ao pequeno armário.
Um pouco feliz e calma,interpela a Polidoro,sobre "ela"e seu contato.
Polidoro,a constrange um pouco com pequenos sermões,mas por ser caridoso,segundo ele;ira noticiar o ocorrido a ela.
Esse"empresário",antes de iniciar sua comunicação explicativa,já demonstrava ser magano.
Dilucida,que o local,"gentilmente"criado para que os artistas;pudessem se expressar e aprender esse grandioso ofício,dependia da comunidade.Dependia deles.Seus"funcionários da Alegria".
ELA;(-HAVIA quebrado essa regra ao tentar fazer um trabalho,"um bico"com seus pertences)
Devido a isso,ele teve que recusar a proposta da mulher em permitir sua contratação.
Solânis,põe suas mãos em sua própria cabeça e vai a um desespero Contido.Sua vontade;era quebrar tudo à sua volta com enormes brados.
Mesmo um pouco alterada,exprimi a Polidoro,de que ninguém nesse trabalho,aqui do Teatro,havia assinado um contrato que continha cláusulas ou inibições externas de trabalho.
Completa,de que tudo alí,era feito com a vontade de se trabalhar e de poder exercer essa maravilhosa Função.
Reitera,que a maior porcentagem da bilheteria,se destinara a ele,O DONO.
SEMPRE.
Nunca houve um pedido de aumento ou uma petição para melhoria de trabalho.Dela ou de seus colegas.
A roupa da qual usava para trabalhar no Teatro,era dela.Ela mesma a fez.
Solânis,não contêm suas lágrimas.
Diz a si mesma,voltando seu olhar ao pequeno espelho que servia para todos se maquiarem,que estara perdida.
O seu ex-marido,que nem ao menos,sabia se voltaria um dia,levara todo seu dinheiro.
O dinheiro que ela precisaria para comprar ingredientes para seus salgadinhos.
Polidoro,vai com sua mão ao ombro de Solânis,com sua"calma venenosa",afirma para ela,que nem tudo estara perdido.
Ele tinha uma asserção agradável aos dois.
Solânis,ainda olhando para o espelho,encaminha seu olhar a Polidoro.
Dissera;que ouviria o que ele tinha a dizer.
II-O Último Suspiro De Um Palhaço,é seu Riso
Polidoro,diz ser um homem direto.Sem rodeios ou Meias-palavras.
O que ele queria dela,e pagaria bem por esse serviço,seria;que ela desse a ele,somente sexo oral.Não haveria sexo convencional ou um toque mais íntimo.Como beijos ou encontros amorosos
Tudo ocorreria,somente no Teatro.Depois que não houvesse mais ninguém no local.
SEMPRE pagaria.
Devido aos seu problemas financeiros,URGENTES,e sua falta de saída;Solânis ACEITA.
Polidoro,apenas faz uma exigência,que ela,se maquiasse e se vestisse de palhaço.
Solânis,começa sua caracterização.
Quando diz estar pronta,Polidoro a aguarda em pé.
Solânis se ajoelha e demonstra que irá iniciar o acordo.
Antes,ela o questiona sobre o dinheiro.Ele o tira de seu bolso e dá a ela.
Solânis,tem um nojo repentino,não por Polidoro;ser um homem gordo e de suspensórios.Nem mesmo porque suava FREQUENTEMENTE e vivia com seu lenço enxugando seu rosto.Mas por se tornar algo que não tinha a menor vocação.
Por dar á profissão,um fetiche Esdrúxulo.
Ela pede perdão a ele e,diz,que não pode continuar com aquela situação.
Quando sinaliza que irá se levantar;Polidoro,enfurecido,a acerta com um de seus joelhos.
Solânis,tem seu corpo projetado para trás.Com uma força bruta,ocasionada pelo intenso ódio de Polidoro;Solânis, antes de bater sua cabeça no chão e desmaiar;Já sangrava muito pelo seu nariz.
Mas ao atingir o piso de concreto batido do Camarim com sua nuca,começa a ter convulsões.
Polidoro,ainda a chuta em suas costelas.Sem uma piedade ou preocupação de sua parte.
Ao encostar no corpo,chega a conclusão que ela estava morta.
O"chamejante"Polidoro;raivoso e endiabrado,chama o faxineiro que fizera a limpeza do palco e das cadeiras da plateia;que se preparava para ir embora.
Ao chegar e testemunhar o sucedido,o empregado de Polidoro,deixa sua vassoura cair e faz um gesto Cristão.
Polidoro,diz ter sido um acidente,que ele,o faxineiro,deveria o ajudar.
Antes de sua hesitação,Polidoro,lhe dá um maço de dinheiro.
Comenta,que eles;é que deverão cuidar"disto".
Sem a Polícia e o mais depressa possível.Pois sua esposa,"Dona Zuleica",poderia chegar a qualquer momento.
Seu funcionário,ainda contesta;(-se realmente fora um acidente,ninguém precisaria temer.)
Polidoro,tira mais uma quantia de dinheiro de seu bolso.
Ao pegar o dinheiro,Elias,o faxineiro,cessa com suas observações e conselhos.
Polidoro diz a ele,que precisam enrolá-la em um tapete,desta maneira,poderiam a levar até seu carro.
Discretamente.
O empresário,tinha uma camionete grande,das mais luxuosas.
Ao começar a colocá-la no tapete,Elias ainda comenta que,Solânis,parecia estar chorando e sorrindo.
Seu chefe,diz que isso era bobagem de sua cabeça,de que era sua impressão,pois Solânis,estava morta.
Polidoro,diz a Elias,para pegar a lata com tinta vermelha.A mesma que usaram para pintar o palco em um dia.
Depois de trazer a tinta,Polidoro diz a seu "contratado",que limpasse um pouco do sangue.
Depois de feito,Polidoro joga a tinta vermelha em cima da mancha e,começa a dar pinceladas no chão.
"Porcamente".
Diz a Elias,que deixe a tinta e o pincel,á mostra.Quase ao lado"da pintura".
Eles colocam um aviso de tinta fresca,escrito em um papel comum;e depois saem.
Com a chuva abundante,as pouca pessoas que estão na rua,ou estão com pressa,ou estão com seus guarda-chuvas em seus rostos.
Ninguém dará conta,que dois homens levam em um tapete enrolado,o corpo de uma nobre artista.
Polidoro e"seu"faxineiro,a coloca na carroceria de sua bela caminhonete.
Agora,Polidoro diz a seu"cúmplice",que ele deveria voltar para dentro e continuar a pintar o chão..Assumiria"dalí pra frente".
Zuleica,Mulher de Polidoro,chega logo após"o deslocar"do corpo.
Em seu carro.
Polidoro,avisa á sua esposa,estar com pressa;devido a um compromisso urgente.Teria uma reunião de última hora com prováveis patrocinadores.
Que ela,não deveria entrar no camarim.Elias,estava pintando,era para melhorar o visual do chão,caso trouxesse seus "investidores"para uma visita.
Essa tinta em especial,faria mal á sua saúde.
Sua mulher acredita e entra no Teatro para não ficar na chuva.
Polidoro,saí apressado.
III-Uni Duni Tê,O ASSASSINADO;SERÁ...VOCEEEEEÊ
Polidoro,está dirigindo sua luxuosa caminhonete pela cidade.Se questiona em seu pensamento;se deve enterrar Solânis,ou se deve a"deixar"em sua casa.
Enquanto pensa,acende seu charuto.
Resolve a deixar em casa,assim;todos pensariam,que foi seu Marido.O Dom.
-ELES TIVERAM UMA BRIGA E ELE A MATOU(*seu pensamento)
Ao imaginar o ocorrido EM SUA CABEÇA,completa:
-Se a polícia me interrogar,digo a eles,que Dom,sempre fora violento.Dessa vez,ele não devera ter aceito a separação entre dois.
-É CLARO.
Polidoro se dirige á casa de Solânis.
Era uma casa Humilde no subúrbio.
A rua era de terra e tinha uma longa ladeira.
Não havia ninguém na rua com suas poucas casas.
Polidoro,ao descer de sua caminhonete,resolve bater na porta da casa de Solânis.Apenas,para averiguar que não haveria ninguém.Que não seria surpreendido.
Ao bater várias vezes;ninguém respondera.Era sua"deixa".
Com um pontapé,arromba a porta de Solânis.Estava chovendo e,sucedia"espasmos"de trovões.Ninguém ouviria esse barulho confuso de outro estrondo.
Ao entrar,olha pela casa de Solânis.Faz um comentário rude em relação á sua moradia.A xinga.Como se devesse ter aceito sua proposta sórdida.
Completa,que isso,era o maior favor que alguém poderia fazer a ela.
Polidoro,se encaminha á traseira de sua caminhonete.
Como é um homem forte,consegue levar"o tapete"sozinho.
Quando entra na casa de Solânis com o tapete,a larga no chão da sala,como se fosse lixo.Como se jogasse em uma caçamba de entulhos;restos.
A desenrola sem cuidado algum.O corpo de Solânis,acompanha o desenrolar do tapete.Ela para com seu rosto virado para o chão de sua sala.
Polidoro,diz ao corpo de Solânis,-QUE ELA ESTÁ EM CASA.
Polidoro ajeita sua calça e ajusta seu suspensório.Agora,resolve ir ao banheiro limpar seu rosto antes de ir embora.
Enquanto se olhava no espelho,escuta alguém tossir.Como se estivesse se engasgando.
Polidoro ainda não sabera,mas Solânis,tinha saído da posição de bruços e se colocara sentada no chão.
Está com suas pernas abertas,vomitava entre elas.
Polidoro vai até a porta e verifica o que houvera.Com suas mãos no batente diz:
-JESUS CRISTO,MALDITA EXORCISTA.
Faz um sinal Católico.
Solânis,ao olhar para porta de seu banheiro,vê Polidoro parado.PETRIFICADO.
Ela tentar dizer a ele,que estara sufocada.Com algo preso em sua garganta.
Apenas faz gestos.
Ainda sentada no chão,com suas pernas abertas,continua a gesticular com as mãos mostrando sua garganta.
Polidoro,não faz nada.Apenas a observa sem qualquer"reação mecânica".
Com muita dificuldade,Solânis se levanta segurando em seu sofá.
Ao se levantar,vai até um espelho que tinha em sua sala.Um espelho com uma moldura decorativa de palhaços.Presente que ganhara de sua falecida mãe.
Ao se ver diante do espelho,se assusta com o que vê.Estava um pouco desfigurada.Um olho fechado devido a um grande hematoma.Seu nariz,estava"afundado".Seus dentes, estavam em sua grande maioria,quebrados.
Pensara consigo mesma,que talvez ;não conseguira falar,devido a um grande ferimento em seu pescoço ou em sua laringe.
Não sabia ao certo.
Enquanto continua a se ver no espelho,com apenas um olho em funcionamento,vê no reflexo dele,do espelho,Polidoro correndo em sua direção com algo na mão.
Era uma tesoura que pegara no banheiro.Nos segundos que Solânis se descuidara ao se "examinar";no horrendo que lhe era refletido.
Polidoro,enquanto corre em sua direção com a tesoura para matá-la,avista por uns segundo no espelho,Manjubinha;a falecida mãe de Solânis.
Ao se assustar,Polidoro tenta parar,mas escorrega no vômito de Solânis.
Sem conseguir diminuir sua velocidade voraz,acaba caindo de cabeça na mesinha da sala de Solânis.
Além de provocar uma abertura em seu crânio,também quebrara seu pescoço.
Estava morto.
Sem qualquer contestação para ajuda médica.
Solânis,ainda está parada diante de seu espelho.Foi testemunha de tudo o que houvera nesses instantes,através dele.
Ao tirar sua atenção do corpo de Polidoro,ainda olhando pela óptica do reflexo,"se perde"nas várias fotos de palhaço que decoram sua sala.
Cada foto,um gesto.Um dizer.
Solânis Payaso,trabalhava em um Teatro infantil chamado:"Teatro para Crianças que não sabem Rir".
Um Teatro pequeno,Pobre,sem recursos de uma boa iluminação ou adereços para seus Atores.
Ela era conhecida como a Palhaça Melzinha.
Tudo o que era vestido pelos protagonista do Palco,sempre;era comprado por eles mesmos ou arrecadados em feiras ou em campanhas de doações.
Solânis,juntamente com seus outros seis colegas Palhaços,tinham outras profissões.
Ela vendia salgadinhos:coxinhas e pastéis,na parte da manhã;para pessoas em escritórios ou em comércios.Em frente á escolas,ocasionalmente.
Á noite,para pessoas que passeavam em praças ou estavam voltando para suas casas após um longo dia de trabalho,paradas em pontos de ônibus.
O trabalho no Teatro,geralmente;começava ás duas da tarde.Com duas horas de espetáculo.
SEMPRE.
Tendo uma boa plateia,"eles"teriam no"Teatro para Crianças que não sabem Rir",uma segunda sessão.
Também de duas horas.
Tudo dependia do Clima do dia,se não estava chuvoso ou frio,ou também;se não havia um calor excessivo.
Crianças,não param quietas;sentadas;em um teatro sem um bom Ar Condicionado.E isso,o Teatro não tinha.
Em dias chuvosos,as Mães,quase não levavam seus filhos com o medo de uma gripe ou algo mais sério.
Uma Pneumonia por exemplo.
Mas o dono do Teatro,sempre o alugava para outras finalidades.Como:palestras ou reuniões.Dependeria de quem o locasse.
Em um dia frio,o mais chuvoso do ano até o momento,Solânis,foi ao Teatro para buscar um número de telefone de que esquecera em seu Armário.
Uma Mãe,havia proposto a ela,dois dias antes,que fizesse uma"apresentação especial"na festa de aniversário de seu filho.Um garoto de sete anos.
Mas até aquele momento,o passar do telefone e a conversa;não havia nenhuma certeza.
Fazia um calor excessivo naquele dia,mas a mulher,havia se "prevenido"com previsões meteorológicas da Televisão.
Solânis;ainda lembra bem das palavras da Mãe do garoto:
-Olá,como vai?;
-Notei que você é a única Palhaço mulher.Gostaria de deixar meu número de telefone,pois sou separada e não confio em Homens,de qualquer profissão ou de uma"pureza familiar".
-A festa,terá apenas convidadas mulheres com seus filhos.
-AINDA;não tenho certeza absoluta se a faremos com palhaço,mas se chover,"precisaremos"de você.
-Já que as crianças,ficarão "limitadas"em meu enorme quintal que disponho.Mas com você,podemos as alegrar no "espaço coberto"de minha casa.
Quando percebera que chegara o dia exatamente"descrito"com sua"sorte",e ela,não estava de posse do número do telefone deste tão "aguardado"dia;se dirigiu ao Teatro,o mais rápido que pôde,no intuito de o procurar lá.
Quem sabe,esse pedaço de papel,não estaria em um de seus bolsos da Fantasia.
Não se perdoou;em não ter anotado diretamente em seu celular quando tivera a chance.
Mas também,naquele dia,esquecera o celular em sua casa, junto com o seu isopor de salgados.
Ela iria fazer uma entrega grande em um bar.Tinha deixado,um perto do outro.
Sua cabeça,estava em "outro lugar",devido a outros problemas.
Seu"companheiro",o Dom,indicara que sairia de casa novamente.
Não era a primeira vez que esse homem amado por ela,a fazia chorar ou se preocupar com sua vida solitária.
Solânis bate na porta do teatro e é deixada entrar por um funcionário que fazia a limpeza.
Ao se dirigir apressadamente a seu armário,localizado no Camarim coletivo,começa sua busca.
Aonde poderia estar esse"valioso papel";Pensara afoita.
Enquanto mexe e remexe em"suas roupas",Polidoro,o dono do Teatro,aparece atrás dela.
Silencioso como uma cobra embaixo de sua pedra.
Sem ela ainda o vir;
Ele que está com uma maçã em suas mãos,a cortando com"tom de desconfiança",bem devagar...;diz a ela:
-O QUE está fazendo Solânis?
-Irá nos deixar e pretende"nos roubar".
-Roubar a minha empresa?
Solânis,ao se virar com o coração"arritimado",devido ao seu susto;diz:
-Que é isso SEU Polidoro,estou apenas procurando algo de que deixei em meu armário.
-Depois de dois anos"com vocês",o SENHOR ainda imagina isso de mim?
Polidoro,ainda cortando sua maçã,a pondo em pequenos pedaços em sua boca,vai em direção á Solânis.
Diz a ela:
-Soube,que o Dom,a deixou de novo.
-Isto é verdade?
Continuou a comer a maçã enquanto fazia essas perguntas.
Nessa sua interrogação,chegou a apontar sua"faca do corte"para ela.Como se dissesse,estar bem informado e a par de TUDO.
Solânis,tenta deixar a situação como está,como uma pergunta retórica;Ou seja,que não deveria ser respondida.
Mas seu chefe,ainda morde a maçã vagarosamente,olhando fixamente para ela,como se esperasse alguma satisfação de sua parte.
Solânis,lhe dá a tão esperada resposta;
-Sim,nós nos separamos novamente.
Polidoro,agora;a indaga sobre uma outra situação:
-ENTÃO...,está pegando sua roupa,que aliás é do Teatro,seria para fazer uma apresentação Solo?
-Não pretendia dividir os seus ganhos com a empresa,a que paga seus artistas?
Solânis,pergunta a ele,do que ele estaria falando agora?
Polidoro,se encosta no armário,no mesmo que ela procurava seu número telefônico,e de frente para ela,diz:
-A mulher da festa,veio atrás de você,Há uma hora atrás.
Solânis,dá um fim á sua busca por uns instantes.Coloca as peças de roupas que estavam em suas mãos e as outras que deixara cair no chão em sua ofegante"caçada";todas de volta ao pequeno armário.
Um pouco feliz e calma,interpela a Polidoro,sobre "ela"e seu contato.
Polidoro,a constrange um pouco com pequenos sermões,mas por ser caridoso,segundo ele;ira noticiar o ocorrido a ela.
Esse"empresário",antes de iniciar sua comunicação explicativa,já demonstrava ser magano.
Dilucida,que o local,"gentilmente"criado para que os artistas;pudessem se expressar e aprender esse grandioso ofício,dependia da comunidade.Dependia deles.Seus"funcionários da Alegria".
ELA;(-HAVIA quebrado essa regra ao tentar fazer um trabalho,"um bico"com seus pertences)
Devido a isso,ele teve que recusar a proposta da mulher em permitir sua contratação.
Solânis,põe suas mãos em sua própria cabeça e vai a um desespero Contido.Sua vontade;era quebrar tudo à sua volta com enormes brados.
Mesmo um pouco alterada,exprimi a Polidoro,de que ninguém nesse trabalho,aqui do Teatro,havia assinado um contrato que continha cláusulas ou inibições externas de trabalho.
Completa,de que tudo alí,era feito com a vontade de se trabalhar e de poder exercer essa maravilhosa Função.
Reitera,que a maior porcentagem da bilheteria,se destinara a ele,O DONO.
SEMPRE.
Nunca houve um pedido de aumento ou uma petição para melhoria de trabalho.Dela ou de seus colegas.
A roupa da qual usava para trabalhar no Teatro,era dela.Ela mesma a fez.
Solânis,não contêm suas lágrimas.
Diz a si mesma,voltando seu olhar ao pequeno espelho que servia para todos se maquiarem,que estara perdida.
O seu ex-marido,que nem ao menos,sabia se voltaria um dia,levara todo seu dinheiro.
O dinheiro que ela precisaria para comprar ingredientes para seus salgadinhos.
Polidoro,vai com sua mão ao ombro de Solânis,com sua"calma venenosa",afirma para ela,que nem tudo estara perdido.
Ele tinha uma asserção agradável aos dois.
Solânis,ainda olhando para o espelho,encaminha seu olhar a Polidoro.
Dissera;que ouviria o que ele tinha a dizer.
II-O Último Suspiro De Um Palhaço,é seu Riso
Polidoro,diz ser um homem direto.Sem rodeios ou Meias-palavras.
O que ele queria dela,e pagaria bem por esse serviço,seria;que ela desse a ele,somente sexo oral.Não haveria sexo convencional ou um toque mais íntimo.Como beijos ou encontros amorosos
Tudo ocorreria,somente no Teatro.Depois que não houvesse mais ninguém no local.
SEMPRE pagaria.
Devido aos seu problemas financeiros,URGENTES,e sua falta de saída;Solânis ACEITA.
Polidoro,apenas faz uma exigência,que ela,se maquiasse e se vestisse de palhaço.
Solânis,começa sua caracterização.
Quando diz estar pronta,Polidoro a aguarda em pé.
Solânis se ajoelha e demonstra que irá iniciar o acordo.
Antes,ela o questiona sobre o dinheiro.Ele o tira de seu bolso e dá a ela.
Solânis,tem um nojo repentino,não por Polidoro;ser um homem gordo e de suspensórios.Nem mesmo porque suava FREQUENTEMENTE e vivia com seu lenço enxugando seu rosto.Mas por se tornar algo que não tinha a menor vocação.
Por dar á profissão,um fetiche Esdrúxulo.
Ela pede perdão a ele e,diz,que não pode continuar com aquela situação.
Quando sinaliza que irá se levantar;Polidoro,enfurecido,a acerta com um de seus joelhos.
Solânis,tem seu corpo projetado para trás.Com uma força bruta,ocasionada pelo intenso ódio de Polidoro;Solânis, antes de bater sua cabeça no chão e desmaiar;Já sangrava muito pelo seu nariz.
Mas ao atingir o piso de concreto batido do Camarim com sua nuca,começa a ter convulsões.
Polidoro,ainda a chuta em suas costelas.Sem uma piedade ou preocupação de sua parte.
Ao encostar no corpo,chega a conclusão que ela estava morta.
O"chamejante"Polidoro;raivoso e endiabrado,chama o faxineiro que fizera a limpeza do palco e das cadeiras da plateia;que se preparava para ir embora.
Ao chegar e testemunhar o sucedido,o empregado de Polidoro,deixa sua vassoura cair e faz um gesto Cristão.
Polidoro,diz ter sido um acidente,que ele,o faxineiro,deveria o ajudar.
Antes de sua hesitação,Polidoro,lhe dá um maço de dinheiro.
Comenta,que eles;é que deverão cuidar"disto".
Sem a Polícia e o mais depressa possível.Pois sua esposa,"Dona Zuleica",poderia chegar a qualquer momento.
Seu funcionário,ainda contesta;(-se realmente fora um acidente,ninguém precisaria temer.)
Polidoro,tira mais uma quantia de dinheiro de seu bolso.
Ao pegar o dinheiro,Elias,o faxineiro,cessa com suas observações e conselhos.
Polidoro diz a ele,que precisam enrolá-la em um tapete,desta maneira,poderiam a levar até seu carro.
Discretamente.
O empresário,tinha uma camionete grande,das mais luxuosas.
Ao começar a colocá-la no tapete,Elias ainda comenta que,Solânis,parecia estar chorando e sorrindo.
Seu chefe,diz que isso era bobagem de sua cabeça,de que era sua impressão,pois Solânis,estava morta.
Polidoro,diz a Elias,para pegar a lata com tinta vermelha.A mesma que usaram para pintar o palco em um dia.
Depois de trazer a tinta,Polidoro diz a seu "contratado",que limpasse um pouco do sangue.
Depois de feito,Polidoro joga a tinta vermelha em cima da mancha e,começa a dar pinceladas no chão.
"Porcamente".
Diz a Elias,que deixe a tinta e o pincel,á mostra.Quase ao lado"da pintura".
Eles colocam um aviso de tinta fresca,escrito em um papel comum;e depois saem.
Com a chuva abundante,as pouca pessoas que estão na rua,ou estão com pressa,ou estão com seus guarda-chuvas em seus rostos.
Ninguém dará conta,que dois homens levam em um tapete enrolado,o corpo de uma nobre artista.
Polidoro e"seu"faxineiro,a coloca na carroceria de sua bela caminhonete.
Agora,Polidoro diz a seu"cúmplice",que ele deveria voltar para dentro e continuar a pintar o chão..Assumiria"dalí pra frente".
Zuleica,Mulher de Polidoro,chega logo após"o deslocar"do corpo.
Em seu carro.
Polidoro,avisa á sua esposa,estar com pressa;devido a um compromisso urgente.Teria uma reunião de última hora com prováveis patrocinadores.
Que ela,não deveria entrar no camarim.Elias,estava pintando,era para melhorar o visual do chão,caso trouxesse seus "investidores"para uma visita.
Essa tinta em especial,faria mal á sua saúde.
Sua mulher acredita e entra no Teatro para não ficar na chuva.
Polidoro,saí apressado.
III-Uni Duni Tê,O ASSASSINADO;SERÁ...VOCEEEEEÊ
Polidoro,está dirigindo sua luxuosa caminhonete pela cidade.Se questiona em seu pensamento;se deve enterrar Solânis,ou se deve a"deixar"em sua casa.
Enquanto pensa,acende seu charuto.
Resolve a deixar em casa,assim;todos pensariam,que foi seu Marido.O Dom.
-ELES TIVERAM UMA BRIGA E ELE A MATOU(*seu pensamento)
Ao imaginar o ocorrido EM SUA CABEÇA,completa:
-Se a polícia me interrogar,digo a eles,que Dom,sempre fora violento.Dessa vez,ele não devera ter aceito a separação entre dois.
-É CLARO.
Polidoro se dirige á casa de Solânis.
Era uma casa Humilde no subúrbio.
A rua era de terra e tinha uma longa ladeira.
Não havia ninguém na rua com suas poucas casas.
Polidoro,ao descer de sua caminhonete,resolve bater na porta da casa de Solânis.Apenas,para averiguar que não haveria ninguém.Que não seria surpreendido.
Ao bater várias vezes;ninguém respondera.Era sua"deixa".
Com um pontapé,arromba a porta de Solânis.Estava chovendo e,sucedia"espasmos"de trovões.Ninguém ouviria esse barulho confuso de outro estrondo.
Ao entrar,olha pela casa de Solânis.Faz um comentário rude em relação á sua moradia.A xinga.Como se devesse ter aceito sua proposta sórdida.
Completa,que isso,era o maior favor que alguém poderia fazer a ela.
Polidoro,se encaminha á traseira de sua caminhonete.
Como é um homem forte,consegue levar"o tapete"sozinho.
Quando entra na casa de Solânis com o tapete,a larga no chão da sala,como se fosse lixo.Como se jogasse em uma caçamba de entulhos;restos.
A desenrola sem cuidado algum.O corpo de Solânis,acompanha o desenrolar do tapete.Ela para com seu rosto virado para o chão de sua sala.
Polidoro,diz ao corpo de Solânis,-QUE ELA ESTÁ EM CASA.
Polidoro ajeita sua calça e ajusta seu suspensório.Agora,resolve ir ao banheiro limpar seu rosto antes de ir embora.
Enquanto se olhava no espelho,escuta alguém tossir.Como se estivesse se engasgando.
Polidoro ainda não sabera,mas Solânis,tinha saído da posição de bruços e se colocara sentada no chão.
Está com suas pernas abertas,vomitava entre elas.
Polidoro vai até a porta e verifica o que houvera.Com suas mãos no batente diz:
-JESUS CRISTO,MALDITA EXORCISTA.
Faz um sinal Católico.
Solânis,ao olhar para porta de seu banheiro,vê Polidoro parado.PETRIFICADO.
Ela tentar dizer a ele,que estara sufocada.Com algo preso em sua garganta.
Apenas faz gestos.
Ainda sentada no chão,com suas pernas abertas,continua a gesticular com as mãos mostrando sua garganta.
Polidoro,não faz nada.Apenas a observa sem qualquer"reação mecânica".
Com muita dificuldade,Solânis se levanta segurando em seu sofá.
Ao se levantar,vai até um espelho que tinha em sua sala.Um espelho com uma moldura decorativa de palhaços.Presente que ganhara de sua falecida mãe.
Ao se ver diante do espelho,se assusta com o que vê.Estava um pouco desfigurada.Um olho fechado devido a um grande hematoma.Seu nariz,estava"afundado".Seus dentes, estavam em sua grande maioria,quebrados.
Pensara consigo mesma,que talvez ;não conseguira falar,devido a um grande ferimento em seu pescoço ou em sua laringe.
Não sabia ao certo.
Enquanto continua a se ver no espelho,com apenas um olho em funcionamento,vê no reflexo dele,do espelho,Polidoro correndo em sua direção com algo na mão.
Era uma tesoura que pegara no banheiro.Nos segundos que Solânis se descuidara ao se "examinar";no horrendo que lhe era refletido.
Polidoro,enquanto corre em sua direção com a tesoura para matá-la,avista por uns segundo no espelho,Manjubinha;a falecida mãe de Solânis.
Ao se assustar,Polidoro tenta parar,mas escorrega no vômito de Solânis.
Sem conseguir diminuir sua velocidade voraz,acaba caindo de cabeça na mesinha da sala de Solânis.
Além de provocar uma abertura em seu crânio,também quebrara seu pescoço.
Estava morto.
Sem qualquer contestação para ajuda médica.
Solânis,ainda está parada diante de seu espelho.Foi testemunha de tudo o que houvera nesses instantes,através dele.
Ao tirar sua atenção do corpo de Polidoro,ainda olhando pela óptica do reflexo,"se perde"nas várias fotos de palhaço que decoram sua sala.
Cada foto,um gesto.Um dizer.
FIM
By Santidarko