Termos propostos e ensaiados---desenvolvidos por Santidarko
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A Estrutura da Bainha: 'O Toróide de Alfvén-Ciclotron'
Atualmente, os pulsares são entendidos através do 'Modelo do Farol', onde feixes de radiação provenientes dos polos magnéticos da estrela de neutrões varrem o espaço devido à sua rotação, criando um sinal periódico. No entanto, esse modelo não explica totalmente certas anomalias observadas em pulsares específicos de ultra-alta energia, onde se detetam variações de brilho e polarização nos'off-pulses'(períodos entre os pulsos principais).
A teoria da Pulsar Scintilla e/ ou da Cromociclotronização propõe uma extensão a esse modelo ,'para explicar' essas emissões residuais.
O Mecanismo Proposto: A Formação da 'Bainha enérgica em torno de uma estrela de nêutrons
A magnetosfera de uma estrela de nêutrons não é um vazio. É um ambiente preenchido com um plasma de pares eletron-pósitron, continuamente gerado por intensos campos elétricos perto da superfície. Argumento em hipótese neste ensaio que, sob condições específicas de densidade de plasma e força do campo magnético,esse plasma pode 'auto-organizar-se'.
Instabilidade e Acoplamento de Ressonância:
Partículas aceleradas ao longo das linhas do campo magnético, perto do equador da estrela, podem desencadear uma 'instabilidade de plasma cíclica'. Essa instabilidade não é contínua; ocorre quando a densidade de energia do plasma atinge um limiar crítico.
Nesse ponto, as partículas em movimento espiral acoplam-se ressonantemente com as flutuações do campo magnético toroidal.
'A Bainha':
Este acoplamento ressonante força o plasma a condensar-se temporariamente em uma 'casca toroidal' (um donut) de alta densidade e luminosidade, envolvendo a estrela de nêutrons na região do equador magnético.
Essa é a 'Bainha'. A sua formação é um processo de autoconfinamento magnético, semelhante a um 'espasmo' controlado da magnetosfera.
O Fenômeno da 'cintilação':
-Ciclo de Vida da Bainha:
A bainha não é permanente. O seu ciclo é:
Acréscimo/Fase de Carregamento,O plasma acumula-se até ao limiar de instabilidade.
-Formação/Fase de Ignição:
Ocorre a ressonância, formando a bainha luminosa num processo de ~milissegundos.
-Dissipação/Fase de Decaimento:
A bainha, sendo energeticamente custosa, dissipa-se rapidamente através da emissão de radiação síncrotron e de ondas de Alfvén, num clarão de ~microssegundos a milissegundos.
-Recarregamento:O ciclo recomeça.
A Cintilação Observada:
Esta formação e colapso cíclicos são observados a partir de um ponto de vista fixo como uma'cintilação',ou um 'pulsar secundário' superposto ao sinal do farol principal.
A cintilação ocorre numa frequência diferente da rotação da estrela, ditada pela física do plasma local, e é altamente polarizada devido ao forte campo magnético confinante.
'Previsões testáveis e diferenciação':
●Previsão 1 (Emissão):Deverão ser detetados 'microclarões'de radiação (raios-X e raios-gama moles) com um período próprio, desfasado do período rotacional do pulsar, originários da região do equador magnético.
●Previsão 2 (Assinatura Espectral):O espectro destes microclarões apresentará uma assinatura de emissão síncrotron ressonante, distinta do espectro dos pulsos principais do polo.
●Previsão 3 (Polarização):A polarização da luz da cintilação mostrará um ângulo de polarização rotativo distinto, correspondente à geometria do toróide equatorial, em contraste com a polarização dos feixes polares.
A confirmação da Pulsar Scintilla teria implicações profundas:
●Física de Plasmas em Condições Extremas.Forneceria um laboratório natural único para estudar a auto-organização de plasma sob campos magnéticos ultrafortes.
●Dinâmica da Magnetosfera: o nosso olhar sobre a magnetosfera dos pulsares, mostrando-a como um sistema dinâmico e multiestável, e não um simples condutor de feixes.
Cosmologia e Calibração:
Pulsares com esse fenômeno poderiam servir como 'velas padrão'mais complexas, mas potencialmente mais precisas, para medir distâncias cosmológicas, devido à natureza física previsível do seu mecanismo de cintilação.
Ensaio de Conclusão:
A teoria da Pulsar Scintilla não invalida o modelo do farol, 'enriquece-o'.Ela conjectura, que uma estrela de nêutrons pode não ser apenas um farol cego, mas um farol envolto numa 'aura pulsante' -- uma bainha de energia que cintila com a 'voz própria' sobre seu plasma, um ritmo secundário e profundo no coração do' cadinho magnético' ,mais extremo do universo.
É uma proposta louca, 'mas ancorada' na física de plasmas e em anomalias observacionais.
Esta teoria da Pulsar Scintilla e/ ou da bainha de cintilação propõe uma extensão a esse modelo,para desenvolver estas emissões residuais.
By Santidarko