segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A Nebulizada

A Persecutória de Si





Amanda.Jovem e Bonita.
Persecutória de si Mesma.
Não às cobranças sobre um desenvolvimento pessoal ou profissional.
Amanda,é uma Nebulizada.Não por ser reticente a aprendizados ou lições.
Mas sim;pelo seu sofrimento em relação ao seu viver

Uma Nébula.
Uma Neblina.
Uma Névoa que ofusca,obscurece sua visão em sua decisão;do partir ou continuar a viver



Depressão(Doença);que a faz querer se desatar da Vida.Um Suicídio ou uma morte esperada.Dada a ela pela"sua coragem" ou por um "presente do acaso".
Um desprendimento para as Boas e Surpreendentes novidades que o Mundo Trará.Da Tecnologia á Moda.Do entretenimento a retóricos pensamentos vencidos.


Razão(Vontade);ainda tem seu querer;em ser testemunha dessas maravilhosas contemporaneidades que surgirão.Poder ter as experiências ofertadas por esses avanços.

Amanda,não está Só;Nessa"fumaça Maligna"que a faz querer sair da companhia do Mundo.
Do desencarcerar corpóreo.
Do material e do Físico.

Mas se Amanda tentar,ao menos lutar um pouco mais;não se arrependerá em"continuar conosco".
ADIE.

Foque nas "belezas"que ainda estão por vir.
Pense.
Espere.
Aguarde para sentir.





By Santidarko

O Ganhador de Olhares

I-Predileções Maníacas


"Quando os Soldados do impróspero batem á sua porta,o Cuidado com sua vida,não é uma de suas melhores qualidades.É seu maior apreço.Seu Trunfo"

-Carmino Mazzira





Matreiro.Acautelado.
Qualquer adjetivo que lhe fosse referido,ainda seria de modesta descrição á sua pessoa.
Carmino Mazzira,aprendera desde pequeno com seu Pai,Alfaro,que;todos que vivem em um Mundo Material e de desejos a ser conquistados;TODOS,sem exceção,são Lobos.
Mesmo àqueles que, ainda se indagam a si;sobre sua coragem ou seu limite de luta perante o Mundo.
Lacsara,sua Mãe,sempre o ensinara o mesmo.Com as mesmas palavras exprimidas por seu Pai;nem mesmo,tinha uma observação,uma análise ou um "reparo"sobre suas palavras que eram proferidas.

Um Pai Espanhol e uma Mãe Indiana.Essa era a criação de Carmino e sua irmã.
Tradição e Religiosidade.

Carmino,tinha apenas uma Irmã,Rubira.
Cinco anos mais velha,Rubira,atraía a atenção de Todos devido sua exógena Beleza.
Encanto,que"provocava" os olhares dos Homens mais velhos aonde a Família vivia ou em seus passeios à cidade.
Com tanto charme e "atrativos corporal",cobiçada até mesmo com um simples desejo do toque em seus pés,provocou a demência de alguns"Homens"que não podiam suprimir seus impulsos ou "sonhos" impróprios.


Para uma sociedade regida de leis e deveres,mesmo distante de uma cidade,ninguém,ousaria;tirar a razão de um Pai em defesa à sua filha.
De uma jovem pura e casta em sua iniciação adolescente.

Quando Alfaro tivera que ir á cidade,um pouco distante dessa pequena comunidade aonde viviam,vender pele de carneiro;Lacsara,Carmino e Rubira,foram surpreendidos em uma noite.
Após vários comentários sobre seus desejos para com Rubira,três homens que estavam em um pequeno estabelecimento tido como um" Bar"desse local,em uma noite,não conteram o "apetite sexual".
Invadiram a casa da família enquanto todos dormiam.
Os sorrateiros criminosos,esperaram por um horário que todos os moradores dessa pacata e restrita comunidade,estivessem em suas casas.Uma madrugada fria,que nem mesmo o homem que"vigiava"as pequenas ruelas,estivesse de prontidão.
Rubião,o"guarda",havia sido ludibriado com sonífero em sua bebida que os"prestativos"bandidos o ofertaram para se aquecer.
Não faria oposição à nefasta elaboração.

Sem qualquer empecilho ao plano demente,á prática do hediondo,não sofreria com surpresas.
Ao forçar a porta com "maestria e conhecimento",mesmo com um teor alcoólico em vigor em suas correntes sanguíneas,os facínoras sexuais,entraram na casa sem serem notados pelos seus moradores.

Conheciam a casa dos Mazzira por dentro,devido que os visitantes dessa noturna e cruel "vinda",fizeram com suas esposas e filhos várias vezes como convidados.
Uma socialização comum a vizinhos.A todos que compartilham amizades e"serviços".Ainda mais em um"cenóbio agrícola".
Sabiam aonde deveriam se dirigir e como se "proteger"de um acaso.
Primeiro,trancaram a porta do quarto do jovem Carmino,pegaram Rubira e,tampando sua boca com um pedaço de camisa rasgada de um deles,foram ao quarto de Lacsara.
Com o mesmo "Modus operandi"(mesmo ato para a"retenção"dos gritos),as colocaram lado a lado na cama de Lacsara.

Após as amarrarem com as própria cordas que Alfaro tinha dentro de sua casa,as usava para várias funções em seu trabalho;como amarrar uma carga para transportá-la em sua caminhonete.

Algumas outras ferramentas,Alfaro as mantinha na pequena garagem de madeira fora de sua casa,algumas outras,ele as esquecia ou as deixava dentro de seu lar,devido a um desleixo ou ao alto custo que pagara por elas.

Quando o motivo dos insanos homens,começa a ser executado,eles ainda;bebem,riem e confabulam na sorte;quem será o primeiro "ganhador",os perdedores;esperarão com "brincadeiras"para com Lacsara.
Lacsara no pôde se defender de uma maneira justa,pois tinha um facão em seu pescoço.Isso também fez que Rubira,não criasse problemas na ação dos Psicopatas.
A fez ficar"dócil e cooperativa".
Mas não;participativa


Carmino,acorda com as batidas dos pés da cama no chão de madeira da casa.Tenta sair de seu quarto e não consegue.
Após mexer em um de suas gavetas,pega uma das facas que seu pai dera de aniversário.
Uma faca forte,robusta.
Força a porta,após umas tentativas,a abre.
Vai ao quarto de sua irmã e constata de que ela,não estara lá.
Ao ir ao aposento de sua querida Mãe,antes de tentar abri-la normalmente,escutou sussurros e deleites sexuais.
Ele sabia que seu Heroico Pai,não estava em casa.Sua Mãe,era o exemplo de Fidelidade em seu casamento.

Vai à cozinha,afasta a mesa,tira o tapete,"desloca"um pedaço do chão de madeira"e, tira uma espingarda que seu pai guardava embaixo do assoalho,todos da casa sabiam dessa arma;vira que apenas havia duas balas para sua defesa;e de sua Família.
Põe sua faca na cintura,e a cobre com sua camisa.

Com a Espingarda em suas mãos,se joga de ombros na porta,não podia "desperdiçar sua defesa".
Mesmo sendo de uma madeira boa,a porta tinha defeitos com as suas dobradiças.Seu Pai,sempre comentara o defeito dessa velha casa .

Ele cai ao chão quando adentra no quarto.Mesmo sendo testemunha de um Horrendo acontecimento,atira no homem que estava em cima de sua irmã.
O homem que estava de bruços em cima de sua irmã,Rubira,que também estava de bruços sendo violentada,ou seja;o homem estava de costas para ele e para a porta,não teve chance,seu cabeça"explodira" em somente um tiro certeiro.
Restava apenas uma bala.


Os outros dois,estavam de frente para ele e para a porta,ao lado da mesma cama aonde estavam sua irmã e sua mãe.
Ao verem o acontecido,mesmo um pouco bêbados,tentam tirar a arma das mãos de Carmino.
O primeiro a tentar;o homem que segurara o facão no pescoço de sua Mãe,perde seu mão devido a força do tiro.
Carmino,estava imbuído com o combustível da fúria e da ira.
Sem instantes pensados.

o que sobrara inteiro,sem machucados,consegue segurar seu "braço armado",tirando a arma dele e jogando-o ao chão.

Carmino havia falhado;isso em seu pensamento momentâneo.
Sua Mãe,tenta se desvencilhar das amarras enquanto tudo acontece.
Carmino,ferido e um pouco tonto,devido sua cabeça bater ao chão quando fora empurrado,tenta se levantar.
Ao tentar,o mesmo homem que o jogara ao chão,o pega pelo pescoço.
Com a ameaça de quebrá-lo ou de torcê-lo,o homem diz a Carmino:-Que terminará o que veio fazer com sua irmã.

O homem tira seu canivete do bolso e"marca"o rosto de Carmino com profundos cortes.
A Lâmina,faz seus primeiros cortes em sua testa,depois em seu rosto.
Carmino,manifesta a tentativa de um olhar,no intuito de ver seu algoz,ver a expressão facial desse homem;mesmo ainda com a "gravata" desse monstro,o sufocando.
Rapidamente,Carmino pega a faca que guardara em sua cintura e a crava na garganta de seu carrasco.


Com o sangue jorrando,o homem o larga.Cai ao chão com suas mãos em seu pescoço com a tentativa de parar seu sangramento.
É em vão.

Carminho vai em direção do homem que havia perdido a mão,que estava se recuperando e tentando se levantar,Carmino,"termina com seu sofrer".

Sua irmã não responde ao chamado de sua mãe ou a dele.Ela havia sufocado no travesseiro enquanto o homem a forçava a ficar quieta.A não se mexer.
Ela estava de bruços quando o homem a fazia permitir seu doentio desejo específico,esse era o motivo de sua asfixia.
Mesmo com as inúmeras tentativas de a reviver,sua irmã,havia partido.
Carmino,ainda sangra muito em seu rosto.Seus olhos,estão encobertos pelo seu sangue.
A Maçã de seu rosto,também necessita urgentemente de pontos.
Sua mãe,pega agulha e linha e faz o que sempre podia quando cuidava dos animais.Sem compadecimento quando havia sofrimento.Ela tinha que se concentrar para conseguir ajudar.Sem choro ou receio.
Ser firme.


Ao amanhecer,Alfaro chega.Ainda com a neblina do início do Dia.
Ao saber o que se passara,toma uma decisão.
Com a filha morta em seus braços,quer matar todos os descendentes desses bandidos.Mesmo com sua mulher dizendo a ele;-Que as mulheres e os filhos desses Marginais,não poderiam ser culpados pelas escolhas dos seus Pais e maridos.

Alfaro diz à Lacsara,para colocar a caminhonete na garagem e pegar tudo o que era importante.
Comida e roupa,tinham prioridade de espaço.
Alfaro pergunta à seu filho,se ele havia entendido essa regra e pedido.
Com uma resposta afirmativa ,ele complementa para Carmino;para carregar tudo pela parte de trás da garagem.Ir com os objetos pela saída dos fundos da casa.

Pois;atrás da casa,havia somente mato.Não tinha vizinhos ou olhos.
Se fossem carregar tudo pela frente da casa,ao entrar e sair da garagem,poderiam atrair um olhar curioso ou alguém disposto a conversar ou oferecer ajuda.
Todos também acordavam cedo devido ao trabalho no campo.
A sorte segundo ele,Alfaro,a neblina ainda era densa.








II-Um Aciganado


Carmino,está sentado atrás de um ônibus de viagem;fretado para colhedores de algodão.Se encontra no último banco.
Sozinho.
Dez anos após esse incidente,acordara subitamente com o pesadelo dessas lembranças.
Não importava o lugar aonde estava ou dormira.Sempre sonhara.
Ao acordar,ainda se recorda daquela noite e o desfecho que acontecera no início desse trágico dia.

Seu pai o posicionando na caminhonete,no banco traseiro,quase desmaiado devido a intensa dor em seu rosto,enfaixado com panos improvisados;sua mãe,colocando o corpo de sua irmã,cuidadosamente na carroceria da caminhonete.
Seu Pai dizendo a Lacsara,sua Mãe,para pegarem a estrada e não olharem para trás.
Entre os choros e pedidos de sua Mãe á seu Pai,ele,Alfaro,permaneceu com sua decisão.
Matar os filhos daqueles Homens que destruíram sua família.
As mulheres e as filhas,seriam poupadas.
Como os filhos eram um pouco mais velhos que Carmino,em um futuro próximo,viriam a crescer e buscar vingança para com a família.
Carmino e sua Mãe.
Consideração e reflexão de Alfaro após pegar mais balas que somente ele,sabia aonde escondera "das crianças".
A arma embaixo do assoalho,não era um segredo descoberto pela família durante algum evento ou um acaso,o que era de cunho cuidadoso,era esconder as balas para que seus filhos,não"brincassem" de atirar na ausência deles,os Pais.


O ônibus para.O motorista abre a porta frontal do ônibus.Ainda caminhando em direção á saída,diz a todos,que chegaram em seu destino.
Todos os trabalhadores,começam a descer.
Carmino ainda olha um pouco mais pela janela.É a última pessoa a descer.
Após ao seu passar pela porta,coloca uma camisa que usara para cobrir o rosto e põe em chapéu por cima.
Devido ao intenso e cruel Sol e;Também;fazia uso desse"acessório"para esconder suas cicatrizes.
Mesmo tendo se passado uma década,após o trauma que selou sua vida,agora com seus vinte e cinco anos,Carmino,não gostava que olhassem para ele quando caminhava ou quando parava para almoçar.

Sempre longe do grupo de pessoas que conversavam ou descansavam durante esse trabalho de colher algodão.
Durante o tempo de sua jornada trabalhista,sempre"oculto".
"Se perpetrava incógnito".Como alguém culpado.

Debaixo ainda desse Sol"corpulento",que castiga qualquer ser vivo,com sua pequena bolsa para a colheita do algodão,recordara um pouco mais desse fatídico dia.

Sua mãe dirigindo com ele atrás murmurando dores,sua irmã,a doce e falecida Rubira,na carroceria;Lacsara dizendo a ele que prosseguirá até o sítio de sua irmã.Ao chegar lá,tomaria providências para com seu sofrimento.
Mas em um discuidar de Lacsara,ao olhar Carmino que quase desmaiara novamente no banco de trás,Lacsara,perde o controle da caminhonete ao desviar de uma vaca que aparecera de repente em seu caminho.
O carro da família cai em uma ribanceira.
Como Lacsara estava sem cinto,para poder se movimentar e cuidar de seu filho,fora projetada para fora do veículo.
Carmino por sorte ou uma bênção desconhecida,fraturou apenas alguns ossos e ficou em coma no Hospital.

Quinze dias após ao acidente,acordara na companhia de sua tia,irmã de Lacsara.
Indianara,sua tia,ouvira no rádio o apelo do locutor:-Quem puder dar informações da família que se acidentara,FAVOR SE MANIFESTAR.

O Radialista,descrevera as pessoas e o carro.
Dissera para ajudarem no reconhecimento dos falecidos e para cuidar do sobrevivente.
-Há um garoto internado;segundo o apelo do homem do rádio.

Seu Pai Alfaro,fora descrito nos jornais,como um homem que promoveu uma chacina devido a traição de sua esposa com outros homens,um homem cruel que devastou um pacato e simples estilo de vida em uma vila agrícola.
Alfaro,nunca mais fora visto.








III-Um Passado Duro em um Futuro Mole,Tanto bate,até que o Presente não Dure





Após ao término dessa colheita,Carmino seguiria a uma fazenda próxima.Agora,seu trabalho,seria colher Maçãs.
Seria com a maioria dessas pessoas com quem terminara o colher de algodão.
Em uma noite,antes dos trabalhadores desmontarem o acampamento,Carmino estava só em sua barraca,como era seu costume,longe dos outros empregados terceirizados.
Estava perdido em seus pensamentos.
Profundamente.
Quando ele se vira de lado,para tentar dormir,ouve gemidos próximo a ele.
Aparenta ser uma mulher.E para piorar,em perigo.
Ele se levanta,pega um facão do qual fazia uso quando seu trabalho"exigia",como quando cortou Cana em uma plantação;ele sai em busca desses sussurros.
Como fora descrito antes,Carmino se encontra um pouco distante das outras barracas.

Ao caminhar nessa aclarada noite,devido à luz Lunar,se depara com dois dos" trabalhadores" do acampamento,tentando conter uma moça que se debatia.
Ao ver Carmino,os homens,tentam convencê-lo a se juntar a eles ou fazer vista grossa para o que acabara de testemunhar.
Comentam que,Carmino,não terá muitas chances de"se dar bem"com esse seu rosto"danificado".
Disseram a ele que, isso não lhe dizia respeito caso se importasse.
Carmino responde a eles,que irá ajudá-los na"diversão".Que eles,tinham razão quanto ás necessidades de um homem.
Quando eles prendem sua atenção novamente á moça,Carmino,com dois golpes certeiros,um em cada pescoço,os dilacera.
Um movimento digno de um Samurai.
Rápido.Preciso.Cirurgico.

Há sangue por todos os lados.Em cima da moça e no rosto de Carmino.
Ele tira os Troncos Humanos de cima da moça e oferta sua Mão.
Mesmo assustada e perplexa com o que acabara de ver,aceita a mão oferecida para se levantar.
As roupas da jovem estão rasgadas e seus seios,estão á mostra.
Carmino tira sua camisa e a cobre com uma educação exemplar.
Eles caminham para longe do acontecido.
Ao ver a luz da fogueira do acampamento,um pouco ainda distante da onde estavam,param por um instante.

A noite,estava agradável para quem quisesse se refrescar ao relento.
A jovem com o nome de Larissa,em um olhar rápido,demonstrava ter a mesma idade de Carmino.
Vinte e poucos anos.
Ela diz a ele,que o"conhecia".Já o vira muitas vezes.Sempre distante dos demais operários.
Que ele era;sempre o último a pegar o envelope com seu pagamento.
Carmino não diz nada,apenas faz um gesto afirmativo com a cabeça.

Ela ainda prossegue com suas observações.
Mas ao ver que ela agora volta sua atenção ao seu rosto,Carmino,tentar escondê-lo de uma maneira sutil.
A moça passa a mão em sua face e diz a ele;que não tem do que se envergonhar.
(*Muitas mulheres,gostam de homens com cicatrizes)

Ela retira a camisa que Carmino a cobrira com respeito,mostra o que Carmino,discretamente havia notado ou talvez tinha imaginado em seu íntimo.
Pede a ele,que a toque.Sem medo ou receio.

Mesmo com a mão em curso recuo,ele deixa a mão de Larissa o conduzir.
Carmino,tem sua primeira relação sexual.
Após "expelir"o que estava preso em seu Cerne durante toda a sua vida;apenas se satifaz,com uma "segunda vez".
"A fustigou" com seu corpo e desejo.










IV-Cerúlea,é a Cor Da Esperança



Inicia o Amanhecer.
Carmino e Larissa,ainda estão deitados no Gramado.Em um local que não fazia parte da plantação de algodão.Apenas as terras eram pertencentes ao mesmo dono.
Ao abrir seus olhos,Carmino,contempla o imenso e belo Céu Azul.
Como se agora,fizesse parte de alguma beleza natural e comum.Se sentia,um Ser vivo Normal.
Larissa,acorda alguns segundos depois,ainda envolta pelos braços de Carmino.
Todo esse prazer e alegria,logo serão podados com a situação da noite anterior.Com o Real.
Com o que Carmino tivera que fazer para chegar a esse entrelace Feminino.

Á Larissa,não seria retribuído as mortes.Seria a alguém tido como estranho e incomum.
Carmino.
Não seria difícil associar esse"crime"a ele,pois,suas unhas,ainda guardavam seu segredo.Havia sangue debaixo delas.
A melhor solução,seria sua Fuga.

Se revolvesse ficar,seria Preso.
Se Fugir,perseguido.

Cogitar a companhia de Larissa em uma Jornada,seria um sonho Adolescente.Ingênuo e Romântico.
Firmar uma relação com quem acabara de conhecer,baseado em um ato de agradecimento ou de Pena,não o faria ser um sobrevivente que sempre fora.
Ser Racional com a vida e seus entraves.

Ele a deixa com um breve beijar.Diz a ela,que a agradece pela melhor experiência de sua vida.
Toda essa ação,acontece enquanto se"recompõe". Enquanto coloca sua roupa.
Em específico,sua calça e camisa.Carmino estava descalço.
Pega seu facão no chão e corre para sua barraca.
Ao chegar até ela,apenas calça sua bota e pega sua mochila.A barraca,deixara armada e para trás.Sua pressa,era prudente e necessária.
Correndo pelo campo,passa por uma cerca de arame farpado e atravessa um rio.
Ao "vencer"o rio,enche seu cantil com água.Prossegue mata a dentro.
Seu caminho,agora,é repleto de árvores e um mato alto.
O Sol,já afirma sua claridade e calor.
Após andar cerca de duas horas,sempre em direção ao Sol,Carmino chega próximo a uma estrada.
Estava em um relevo alto á sua posição,de longe,consegue ver um movimento policial Nela.
Carros,caminhões e ônibus;Todos sendo parados em uma barreira na Rodovia.

Sabiam do ocorrido.Estavam á sua procura.
Ele se deita no alto-relevo de pedra e continua a observar.
Da onde estava,tinha uma visão clara da Via que continha uma longa reta em uma Planície.
Carmino,estava sujo de terra e outras marcas de sua caminhada.Seria difícil o identificar de longe.
Tampouco,o discernir como uma pessoa deitada em uma vegetação Rural.
Carmino,com seu chapéu e com a água em seu cantil,resolvera ficar parado nesse local;até o anoitecer.
Mas o que Carmino não tinha em seu conhecimento,à contrapartida de sua decisão,é que Matara os dois netos do Dono da Fazenda.O HOMEM,"o Senhor"da plantação de algodão,Colocara recursos pessoais para o auxílio da busca.

Para sua infelicidade,agora,havia um Helicóptero em seu encalço.








V-Os Desprovidos,sempre pagarão pelo Lenço dos Abastados.



Carmino Tem um pensamento sobre Elitismo e de quem não tem um acesso direto ao básico por direito.
Essa sua reflexão,não era de uma absoluta verdade.Segundo ele mesmo.

Há Maus e Bons,nos dois lados.
Alguns,conhecem a Maldade,por ter á sua disposição;o poder;Outros;por não ter o mínimo de recursos para se viver dignamente.
Ambos,Os Bons dessa "Moeda";fazem do Mundo um lugar melhor,devido ao seu caráter,criação ou disposição para com ele.

Outros,serão"destruidores"de Humanismo,independente do lado que "joguem".


-Todos visam sua sobrevivência?
Sim.Mas quem a divide com Justiça,merece uma chance de compreensão.

-Aonde começa a Justiça?
No amparo,na compreensão ou no Bem Social?

Quando ainda era criança,Carmino lia em seus Gibis que,há heróis que matam e outros que não.
Qual é o código de conduta a se seguir?
A contenção Do Mal ou seu Extermínio?





VI-O momento Mais Importante Com Comigo Mesmo

Carmino se levanta da onde estivera deitado todo esse tempo.
Anda em direção á Estrada.
Quando alguém o avista,ele coloca suas mãos em sua cabeça.
Carmino,está sem chapéu e sem sua Mochila.


Todos que estão na rodovia,dentro ou fora de seus carros,voltam sua atenção a ele.Ao acontecimento.
Uma autoridade,diz a ele,que continua a caminhar com calma sem gestos repentinos.

Um pouco antes de"atingir"o Asfalto,Carmino resolve pegar algo atrás de sua calça.
Era a foto de sua Família.
Uma recordação que sempre levara com ele.
Estavam Todos nessa bela foto.
Ele,ainda era jovem.Uma foto tirada um pouco antes da tragédia que marcou seu destino.Aquela noite que os Homens invadiram sua casa em busca de sua irmã.

Ao pegar  a Foto,ouve-se um Tiro.



Fim





By Santidarko

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Familiares Secretos

I-TransJupterianos e O Leito Sideral





Manto ou Tecido do Universo,não sei bem sua definição.Abrir"Buracos de Minhoca"nele,fazer um furo para ser mais exato,passar a outros Universos,Paralelo ou o nosso convencional,a mim,não me importa essa exatidão de termos ou "afirmações"de teorias MESMO.
Vivo e existo,é com Todos com quem pude conhecer até hoje;ou ainda terei tempo em encontrar ou reencontrar.Todo Mundo, em um Grão esférico,parado na encosta de um Grande Leito negro.Aonde passam inúmeros e Infinitos,"lixos da criação",os restos da construção Divina.Sei lá,também temos aqueles que,por algum motivo,precisam existir para nossa continuidade.

Quando eu era criança,Achava,que buracos negros,não passavam de "Grandes cachoeiras Espaciais".
Me desculpe;eu falando e falando e, nem me apresentei ainda,meu nome é Alberto.
Alberto Mascavo para ser mais Formal.Mas pode me chamar,somente de Mascavo.
Desde quando comecei a frequentar o ensino médio,ganhei um apelido das Mentes que se julgavam brilhantes em fazer comédia com os colegas de classe.
De Mascavo,como sempre fora chamado,passei a ser conhecido como "Mascado".
Maldito ginásio e seus jogadores de futebol de salão.Nunca disse a eles que sabia praticar esse esporte.

Mas como tinha que fazer educação física,aliás,em um horário á tarde que juntava todos"os caras" das séries da manhã,da quinta à oitava série,aos poucos,me desculpe,serei honesto;de imediato,fui "rebaixado" junto com Todos os outros "PEREBAS"do ano.
Mascado,virou minha"identidade nova",juntamente é claro,com alguns"companheiros" do ano letivo que também não dominavam a arte de se jogar bola;e"ganharam" seus vulgos;menos os bonitões ou os riquinhos que viviam em"escolinhas"de um esporte em específico.

"Para minha Sorte",esses malditos abastados,jogavam futebol com o intuito de um dia,ser profissionais.
Apesar de estudar em uma escola particular,"Santa Maria De Lacena",jamais,poderia me equiparar com os outros alunos,com seus carrões e suas casas maravilhosas.
Não,isso nunca me abalou ou me fez sentir inveja.Diminuído ou sem sorte diante da maioria dessa escola.

Apesar de não ser bonito e nem um dos mais inteligentes da classe,nunca me revoltei.Isso não é Mentira.
Mas quando conheci,"A CAMILA",me perdoe,mas gostaria de ter um desses complementos.Atrativos para ser Honesto.
Podem me Julgar,mas aos quinze anos,"esse meio escolar",nos dá a entender,que sua vida será sempre assim.
O que está definido,quem você é ou tem,será assim até o resto de sua vida.
Como se o Universo lhe dissesse,-Ei,não espere grandes mudanças ou transformações em sua vida,Você,sempre será assim,o que irá modificar nela,é que você apenas ficará mais velho e terá um emprego normal.Mas você, não terá a "diversão" que seus sortudos colegas têm.

Minha Mãe,achava que eu seria Doutor,Médico ou Advogado,tanto faz,desde que tivesse a terminação"Tor",para ela,seria de extremo orgulho.
Meus pais,eram separados,mas meu Pai,sempre fora um cara bacana para comigo.Sempre estava presente quando podia.Pagava minha escola e da minha irmã;calma,eu já falo um pouco dela;me dava jogos de vídeo game,roupas legais,me levava ao cinema nos finais de semana,ou seja,reclamar,seria uma imensa ingratidão de minha parte.
Ele morava com sua nova mulher,eu e minha irmã,com minha mãe e avô.Meu avô,veio morar conosco após a separação deles.

Aryel,minha irmã,era bonita.Alta e loira,um corpo com que fazia que eu recebesse "tapas" nas costas quando nós chegávamos na entrada da escola.Nesses momentos ou no intervalo,recebia "cumprimentos de existência".
Mesmo namorando com um dos caras mais populares da escola,ela nunca deixou de vir ao meu encontro para conversar ou ver se eu estava bem.
A Camila,-lembra da Camila?;-quando a Mencionei?;andava com minha irmã.Ela até ia à minha casa para estudar com ela.


Elas,já estavam no segundo Colegial,eu entrei nesse colégio,no Santa Maria De Lacena,agora,esse ano,para fazer a oitava série.
Sim,eu perdi um ano.Mas não vou comentar o motivo ou dar explicações.
O que eu vou dizer,é quem eram meus amigos nessa "nova jornada".
Eu andava com Emanuel Larino;o"Perna de Sinuca",pois nunca conseguia dobrar a perna para chutar com precisão ao Gol.
José Villela,"O Bola de Sabão";pois,quando ficava nervoso,sua saliva,fazia que no canto de sua boca,fosse produzida,uma minúscula bola de cuspe.
Coitado...Mas eu também,nunca entendi essa sua"anomalia".
O último e não menos importante,Júlio Patriel;o "Escovão".Júlio,tinha o maiores pés que eu havia visto em uma pessoa,em MINHA VIDA.
Por ter IMENSOS pés,os maiores tênis encomendados de que eu havia testemunhado em um Ser Humano,ás vezes,tá certo,quase sempre,era como se ele...,os arrastasse no chão.


Quando meu professor de Física,Sérgio,falava das possibilidades infinitas no Universo;e "tudo mais".De como tudo funciona e seus "movimentos",penso para comigo mesmo,por que essas "Leis",não funcionam "aqui embaixo"ou para algumas pessoas.
Seria porque eu já nascera em um Buraco Negro?;e estava fadado a nunca sair dessa minha "condição"?
Sempre veria as"Estrelas"brilharem ao meu lado e de nunca poder alcançá-las?;apenas quando elas estivessem no declínio de sua existência.
Quisera eu então...,que Camila,fosse atraída por minha "Força Trator".Que fosse sugada para perto de mim.
Ou eu,poderia ser Júpiter,o "maioral"dessa breve Galáxia chamado escola.
Eu seria forte,ao menos,respeitado pelas"outras bolinhas".

Já sei,essa será minha pseudologia fantástica.Mentir para mim,não é se aproveitar de ninguém.Serei enganado por mim mesmo e aceitarei.Que Mal há nisso?
NENHUM.

Fundei junto com meus amigos;"OS TransJupterianos".
Não somos e, jamais seremos "Estrelas";nunca seremos populares à medida para sermos lembrados.
Mas seremos os maiorais em nosso Universo.
Afinal,-Somos esquisitos demais para viver,raros demais para Morrer.
Claro que essa frase e pensamento,não é meu.Tirei isso de um filme.Quando minha irmã junto com Leandro,seu namoradinho popular da escola,com outros amigos,assistiam esse filme com Johnny Depp.

No momento quando eu ia à cozinha,pegar um pouco de pipoca pra mim e para meus amigos que também me visitavam neste dia,para ficarmos enfurnados em meu quarto,jogando vídeo game,esse foi o momento de minha Epifania.
Para minha sorte,ainda bem que o Filme era Dublado.Sei lá,mas acho por ter "gente demais",as "conversinhas",fazem você perder algo que deve ser lido.Escutar em nossa língua,alguém sempre ouve e diz a quem"perdeu".
Isso,é o que eu acho.
Quanto ao Johnny Depp,sabia quem era porque ouvia inúmeras vezes minha irmã e a Camila,falarem dele e terem sua foto em seus cadernos.
Mas com o tempo,após esse dia do filme,aprendi mais sobre ele,pesquisando sobre seus papéis de estranho e esquisito no cinema.
Também vim a conhecer,quem era Tim Burton.
Mas sobre isso,eu conto outro dia.

Você aí,do "outro lado",deve estar um pouco insatisfeito comigo.Das lacunas de que deixei em branco sobre mim.
Pois bem;irei dizer algumas coisas,mas serei breve.
Minhas musas do cinema,são:Elle Fanning,Selena Gomez e Chloë Grace Moretz.
Tenho os pôsteres delas em meu quarto.
Não sei ao certo no que eu pretendo me formar;mas algo relativo a computadores.Sou "bom" com eles.
Acho que amo a Camila,NÃO,TENHO CERTEZA.

Meus passatempos são:vídeo game,música e séries de TV.No Momento,não perco;The Walking Dead e Game of Thrones.
Sim,é claro...,vejo outras.
Minha irmã,sempre me disse que eu me pareço com o saudoso e talentoso,Gene Wilder.
Bom;Acho,que já é o bastante.





II-A Ingrata Roleta da Vida

Em uma Manhã,como tantas outras,antes de minha irmã e eu irmos ao colégio,meu avô e minha mãe,nos disseram que precisavam ir a uma cidade próxima da nossa,não importava o nome da cidade,pra mim,o que era importante,ao menos,era o motivo da viagem deles.
Ela havia nos dito,que sua"Comadre",a"tia"Martha,iria ter um bebê e,ela precisaria estar lá para dar"uma força"a ela.Meu avô,apenas iria acompanhá-la.Para ela não ir sozinha dirigindo.
Minha mãe ainda nos disse,que minha irmã,a Aryel,seria a encarregada de cuidar de mim e da casa.
Ao meu ver,estava tudo bem.Afinal,eu chamaria meus amigos,e ela, ficaria com seu namorado aqui em casa,ambos "ganharíamos".

Como era uma sexta-feira,poderíamos encomendar umas Pizzas e ficar até tarde acordados.O que não seria permitido,era somente que Leandro,o namorado de Aryel,dormisse aqui em casa.Ela poderia Chamar uma amiga para "segurar vela"até que ele fosse embora.Eu,seria testemunha do cumprimento dessa promessa.
Eu e meus amigos,é claro.
Fomos ao colégio.


Depois de chegarmos da escola,minha mãe e meu avô,já haviam partido.Eu,Não vinha junto com minha irmã da escola.Eu vinha de ônibus,ela sempre chegava uma hora mais tarde.Devido ao seu namoro ou suas idas a algumas lojas ou coisa do tipo.
Não era de meu interesse sua rotina.Mas nesse dia,chegamos praticamente,juntos.
Ela estava com duas amigas.Estranhas por sinal.Nunca eu as vi antes.Todas de preto,"maquiagem pesada".Aryel,nem chegou a falar comigo direito.
Me senti enviesado.

Ela nunca me tratou assim.Mesmo diante de seus esnobes amigos ou desconhecidos.
Quando passei perto da porta do quarto de minha irmã,tenho certeza que ouvi algo relacionado a Cemitério.
Quase certeza na verdade,o problema;foi minha falta de atenção e meu interesse em espioná-la.
NUNCA TIVE esse costume para com ela.
Elas ficaram um bom tempo trancadas no quarto.Pois dormi na sala após almoçar,acordei,fui tomar banho,e elas,ainda estavam lá.
Não.
Eu já disse que não estava à espreita delas,apenas pude observar isso devido ao meu tempo ocioso e ao relógio que me dissera sem qualquer pretensão.

Fui á padaria,para buscar refrigerantes e alguns salgados para logo mais á noite.um complemento para com as Pizzas.Para "reunião" dos TransJupterianos em meu quarto.Aonde haveria games,filmes e muitas risadas entre eu e meus aguardados amigos.
Não quis interrompê-las com a desculpa,na verdade,seria minha sincera pergunta,se ela queria algo de lá.
Mas deixei isso de lado.
Já era final de tarde quando cheguei da Padaria.Enrolei um pouco indo á banca de revistas e vendo alguns jogos para meu vídeo game na Lan House perto de casa.Eles alugavam também;para quem não quisesse jogar lá.Vendiam com um desconto por serem usados.
Era um misto de Computadores com vídeo games.Você poderia optar na predileção de sua jogatina.Lá;ou no conforto de sua casa.

Quando"adentrei"em casa,finalmente constatei que elas,saíram do quarto.
Minha irmã,estava também de preto,elas estavam na cozinha agora.Ao perceber minha presença,devido a um toque no ombro de Aryel,por uma de suas"amigas";vi ela esconder um colar dentro de sua camisa.Era um Pentagrama.
Disso,eu tenho a absoluta certeza.


Quando a indaguei sobre sua"intenção",em sair;uma pergunta feita com calma,como uma mera rotina de irmãos que dividem o mesmo teto.
Ela,com um olhar cabisbaixo,de quem desvia o olhar para procurar desculpas ou formular um pensamento,desconversa me informando que a"mamãe",iria telefonar no telefone fixo de casa,que era pra eu;"ficar esperto".
Ainda insistindo mais uma vez,com um tom de ter entendido e de QUERER SABER sobre ela,o que faria,se iria demorar,se iria buscar alguém ou alguma coisa.
Coisas simples; em minha questões.
Preocupação de um irmão.De quem deve satisfações a uma Mãe ou a um Pai caso eles ligassem para saber como as coisas estão conosco.

Mais uma vez,ela é vaga em suas colocações.Com as amigas"a puxando",diz estar atrasada,que eu ficasse bem e não esperasse por ela.Se nossa mãe ligasse,para eu dizer que ela logo voltava,iria á casa de uma de suas colegas buscar o celular do qual uma delas achava que havia perdido,pois não estava com essa amiga naquele instante.
Com os ombros e minha cabeça,dou a entender que;"TUDO BEM ENTÃO".


Após todas saírem,iria segui-las;pois não estava TUDO bem.Não sou enxerido para com sua vida,já salientei isso inúmeras vezes,mas é meu dever,zelar por sua vida.Somos irmãos;ORAS.
Como nenhuma delas tinham um carro,não poderiam dirigir,mesmo se tivessem,ainda são menores de idade;as segui como um agente secreto em missão á Rainha.
Ninguém as esperava,isso era ótimo,ponto para minha sorte.
Me "disfarçando"pela rua,com a noite já dando sua graça,foi fácil para com meu objetivo.
Mas em um quarteirão á frente,alguém as esperava.
Consegui chegar o quanto pude para ver de perto,agora,estava do outro lado da caçada,não estava mais atrás delas.
-Droga,havia deixado nossa casa aberta,agora é tarde;não iria voltar e perder a conclusão,o desfecho dessa história.-Seria como largar um filme do qual sempre quis ver,que iria passar na tv,e ,de repente,dormira por "idiotice"ou preguiça.

Quando levanto minha cabeça,nesse momento...,estou atrás de um carro do lado oposto da calçada delas,ao lado da porta do motorista desse carro parado,havia uma fileira de carros,...e ENTÃO...;vejo uma das coisas mais intrigantes de minha vida.
Era minha Mãe com meu Avô em um carro diferente,apesar do vidro escuro,pude os ver devido ao vidro estar abaixado.
Minha mãe e meu avô,era fumantes inveterados.
A tia Martha,estava lá,a vi descer do carro,do banco de trás;descer para minha irmã e uma de suas "amigas",poderem entrar no banco atrás.

Pensei:-Mas a Martha,não iria ter um Bebê nesse final de semana?-como ela poderia estar com uma barriga"esbelta";e já com um Neném em seus braços.Ela não tem filhos.Ela IRIA TER.
-como?
Mas o mais estranho,era meu Avô que aparentava estar vestido de Padre.Mas com um capuz e com uma espécie de medalhão em seu Tórax.
A cidade sendo pequena,quase não passava pessoas ao meu lado para se permitirem á curiosidade ou ao meu"descobrimento"em uma situação estranha.

A garota que"Sobrara",que havia ficado a pé ou não iria com eles,está ao lado de minha mãe,conversando com ela em pé ao lado de sua porta.Minha mãe,estava no volante do carro,ainda era a motorista.
Ambas,"devoravam" um cigarro negro,diferente do habitual que minha Mãe sempre fumara.

Minha mãe;sentada dentro do carro,essa garota,se curvando com os braços na janela.Quando passava um carro,ela voltava para com sua posição ereta,para verificar os ocupantes do veículo que passara;após seu passar,voltava com o apoio dos seus braços na janela.

Há um balançar de cabeça entre as duas,um afirmar consentido,uma afirmação de acordo.Minha mãe então..,dá a partida no carro e,a garota ao seu lado,que estava na rua,caminha á calçada.
A garota vai embora,minha Mãe sai com o carro.

Quando me levanto cuidadosamente,alguém tampa a minha boca para que eu não gritasse.Fui pego de surpresa.
Péssimo agente secreto eu era.







III-O Visitante da Terra das Chamas





Graças ao meu destino ou á "proteção dos Céus",era meu Pai.
Vestido com uma jaqueta de couro preta,boné,uma calça Jeans velha,um tênis"batido";ou seja,maltrapilho.Ele também esperava por algo.
Nos levantamos,e ele,ainda estava com suas mãos em minha boca.
Ao perceber que ainda me promove esse gesto,me pede desculpas.Agora pede que eu o acompanhe até seu carro.
Para ser mais exato,ele também estava com outro carro.Quando entramos nesse"novo carro"e nos movemos,vim a saber  que era alugado.

Um pouco desconfiado com a rua,bem,essa era minha definição,pois ele não parava de olhar no retrovisor.No espelho lateral também.
Acho;que era para ver,se não estávamos sendo seguidos.Se tínhamos sido vistos.
Mesmo ainda com essa sua "paranoia",me disse,que eu haveria de ser forte.De que já era um homem e que a vida não era um "mar de rosas".Bom,disso;eu já sabia devido minha vida escolar
Prosseguiu me dizendo que,o assunto,era mais do que sério.Isso iria mudar minha vida.Se eu quisesse ir morar com ele e sua mulher após esse desfecho,ele me aguardava com a porta de sua casa e seu coração,mais do que abertos.

Após essas suas considerações,após meu;(-Muito Obrigado Pai),perguntei a ele aonde íamos.Me disse então;que essa era a parte mais difícil a se explicar.A um garoto de minha idade.
Nós iríamos de uma vez por Todas,"Resgatar"minha irmã de minha Mãe e de MEU Avô.Continuou me dizendo;que a pobre Aryel,havia sofrido uma lavagem cerebral deles e estava em um caminho quase sem volta.

Após a separação dos dois;algum tempo após essa desunião,ficara sabendo através de umas fotos e algumas cartas,em um dia que fora buscar o resto de suas coisas;suas roupas,cds,uns livros e outros objetos pessoais,lá em casa,em ter visto que minha mãe e meu avô;tinham entrado para uma Seita Macabra.
Ao ler essas cartas direcionadas aos dois,à Minha Mãe e ao meu Avô,me confessou ter que se sentar na cama devido ao imenso abrasivo que sofrera em sua Alma.
Seu corpo físico,parecia estar com um desgaste momentâneo também.Após mexer um pouco mais no Guarda-roupas,chegou ver as fotos.
Após ver tudo isso,e guardar cuidadosamente,como se nunca fossem sido"desarrumadas",ouviu minha mãe chegar.
com a porta semiaberta do quarto,aonde ele estava,a viu com um estranho cara.
Antes dele pular a janela do quarto e ir embora,mesmo deixando o que viera buscar,seus pertences,escutou um pouco da conversa.Aquilo pra ele,foi assustador.Me confessou de ter sentido,uma imensa dor em seu estômago.
Como seu alguém,"aqueles" lutadores de UFC,tivessem lutado contra ele.

Como se ele entrasse no Octógono e,fora abatido em menos de um minuto por um cara que sabia que meu Pai nunca havia sequer lutado na escola quando era jovem.
Esse "HOMEM" misterioso,do qual meu Pai ainda o descrevia,me disse também;que além se ser forte como esse lutadores,beijou minha mãe em um certo momento.
Após ver essa cena,sem querer,derrubou algo do quarto.
Ele acreditava,que ambos,o CARA e minha mãe,foram em sua direção,por acharem que poderia ser eu ou minha irmã em nossos quartos.
De que podíamos estar doentes,porque era o horário de nós estarmos na escola.
Quando arruma o objeto derrubado no quarto de minha Mãe,rapidamente com pés,empurra a caixa que separara para levar suas coisas,que estava com os objetos,para debaixo da cama.
Pula a janela com um salto não pensado.Mesmo sendo uma janela que dava para o quintal,uma altura do qual criança,sequer se machucaria,torceu seu tornozelo devido sua "falta de preparo".
O Pior,segundo ele,foi pular o muro.Isso sim,o machucou mesmo.
Ficou esfolado no Braços,mesmo com uma camisa longa.Seu joelho,("-já era") dissera ele.






IV-Interrompendo o Depoente


-Com licença Garoto.Mas como eu ainda sou o Delegado,vou interrompê-lo;-OBRIGADO POR NOS CONTAR tudo isso até agora.
-MUITO obrigado;por contar com sua riqueza de detalhes.MAS..;você poderia ser menos Prolixo possível?
-Gostaria que você nos dissesse um pouco mais sobre sou Pai.
-Quero que me diga também,um pouco mais sobre sua Mãe e o Pai dela;seu Avô.
-Tudo o que puder nos relatar.Poder até ser algo que você ache sem necessidade ou sem importância.
-Converse com seu Advogado e,então....continue sua História,POR FAVOR.
-MAS vamos a nos ater em Fatos Importantes.-TUDO BEM?


(*sussurros ao pé do ouvido de seu representante.Do Advogado)







V-Observações Sumárias

BEM;
Deixe-me falar sobre meu Pai.Ele também se chama Alberto,eu sou o Júnior.Desde quando ele se casou com minha mãe,sempre havia sido,e até hoje é;um cara responsável e honesto.Trabalhador.
Quando eu nasci,ele conseguiu comprar a casa que,eu,minha Mãe,irmã e agora meu avô;moramos até hoje
Sempre gostei de nossa casa.É grande. Espaçosa.Seu quintal,foi meu Universo diante de um Mundo desconhecido lá fora.
Sempre trabalhou com vendas.Era representante de laboratórios para com vendas em Farmácias.Diversos tipos de Remédios.Creio eu,que se separaram,porque,segunda minha Mãe,meu Pai a traiu em uma de suas viagens.Mas ele nega esse fato.Mesmo com um telefona que meu Pai recebera um dia.A MULHER do outro lado da linha,disse coisas "pervertidas"a ele,mas para seu azar,era minha Mãe que havia atendido.
Nesse dia,ele estava no banho.
Depois desse dia.As coisas entre os dois,nunca mais foi a Mesma.

Meu Avô,Isidoro,veio morar conosco a convite dela.Como minha Avó havia falecido menos de um ano,ela achou,que além de ajudá-lo a não ficar sozinho em sua casa,poderia"tomar conta"dele mais de perto; em nosso lar.
Ele por sua vez,poderia também dar uma força para ela.

Minha Mãe,Esmeralda,continuou solteira até onde eu sei.Saía com suas amigas algumas noite.De vez em quando,uns Pretendentes,ligavam pra ela.
Mas ver alguém em casa,outro homem,vi apenas uma vez.Nesse um ano após sua separação.Ela continuou trabalhando de enfermeira como sempre fora.

Meu pai,um ano depois,mesmo após ter tentado reatar seu casamento com minha mãe,arrumou uma namorada.Hoje,ele a tem como sua "mulher de verdade".
O nome dela;é Joana.
De minha irmã,acho que falei mais do que o Senhor gostaria de saber.



VI-A Continuação Assentida

-TUDO GAROTO,VAMOS VOLTAR Á SUA HISTÓRIA






VII-Bodes são Malignos e Ovelhas são Celestiais


Naquela noite,ainda dentro do carro com meu Pai,após ele nos levar a um lugar que estivera antes.Vou explicar.
Essa,não era a primeira vez que ele havia seguido minha Mãe.Sabia ao certo aonde devíamos ir.
Me levou com ele,mesmo sabendo dos perigos que eu poderia enfrentar,pois se sentia só e precisava de meu apoio.Em saber que sua família,eu;o outro"HOMEM",ainda estava com ele nessa jornada.Precisava mais do que um companheiro confiável.
Esse lugar aonde"fomos parar",era um tipo de Fazenda.Tinha"uma fachada"de normal.Daquelas bem habituais por sinal.
Mas não era.
Estava tendo um tipo de encontro ou algo assim.Uma GRANDE fogueira,iluminava o pasto.Tinha pessoas em torno dela.
Todos de Preto e cantando algum tipo de Mantra.
Descemos do Carro e fomos com todo o cuidado para quase perto.
Ainda estavam chegando;mais pessoas.Todas com um poder aquisitivo alto,conforme pude notar.
Pelos seus carros.

Meu Pai,me mandou ficar abaixado nesse local,aonde estávamos.Ele disse ter visto Aryel e iria dar um jeito de tirá-la de lá.
Enquanto ele ia"sorrateiramente"para"seu dever",no local aonde eu tinha permanecido,vi novamente a "tia Martha",a mãe que seria,nunca foi,mas mesmo assim,agora é.
Ainda com o neném em seus braços.Ela a estava levando para perto da fogueira e o entregou para uma das pessoas.
A um cara ou mulher,não sei,estava com um Capuz.
Infelizmente,após essa pessoa tirar o Capuz,vi que era meu Avô.
-Ele iria matar a criança?
Estava com uma adaga grande;com um desenho estranho no cabo.Um tipo de cabeça de animal.
-TINHA UM BODE AO LADO DESSA CRIANÇA?

Foi a coisa mais bizarra que vi em minha vida.Queria ir embora de lá,o mais rápido possível.Deixaria de morar com minha Mãe e iria morar com ele,MEU PAI,naquele mesmo momento.
Nem precisaria pegar minhas coisas em minha casa.
O HORROR MAIOR,O MEU,viria após eu ter visto matarem uma ovelha e deixar escorrer seu sangue em cima dessa criança.
Isso foi demais para minha cabeça.Para um garoto com eu.
Vomitei.
Ao levantar minha cabeça,após esse"meu ataque",vi meu Pai tentar pegar a minha Irmã,em um momento que ela ia para um pouco longe da fogueira.Mas foi surpreendido por um das pessoas que estavam lá.
Esqueci de mencionar algo importante:-meu Pai;tinha pegado uma "dessas roupas",em um carro parado que estava com suas janelas abertas.
O que eu iria fazer?sozinho e praticamente no meio do nada.
Precisava de ajuda.
Precisava dos"TransJupterianos".Todos nós unidos.







VIII-O Diabo também tem amigos?


Consegui ir até a estrada de terra novamente;um pouco mais longe da entrada da fazenda.sem ser visto por ninguém.Ao ter sinal de celular,chamei meus amigos.
Foi difícil convencê-los e dar um resumo de minha história.
Eles me disseram estar em frente á minha casa.Me aguardando,como havia sido combinado nosso final de semana.
Villela,logo me retornou com um telefona.
Disse ter ligado para vocês da Polícia,mas VOCÊS;não acreditaram nele devido se tratar da fazenda do Prefeito.
Acharam que eram um trote ou algo do tipo.
Ele disse que,ainda ter atendido quando vocês ligaram para ele;dizendo ter conhecimento de seu número.
Ainda completou,que tentou dar mais uma vez,veracidade aos fatos.
"Vocês"...NADA.

Então,MEUS AMIGOS,me disseram que eu ficasse perto da entrada da fazenda,estavam indo ao meu encontro.
"O Bola de Sabão",conseguiu pegar o carro de sua avó,ela dormia cedo e jamais desconfiaria de que seu neto,havia pego seu carro.Roubado.
Emprestado é o certo.
Era um carro velho,mas mesmo com problemas mecânicos,conseguiram chegar aonde eu estava.
Após eu explicar claramente a situação a TODOS eles,mesmo"Escovão"que dissera estar"de fora dessa",fomos nós três para perto das "pessoas da fogueira".

"Escovão",ficou aonde estava desde o começo.Abaixado.Perto do carro..
"Perna de Sinuca",nos deu uma ideia,colocar fogo em um milharal seco.
-Aliás,por que esses lugares,como filmes de terror ou lugares macabros,têm uma plantação de milharal?
Enfim...
Damos início a esse plano.
Quando o fogo se alastrou como pólvora,atraímos a atenção dos "participantes da festa"para esse local.
Estávamos agora,em um outro,longe do lado desse incêndio.
Enquanto os "Festivos"se dirigiam a esse ponto do fogo,para tentar apagá-lo,entramos em um celeiro.
Meu Pai estava desacordado e amarrado.
Estava um pouco machucado devido a surra que também tomara.
Conseguimos acordá-lo;para o mais rápido possível,sairmos desse local.
"Escovão",o covarde,não o culpo,pelo menos,estava no carro,pronto para ligá-lo quando chegássemos.

Quando estávamos discretamente saindo desse celeiro,sem a atenção de todos devido ao fogo que queimara sem"cerimônia";Leandro,o namorado de Aryel,minha irmã que eu"não mais conhecia",aparece em nossa frente.
Nos disse;que ninguém sairia de lá.
Aryel,ao chegar logo após ele,disse a mesma coisa.O parafraseou.
Com meu Pai em um de meus ombros,apoiado também no "O Bola de Sabão",o colocamos gentilmente no chão.
Peguei uma pá e ameacei Leandro.
Mesmo rindo de mim,consegui colocá-lo para dormir,depois de me machucar muito lutando contra ele.
"O Bola de Sabão",hora me ajudando,hora impedindo minha irmã de me "derrotar",estava também muito ferido.

Quando eu e Aryel ficamos um de frente para o outro,como se somente havíamos nós,me disse coisas das quais não compreendi ou não quis aceitar.
Meu Pai,ao acordar,tentou convencê-la do contrário.Mas ela,pelo jeito,estava com as ideias de minha Mãe e avô,até o final.
Quando ele ia me matar,me matar mesmo,Joana,a mulher de meu Pai,a matou com Garfo Para Feno.Bem nas costas.Joana me salvou.
Meu pai havia ligado para ela,quando achava que talvez não saísse vivo desse lugar.Disse que a amava e também contou toda a situação.Ela o rastreou com seu GPS.Coisa deles.Desse casal que se cuidava.
Joana triste e tentando dizer a mim ,palavras de conforto,fora surpreendida por minha Mãe.
Joana recebeu uma paulada na cabeça e desmaiou.

Minha mãe disse que eu ainda poderia ficar com ela,era somente ajudar"a limpar"minha besteira.
"Essa sujeira" .




IX-A Revelação Familiar


Quando minha mãe me dizia essas palavras,pude notar no bolso de Joana,que ainda estava desmaiada no chão,o reflexo de uma Arma.
Em meio essa decisão,pelo menos para minha mãe,"Escovão"aparece na porta do celeiro,diz estar uma confusão lá fora,a polícia estava chegando e todos estavam correndo,"quase sem rumo".
Joana, havia antes,também chamado a polícia.CLARO.
Agora ,A POLÍCIA,não poderia ignorar uma outra denúncia.
Leandro acorda e vai ao corpo de Aryel.Com seu choro estridente,diz a minha Mãe para nos matar.A TODOS.

Com uma raiva "Demoníaca",ele vai em direção a meu Pai,para matá-lo.Queria uma vingança.
"O Bola de Sabão",aproveita toda a confusão e põe fogo também no celeiro.
Leandro lutando com meu pai Ferido,crava uma faca em seu ombro.
Meu pai consegue "resolver"esse problema.Leandro"também partira"
Meu avô aparece na porta e diz á minha mãe,para irem embora.A polícia,poderia pegá-los.Era para nos deixar para "trás".
Que decepção eu também tive com meu avô.
Quando eles se viram para irem embora,com meu olhar,mostro ao meu pai a arma que estava no bolso de Joana.
Meu Pai a pega e ameaça meu avô.Para ele não se mexer.

Meu avô abre seus braços e começa a rir.
Meu avô disse coisas que nunca imaginaria que ele dissesse.
Meu Pai atira.
Acerta meu avô no ombro.Com as chamas "tomando conta" do lugar,uma madeira cai em cima de meu Pai que estava deitado no chão.
Meu avô e minha Mãe,fogem.
E ainda pude ver o último olhar de minha Mãe para comigo.

Joana acorda.Eu,ela, "O Bola de Sabão" e Perna de Sinuca,ajudamos meu Pai a se levantar.
"Escovão",o que ficara no carro antes e,nos tinha alertado sobre a chegada da Polícia,também nos ajuda.
Ele era o mais interessado em sair desse lugar.

Quando Todos saímos,vocês da Polícia chegaram.
AGORA,estou aqui.



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Após todos nós sairmos da delegacia naquele dia,hoje eu estou morando com meu Pai e a Joana.
Esses dias,recebi uma carta de minha Mãe.
Sem remetente,ela me disse estar mais perto do que eu imaginara
Soube em uma conversa com meu Pai e com a Joana,em uma noite que estávamos jantando,que apesar da fazenda ser do prefeito,quem cuidava dela a anos,era seu irmão.
Um dia,saindo da escola,notei um homem estranho me observando.
Mas ao tentar vê-lo mais de perto,ele sumira em meio ás pessoas
Toda a cidade,parece nos vigiar agora.
Não sei se é impressão ou algo real.
Devido á notícia ou algo relacionado diretamente a nós.

Sinto por Aryel,sinto saudades de uma certa forma

Joana está grávida.Terei uma Irmã.
Meus amigos e eu,ainda saímos juntos


Fim
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OBS:Se você teve a paciência ou a gentileza em ler esse texto,ou conto,como queira chamar,Primeiramente;deixo  minha sincera gratidão.
Em segundo,saiba que cortei,editei,resumi;SACRIFIQUEI essa escrita devido a alguns motivos.
Seria chato e fora dos padrões de uma leitura para blog,se estender demais em uma escrita.
Se as pessoas quisessem que os personagens fossem desenvolvidos a fundo,tomaria muito espaço e dimensão para com sua composição.
Elas também,procurariam,um livro físico ou digital na internet.Comprado ou baixado,ao seu gosto e disponibilidade.

Isso que eu faço,"aqui",nada mais é do que um "treino pessoal" para com a descrição de ideias ou para com a nossa Língua.
Não há pretensões artísticas ou comerciais.É apenas meu hobby.
Como vivemos em uma Era que podemos tirar nossas "estórias da gaveta"e, mostrá-las a quem se interessar ou se propuser a ler,"nesse rascunho virtual",não vejo o porque não de seu uso.
A razão então;de sua "publicação"ou postagem,NÃO se define como Vitrine,portfólio ou um interesse Literário.
Quem sabe,daqui a uns dez anos,quando eu tiver uma vivência madura,firme e confiante,ainda vivo;talvez eu desenvolva uma expectativa para com a profissão.
Por enquanto,não passa mesmo,de uma alegre vontade de escrever.

A"confecção",elaboração até ao seu escrever,em horas,claro que não em contagem contínua,"picadas",quando eu podia ou não estava com preguiça,meu maior defeito nessa minha existência;eu demorei;umas quinze horas para seu término.
Não tenho ninguém que revise palavras escritas erradas ou com erros de digitação.Concordâncias ou pleonasmos.
Recebo algum feedback,dias depois.Nem sou capaz de me recordar ao certo o que escrevi ou do que exatamente falei.

Não é fácil mesmo.Um livro,pode demorar de três meses a seis meses.Para alguns,MUITO MAIS.
Por isso,não desista,não queira escrever algo em duas horas ou menos.
Provas de Redação,você já tem o tema junto com sua base estudada,inventar algo"do branco",é cansativo,muitas vezes,em vão.

Tente também;se arrisque na "diversão com palavras",na criação de ideias e na tentativa de descrever algo.


OBRIGADO.
-Santidarko(Alex Santiago)

terça-feira, 13 de setembro de 2016

"Levetude"

No gramado gasto,com minhas roupas surradas,junto ao meu desejo desaprendido,outrora,meramente Lembrado;me deito contíguo à minha esperança que ainda não esvaiu-se por completo.
Almejo que, o Leito de minha existência,um rio chamado vida,me permita;transcorrer em sua correnteza veloz e contínua,um pouco a mais.
Que ele me conceda ao menos,antes de meu atar em sua ourela;percorrer margens mais agradáveis e humildementes prósperas.
Comum.Simples.

Os anos que virão,serão mais rasos,pois;já sinto meu açoiramento.Eis a razão de minha súplica,de minha prantina.
Que eu desague no Mar do desconhecido,da esperança de um amanhecer da Alma,com Paz e serenidade.

OBRIGADO vida.Ainda terá minha gratidão em meu anoitecer.



By Santidarko

O Beijo Mais Longo De Sua Vida

"Despolir"aquela boca,inquieta;de apertos sorridentes.
Sentir o ar que inunda meus pulmões de calor e com a ofegante lembrança de se estar vivo;de estar de mãos dadas com o espiritual em visita á Carne.

Saborear o pensamento do alheio.
O seu suor;irriga minha pele.
Um Murmurar com a Doce Brisa que reverdece meu desejo.

Ter as pontas dos dedos e o fechar dos olhos;como Coração.
Dar razão á"flexibilidade dos ossos",ao enrijecer muscular.
O balançar do corpos e a dança dos rostos;a sanguínea circulação que alimenta nosso amanhã.



Deixar que seus Dentes,mordam a minha Alma.
O rascunho,já é uma certeza.
O Amor,virá quando nos reconhecermos Novamente.



By Santidarko

domingo, 11 de setembro de 2016

O Peso Da Arma


 I-O Nome Do Medo


À Raul Bergazze,um adendo Sócio-protetiva,comutada pela falta de incentivos governamentais e a mudança de pensamentos no Mundo atual que caminha a um colapso informativo e de violência banal.Assaltos,estupros e mortes por meros aparelhos de telefones celulares,amplamente divulgados em jornais ou em qualquer meio difusor;isso foi seu basta naquela noite em frente à Televisão,após um dia inteiro de trabalho,tratando depressivos,"despersonalizados"(*despersonalização),sociopatas e psicopatas.

Mesmo para um Psiquiatra renomado que, Ressaía desde seus primeiros passos na Faculdade de Medicina,seu avultar que era claro e respeitado,hoje então;é a decisão certa, para muitos.
Ter uma Arma para sua defesa,para uma Mente que compreendia o Ser Humano quase em sua Totalidade,defendê-la a qualquer custo,mesmo indo contra alguns preceitos,sua vida,era mais do que preciosa.Não mais do que de seus pacientes,amigos ou familiares,apenas de maior vontade com o cuidado para consigo mesmo diante do Mundo.

Como um Homem correto que sempre fora e "pregara",não adquiriu de maneira ilícita ou "apadrinhada",a conseguiu dentro de todas as instâncias legais e burocráticas;comum e demorada no processo da capacidade intelectual,na compra até sua liberação para treino e manuseio.
Segundo ele,uma chance de vida na agulha e quinze novas tentativas"abraçadas pela mão".Se não precisasse ir a um embate físico,seu novo carro blindado,era seu "colete" pessoal e familiar para momentos de "baixa guarda".Afinal,na companhia de amigos e familiares,a falta de atenção com o redor,poderia pôr tudo a perder.
Sua preocupação e empenho.


O Dr.Raul,sempre a levava escondida em sua maleta que servia para guardar seu computador e objetos pessoais,em uma bolsa lateral,para um saque rápido e sem erros.Após uma semana com seu novo "defensor",sua mulher veio a descobrir seu segredo,após mexer em sua bolsa para usar seu computador,pois o dela,dava sinais de defeito.
Seu pasmo ou espanto,não foi maior do que a do Doutor que estava saindo do Banho,da bela suíte espaçosa do casal.
A perplexidade de "Dona"Patrícia,foi tão inesperada como uma traição conjugal.Talvez,se descobrisse um bilhete ou um artefato íntimo,seria de menos pavor para com o entendimento.A sua "digestão",seria o comum de muitas mulheres com Homens que dizem trabalhar até tarde em seu escritório,hospital,ou em seu caso,na clínica.

A Arma reluzia nas mãos de Patrícia,se destacava mais do que as planejadas luzes indiretas que iluminavam quadros,certificados e alguns Prêmios que o Doutor Raul fazia questão de Mantê-los no quarto e não em seu consultório.
Essa estante cuidadosamente desenhada por um decorador,dos mais caros,tido também como um artista plástico dos ricos,era a "menina dos olhos"de Raul,não que sua filha não tivesse essa referência,apreço ou mérito,mas pegar no sono com um livro e olhar sempre um pouco para "ESSA" estante,era um prazer,sobre conquistas e sonhos a se preencher em locais "guardados"nos espaços vazios dessa decoração.Dessa estante ainda em "construção".


Patrícia,sempre foi Branda e a melhor companheira possível,não por ser desde criança abastada e educada nos melhores colégios que o dinheiro poderia oferecer,esse afirmar,não a colocava como uma dondoca submissa,ensinada a se submeter às vontades de um futuro marido,mas uma educação de qualidade,dá a qualquer um,uma extensão educativa de se colocar de maneira prudente diante de dilemas e de não concordância às situações impostas pela vida.
À familiares ou a estranhos,não importava "a disputa"ou à contrariedade disferida.

Mesmo ainda molhado,com a toalha na cintura,Raul vai em sua direção com cuidado e cautela.A arma não estava descarregada.Uma palavra com inflexão elevada ou com um tom de desaprovação,poderia terminar em um grande susto ou em um acidente.Raul era um profissional dos bons,como sempre fora afirmado,sabia lidar e protelar algumas reações humanas diante da comoção,desespero ou tristeza.
Sabia se não usasse isso a seu favor em momentos assim,como o novo que se apresentou,sua mulher nervosa e alarmada,com o dedo no gatilho,sem a absoluta certeza que trava de segurança não havia sido negligenciada por ele ou alterada por ela,mantém um contato visual de calma e conforto para com ela.

Com esse abordar esperto e digno de um encantador de cobras,segura no pulso de sua esposa e a faz apontar a arma para o chão.
Com dizeres baixos,palavras de afago ditos em voz sussurrada,para prender a atenção dela no que era dito por ele, a tira de suas mãos.
A arma está nas mãos de Raul,ele tira "o perigo do Bote",tira o pente e a bala da agulha.Põe em cima de uma mesa do qual o Doutor usava para escrever e sempre revisar os casos de pacientes.
Patrícia,ainda estava "congelada". Apenas seus olhos acompanharam a ação do marido.
"Ao voltar ao quarto",a Si,ela o indaga sobre essa aquisição perigosa e sem motivos aparente.

Explicar os Males do Mundo ou da vida Moderna,não seria suficiente para ela,isso,era o que ele tinha em mente.
O brilhante Doutor,perderia nos argumentos e na razão.
Dizer que escondeu isso para protegê-la,poderia dar vazão a traições ou outros segredos escusos para a mente de sua esposa.
Não,essa manobra seria perigosa demais para seu casamento.
-Quantas coisas você não me conta ou esconde?;previu o futuro,do que seria dito por ela.

Com um olhar sério e de que não gostaria de causar preocupação à sua família,diz estar sendo ameaçado por um ex-paciente.
Um louco obsessivo com o nome de Daniel.
Ele conta a ela que sofrera várias ameaças por cartas ou por gestos quando o encontrava.De que ele o vigiava.Quando ele saía de casa ou quando saía do estacionamento da clínica.
De que a Polícia, não podia fazer muito sem uma prova mais consistente ou direta á sua pessoa.
As cartas eram impressas no computador e, as discussões,não se Caracterizavam como ameaças,pois um ex-paciente,poderia estar frustrado com seu tratamento.Isso foi dito por um policial,o mesmo que o sugestionou a ter uma"proteção".

Mesmo com um semblante sem uma total concordância,Patrícia se solidariza com seu marido e amor de sua adolescência.
Perdê-lo para alguém sem nada a perder,não seria justo a ela.Ela que batalhou de todas as formas possíveis para viver um conto de amor sonhado por todas as suas amigas e espelhado em seus Pais.
Sabia que seu amoroso e austero Pai,faria o mesmo pela sua mãe e por ela.Sem pestanejar.
Com esse "espelho pensado"em seu Pai,ela o abraça e promete ficar ao seu lado,de que não tinha coragem de enfrentar o Mundo com todas as armas que ele nos fornece,mas iria lutar de uma certa maneira indireta contra ele.

Raul,não se sentiu realizado por ganhar a compaixão ou um atestado de confiança de sua amada mulher,mas se sentiu em paz com essa questão.Com algo que deveria ser escondido por um medo pessoal.Uma garantia íntima.
Patrícia,diz a ele que pensará melhor e de manhã,dará sua opinião mais calmamente.
Mas antes de se deitar,como de costume,iria dar uma olhada na filha.

Ao ir ao quarto de sua filha adolescente,para ver se ela dormia ou se ela estava no celular ou no computador,uma cessão imposta devido ao horário permitido à noite para "diversões eletrônicas",Patrícia,de uma maneira não definida por seus sentimentos,sentiu-se um pouco mais segura ao observar sua filha dormindo com os fones de ouvido.Alícia,sempre pegava no sono com sua lista de músicas preferidas em seu celular.
Patrícia,como sempre,deixava a filha dormir com a música baixa,não a acordava para tirá-los.
Ao encostar a porta do quarto de sua filha,ainda pensa novamente que, o Homem da casa,tem uma ferramenta a mais para defendê-las,mesmo protegidas por alarmes e muros altos nesse condomínio elitista.De inúmeros recursos para a proteção de seus moradores.
Patrícia não notou,mas Rose,a empregada,estava com uma xícara de chá nas mãos,retornou de mansinho á escada ao perceber que sua patroa estava um pouco abalada.

Patrícia volta para o quarto do casal.Raul já está "dormindo".Como de praxe,um copo com água e seu celular pronto para despertar ás oito e meia da manhã.Ambos ao seu lado da cama,em cima do criado mudo.
Do lado da cama de "Dona"Patrícia,um abajur acesso com suas revistas de moda e culinária,seu rádio relógio comprado no exterior.Adquirido em uma loja chique da Europa.
Ela se deita com cuidado para não acordar seu marido que está virado para o lado oposto,coloca seus óculos e começa a folhar uma de suas revistas.Seu pensamento ainda está voltado ao acontecido.
Faz algumas conjecturas pessoais e familiares,mas não consuma uma conclusão definitiva.
Ela acaba dormindo sentada com seus óculos e uma das revista em cima de suas pernas.

Ao amanhecer,antes do celular de seu marido o despertar,se dá conta que pegara no sono sentada na cama.Com dores nas costas devido uma má postura,de dormir escorada na cabeceira da cama,olha para o rádio relógio ao seu lado.
Faltava ainda uma hora para seu marido acordar.
Observa seu marido com cuidado e se levanta.Vai á mesa aonde se encontra os objetos pessoais de Raul e cuidadosamente abre sua maleta.Novamente pega a arma.
"Na ponta dos pés",vai até ao banheiro,tranca a porta e se senta no vaso.
Um objeto letal com este,Patrícia,apenas tinha visto em filmes ou na Televisão.
Pegar e sentir em suas mãos,dava a ela um sentimento de medo e poder.

Essa nova experiência,não seria completa se ela não colocasse o pente e sentisse um perigo real.
Um calor desconhecido,tomou conta de seu corpo.Mesmo sem o conhecimento necessário para saber disso,a memória "imposta" pelos filmes e pela televisão,a fez acertar no encaixe e no preparo da arma.
Patrícia,era uma cinéfila de"mão cheia".Sempre assistiu diversos filmes.Sem a descriminação de seu gosto pessoal para com temas ou gêneros.
Armas e violência,encabeçava a lista de seus prediletos.
Assistir a filmes violentos,não torna ninguém conivente ou violento.Apenas mostra a alma humana e situações que ocorrem sem o testemunho de muitos.Mesmo sendo uma obra de ficção.A velha e pensada,verossimilhança.
Seria como dizer que,assistir a um filme de super-heróis,o deixa com a clara visão que você também pode ser á prova de balas;ou;ver um filme de Terror,lhe dará a oportunidade de invocar o Demônio e realizar seus desejos.
Não há lógica nessa alusão ou referência.

A arte com a informação,jamais poderão ser as culpadas dos devaneios de um espectador.












II-A curiosidade que não mata o gato,o torna arisco






Patrícia,ainda envolta pela razão e pela Fantasia,se levanta e fica de pé em frente ao espelho.Faz uma referência a um de seus filmes preferidos.
Pergunta a si,se estão falando com ela.Repete algumas vezes essa mesma pergunta,escondendo e mostrando a arma para o espelho.Como se ele fosse seu antagonista.
Como se ela, estivesse em pleno domínio do poder.
Essa sensação,dá a ela,um furor sexual.Mesmo chegando ao orgasmo diversas vezes com seu marido,esse era diferente.
Como se faltasse, sem ela ter o conhecimento direto de sua existência.
Suas mãos,agoras firmes e confiantes,manuseiam a arma com uma certa destreza.
Ligeireza em tirar e colocar o pente,plena consciência em engatilhar e travar a arma.
Aprendera isso,em seu levante do vaso até ao seu posicionamento em frente ao espelho.


Toda essa certeza,na cabeça de quem nunca tocou em uma arma.
Dispará-la então;seria o clímax sem mensuras.
E por que não?Por quê?
Sai do banheiro com a arma enrolada em uma toalha de rosto,constata mais uma vez o relógio e seu marido.
A coloca em cima da mesa novamente e vai em direção ao seu marido.Com"a leveza" de um pássaro,altera o horário do despertador de seu marido para duas horas mais tarde.
A explicação,seria que o celular de seu marido,dava indícios de defeito,afinal,aparelhos eletrônicos nos dias de hoje,são feitos para durarem no máximo dois anos,segundo pesquisas e uma conversa que eles tiveram sobre o celular da filha.Que ela cuidava como um animalzinho de estimação e ainda sim, apresentava volta e meia,"complicações tecnológicas".
Ou também,o remédio para dormir que seu marido fazia uso quase que frequentemente,o fez enganar do horário ao programar.
Remédio forte,que já fez Raul ficar confuso em certos momentos ao se levantar para ir ao banheiro.
Ele fazia uso desse medicamento,quando estava em casa com a cabeça no trabalho ou muito cansado para dormir,isso é comum a muitas pessoas.
Como dormiu com as roupas do corpo,Patrícia estava apta a sair depressa de casa.


Rose,a empregada,chegaria ás nove da manhã,o problema então...,era não ser vista por Alícia.A adolescente acordava sozinha,fazia tudo ela mesma antes de ir para o colégio.Cursando o terceiro ano do colegial,era mais que independente em seus compromissos.Aprendera cedo esses ensinamentos.Sem preguiça em dias de chuva ou nos dias de Frio.
Nunca;a sua mãe precisou chamar sua atenção para seus afazeres.
Como a casa era grande,bastava apenas sair rapidamente,como o cuidado é claro,ao passar em frente à porta do quarto da única filha.
Alícia,repetiu um ano,não por preguiça ou doença,mas quando cursava o segundo colegial,foi com os seus pais ao Velho Continente.

Raul,iria "estudar" em Viena,na Áustria,por seis meses.Ele queria viver uma época feliz e "proveitosa"na cidade de Sigmund Freud."Sentir",seu início acadêmico,antes dele,Freud, "ganhar o Mundo"
Frutuoso,foi sua melhor definição á sua profissão para o convencimento familiar.Naquele ano,o Doutor,prometera um carro á sua filha na volta.Um presente a ela por ela dar a ele o presente de sua companhia.Por não separar a família nesse momento importante em sua vida.
Por isso,Alícia não dependia de ninguém de casa para se locomover.

Com a arma em sua bolsa,ainda enrolada em uma toalha,Patrícia sai de sua casa sem ser percebida ou barrada por uma surpresa.Chega á cozinha e toma uma xícara de café.Café ainda do dia anterior é claro.Requentado no forno de micro-ondas.
Toma um calmante que pegara na bolsa e vai em direção á garagem que ficava perto da cozinha.Uma porta ligava a cozinha á garagem.Tudo planejado na construção da casa.Descarregar compras ou utensílios com facilidade.
Projeto,"Padrão Americano",de seu Irmão e Arquiteto.
Patrícia entra no carro,dá a partida com a pressão de seu dedo em seu luxuoso carro,a porta da garagem abre automaticamente.Um sensor codificado na porta da garagem que funciona apenas com o movimento dos carros da Família.
Novidade comprada recentemente.

Raul,achava que em uma necessidade,procurar o controle ou usá-lo pendurado no "Quebra-Sol",era perda de tempo.
O controle,ficava apenas para se usar quando ninguém fosse dirigir os carros ou para a empregada lavar a garagem quando todos estavam fora.Claro,para outros fins.
Ela sai com seu carro e a porta da garagem se fecha.

Dirigindo pela rua do condomínio,ela ainda não sabe bem aonde irá.
Mas atrás de sua casa,aonde termina os altos e protegidos muros,há um matagal;que sua filha sempre brincava em chamá-la de;"A floresta dos ricos Suicidas".
Dois anos atrás,um dos moradores, se matou lá.Não se tratava de um matagal ou Floresta,mas um amplo lugar com árvores e um rio.Mas esse local,não se estendia por Quilômetros,porque logo após seu término,com uma caminhada de uns dez minutos,você chegaria a uma rodovia que leva ao centro da cidade.Em oposto sentido dessa rodovia,em direção da cidade mais próxima.
Fazer esse trajeto de carro,sentido á rodovia,nessa pequena e esburacada estrada,talvez levasse o mesmo tempo se você tivesse "pena" de seu carro.

Patrícia passa pela portaria do condomínio e se dirige a uma pequena estrada de terra que leva a esse lugar.
A entrada,não é tão ruim como daqui a uns metros á frente.Quando você começa a pegar grama com a variação de terra seca e com pequenas poças de água,devido a um pequeno fluxo do rio que escorre da ribanceira quando transborda em dias de chuva forte.

Aliás,Patrícia,burlou a Todos de sua casa,com rapidez e esperteza;mas se prestasse mais atenção em seu celular,ou no computador de bordo de seu caro carro,notaria que estava previsto para chover em breve na sua região domiciliar.
Patrícia desce de seu carro em um local escolhido.
Olha para os lados e abre sua bolsa.Desenrola a arma da toalha de rosto.Prepara a arma e "testa sua coragem".
Mira em árvores e em lugares sem uma escolha certeira.Exata.
Puxa o "cão do revolver",queria sentir o "momento preparado".
Em seu concentrar,no segundo que tomaria a decisão do sim ou não,o disparo,ouve um Trovão tão forte e súbito que a assusta e a faz pressionar o gatilho.
Ela não tem uma afirmação correta em sua mente,se puxou o gatilho ou se o apertou várias vezes.Mas a arma automática,fez inúmeros disparos.

Ela se assusta e cai de costas no chão ,bate a cabeça em uma pedra.Desmaia.
Se estivesse acordada após esse momento,ouviria gritos vindo da direção da qual efetuou os disparos.
Ainda meio deslocada com o acontecido,acorda com a chuva forte em sua Face.Se assusta e tenta se levantar drasticamente.
-Aonde está a Arma?se questiona.
Procura olhando para os lados,não encontra nada.Com os cabelos encharcados cobrindo seus olhos,constata com a mão em sua nuca que, há muito sangue.
Além do sangue,a dor em sua cabeça ;é intensa.
"Meio abobada",Patrícia tenta ir em direção a seu carro.Como ainda está um pouco instável,tropeça na lama e cai com o queixo no chão.Desta vez,não apaga,apenas abre um corte em seu maxilar.
Ao se levantar,consegue ainda com a visão um pouco turva, visualizar a luz do carro de polícia,o Giroflex ligado,vindo em sua direção.
Mesmo estando um pouco confusa,ouve de um policial;que ela está segura agora.De que será encaminhada ao Hospital.De que tem sorte de escapar com vida de um assalto.

No relatório,um policial diz que havia Três cúmplice com o empregado do condomínio,pois havia"marcas"da presença de mais pessoas,o que deve ter acontecido;,foi uma discussão entre os bandidos e a pessoa que matou o dono da moto,fugiu.um,fez o mesmo caminho atrás do atirador.
O outro,ainda andou descalço perto do carro de Patrícia.Deve ter tentado arrancar algum objeto antes de bater nela.
Um sequestro relâmpago frustrado,por algum motivo,houve uma discordância de ideias entre os bandidos.Tudo segundo o policial"chicão".




III-Preula adolescente





Alícia,sempre foi uma menina responsável
.Responsiva para com seus deveres.Independente.Desde garotinha, mostrava isso a Todos.Nunca questionou seus pais em razão de um mimo adolescente ou exerceu uma fúria com a rebeldia da idade.
Mas,mesmo tendo um Pai Psiquiatra e uma Mãe "Moderna"que, preferia ser mais amiga do que Mãe,gostava de manter para si,certos "segredos".
Mais especificamente,sexo e garotos.
Não por vergonha ou uma represália que talvez pudesse emergir de seus pais,mas por acanhamento .
Adolescentes,em sua grande maioria,têm vergonha de conversar com seus pais sobre esses assuntos.
Sua mãe,apenas perguntou a ela se ainda mantinha a virgindade,quando ela tinha quinze anos.Daquela época até agora, aos dezoito anos agora,nunca mais teve que responder a esse questionamento.
Rose,a empregada,que "ingressou" na família Bergazze,desde quando Alícia tinha sete anos,a conhecia melhor.
Foi sua babá e "amiga".


Sua Mãe,Patrícia,nunca deixou de dar atenção á filha,mas quando se tem muito dinheiro,as "obrigações" e tarefas para se manter uma casa e um casamento,consomem algumas observações que deveriam ser mais aguçadas á família.
Quando Dr.Raul quebrou a perna andando de moto em um final de semana,passatempo esse deixado de lado,teve que contratar um motorista para não deixar de ir trabalhar.
Israel,o motorista,voltava á casa dos Bergazze para se manter á disposição de Patrícia ou levar Rose ao Supermercado.
Qualquer tarefa que precisasse de um carro.Até o horário de ir buscar seu patrão,O Doutor.
Rose,ás vezes,dormia na casa dos patrões,com o tempo e confiança deles,o apreço conquistado,teve o arbítrio de decidir quando e se podia em um determinado dia.Ela também tinha entes que buscavam sua atenção.

Um dia,Rose Flagrou Alícia proporcionando sexo oral ao motorista.Israel,sabe muito bem quanto tempo conseguiu se desvencilhar de Alícia,mas em um dia ,sendo forçado a dividir um cigarro de maconha com ela na dispensa que guardava utensílios de churrasco e materiais para se limpar a piscina,sucumbiu a esse prazer.
Rose a pegou no término do ato,mas ainda de joelhos para o motorista.
Rose o fez se demitir e alegar ,inventar,uma história convincente ao Dr.Raul sobre sua partida.
Tudo para proteger"sua menina" de ações não pensadas.

Sete horas da manhã,Alícia se levanta e se veste rapidamente,vai ao quarto dos pais e abre a porta como uma "cirurgiã";delicada,firme e precisa.
Vê sua mãe dormindo sentada de óculos e com uma revista em cima das pernas.Seu pai,está mais inerte do que uma pedra.O efeito do remédio que tomara na noite anterior.
Fecha a porta com a mesma dedicação de que quando a abriu.
Envia uma mensagem a Edgar,um jovem que trabalhava no condomínio,encarregado de fazer Rondas à noite e "conferir" as casas passando em frentes delas.
Verificar os cantos escuros do muro do condomínio e fazer"boletins"de tranquilidade por rádio a outros empregados.Guardas e porteiros.

Por ser jovem,Egdar,tinha apenas que andar de moto pelo local e fazer relatórios falados.Nada mais.Se testemunhasse algo irregular,deveria chamar a polícia imediatamente ou relatar a seus colegas.
Eles se conheceram,quando Alícia,levava Tóbi,o cachorro,para uma última volta noturna.Sempre ás nove da noite.
Esse era o início do horário de trabalho de Edgar.Ele chegava na portaria,batia seu cartão e já se dirigia á sua patrulha.
Depois de um mês deles se observando,um dia ,ela o parou com uma desculpa qualquer.Começaram a trocar beijos e carícias,mas sempre foram rápidos devido ao tempo dos dois.
Ela,de voltar logo para casa,ele,com a obrigação de ser visto por algumas das câmeras do condomínio e ser escutado com frequência no rádio interno de segurança.
Edgar,com o pleno conhecimento do local de trabalho,conhecia alguns "pontos cegos"das câmeras.
Colocar uma câmera em frente a uma casa de um morador,iria contra a privacidade e poderia ser usado como forma de chantagem se algum empregado visse algo que não lhe dissesse respeito.A chegada e saída de pessoas de uma moradia particular.Como a de vizinhos casados visitando outras pessoas após a saída do dono.

Se houvesse a vontade de câmeras na área construida do morador,essa medida, haveria de ser tomada pelo próprio residente.Ele tomaria essa providência,ele mesmo controlaria"essa visão a mais".Ele seria o resposável e detentor da gravação.
O sistema integrado do condomínio,oferecia a qualquer morador,o acesso irrestrito ás câmeras usadas pelos empregados.Da portaria a todas as ruas.
Frontal de residências,JAMAIS;é contra as normas do local.
Nas palavras de Edgar,as construções;-eram o CANAL.

Pois,em uma construção de uma casa refinada,em um condomínio de ricos,vigiados por muitos empregados,por que se colocaria um guarda particular para não se roubar materiais de construção.Isso seria jogar dinheiro fora,mesmo para uma pessoa endinheirada.

Edgar recebe a mensagem de Alícia,pois ambos sabem que sete horas da manhã,é o fim do expediente de Edgar.Após uma noite inteira andando de moto.Ás vezes embaixo de chuva e no frio.
Ela sempre telefonava para ele quando podia.Sempre à meia noite para confirmar um encontro logo de manhã.
Edgar,nunca levaria esse "romance" para fora de seu horário ou para sua vida particular.Esse caso com uma menina rica,ficaria "ali mesmo".

Ao chegar á cozinha,Alícia deixa um bilhete aos pais,de que tinha ido de carona para escola,por isso seu carro ficara na garagem.
Patrícia,não o viu porque colocou sua bolsa em cima do papel que estava em cima da mesa da cozinha, quando requentou o café no micro-ondas.
Com o frenesi em vigor,nem o notou quando sua bolsa com o papel grudado nela por alguns instantes,o derruba no chão.

Alícia passa pela portaria a pé e espera por Edgar na esquina,longe da visão dos empregados do condomínio,claro,dos moradores que também saíam cedo,todo esse cuidado para irem á Floresta;como ela chamava.
Uma transa rápida antes de ir ao colégio;mais um de seus pensamentos.
Ele chega e ela apressadamente sobe em sua garupa.Ela coloca o capacete com pressa no intuito de também esconder seu rosto.
Se dirigem ao local combinado.
No caminho,ele ainda a alerta que talvez chegue molhada á escola.Viria chuva,segundo ele.
Ao chegarem a um determinado ponto da "estradinha",param.
Tiram os capacetes e começam a trocar beijos e abraços.
O calor humano entre os dois,se exalta.
Quando Alícia se ajoelha na frente de Edgar,no momento que ela abre seu zíper,ouve um estrondo;é um trovão.
Quando ambos se assustam,Edgar faz uma piada relacionada ao momento.Alícia olha nos olhos de Edgar,no segundo que ela ri,em seguida,ouve disparos.

As balas que atingiram Edgar de pé,próximo á sua moto,faz com que o sangue de Edgar,seja burrifado no rosto de Alícia.Ela emana vários gritos de pânico.De Horror.
Alícia ,sem pensar devido ao medo e confusão,sai correndo abaixada com as mãos na cabeça,vai em direção a um caminho com o mato alto que, a levaria a fazer o contorno no muro do condomínio.Com alguns minutos de caminhada,chegaria na portaria novamente.
Ao chegar na porta de sua casa,começa a chover forte.

Se alguém de casa perguntasse,Alícia diria: "o carro da amiga havia Quebrado". Voltou correndo e estava suja e suada por correr e para não perder a segunda e importante aula que apresentaria UM trabalho de grupo,tomaria um banho antes de pegar seu carro e buscar as colegas que a esperavam.

Para sua sorte,a emprega chega logo depois,estava molhada por causa da chuva,com a pressa de chegar,escorregou na terra da construção próxima á casa dos Bergazze.Tentou "cortar o terreno"para logo sair em frente á rua da família.
Péssima ideia para quem usa sapatos altos.







III-Amizade Matriarcal



Rose,quando foi contratada para trabalhar na casa dos Bergazze,sempre achou seu patrão,o Doutor,um homem atraente.
Mas,ela nunca deu espaço para uma intimidade ou para uma "amizade mais próxima". Respeitava sua patroa.A admirava.
Patrícia,ajudou Rose com a conta do hospital quando ela teve que internar sua mãe e não tinha dinheiro para quitar sua dívida com o Tratamento caro.
Também se encantou com uma linda garotinha chamada Alícia.
Os anos se passaram,Rose acabou sendo mais respeitada e indispensável para com a família Bergazze.
Quando o Doutor Raul e família foram á Europa,passar os seis meses na Áustria,Rose,cuidou da casa e das contas com maestria.Mesmo com as visitas surpresas da irmã de Patrícia.
Raquel,a irmã desconfiada,nunca descobriu uma falha ou deslize da empregada.Mas mesmo sendo insistente no quesito;"pegar com a boca na botija",nunca inventou um boato contra Rose.Isso é admirável.

Rose era uma pessoa resiliente ás adversidades que passaram em sua vida.Muitos,também poderiam dizer o mesmo de si,do que tiveram que enfrentar,mas ela,nunca se deixou abater ou murmurou por eles em momentos de solidão ou de fadiga da Alma.


Devido seu empenho e confiança da família,das palavras de admiração dos vizinhos condôminos que frequentavam a casa dos Bergazze;-de uma empregada saber se portar,falar um português correto e ser discreta,Raul não teve dúvidas quanto a uma decisão.Colocá-la em um cursinho pré-vestibular,a convenceu colocando seu principal ponto de vista.
-Nunca é tarde para se estudar;velho, é quem acha que não pode mais exercer a cabeça e adquirir certos conhecimentos.
Rose aceitou de bom grado e com um afinco certeiro.
Á noite,Alícia não precisaria ser"espreitada" mesmo.



Qualquer pessoa que frequenta a casa de amigos ou de parentes com uma certa regularidade,logo saberá de seus costumes.Qual hora costuma ir ao banheiro "ler",qual são as discussões com assiduidade entre os moradores,as reclamações para com os parceiros,o vexame corriqueiro que um sente diante da visita que se tem "como de casa".



Em uma noite chegando de seu curso,Rose resolveu levar o lixo para fora,mas antes resolvera abrir a porta da cozinha e passar pela garagem.
Ela se assusta ao ver o Dr.Raul dentro do carro,com a porta semiaberta,com uma das pernas para fora,contemplando sua arma.
Ele disse que a levava na bolsa de sua maleta, para se proteger.Não precisa ter receios,não iria matar ninguém.
Ela jurou segredo até o Doutor ter a coragem suficiente para contar á sua mulher.
Nunca mais ela tocou no assunto ou contou para alguém,ela devia muita a essa família."Isso",era assunto de rico segundo ela.

Uma empregada que "vivamente"está sempre nos momentos bons e ruins de uma família ENTÃO...sabe de "cousas" que talvez o outro membro da família,não saiba.
Como o desabafo de Dona Patrícia ao confessar que sua"bebê"Alícia,estava tendo relações sexuais.
Isso foi uma escorregadela de Rose,pois no momentos que colocava as "calcinhas da casa" na máquina de lavar roupa,sem querer derrubou uma das peças de Alíca no chão.
Patrícia que estava por perto,aproveitou para dizer que sua filha precisava de calcinhas novas devido ao seu tempo de uso.Mas com elas em suas mãos,constatou algo a mais.


Patrícia naquele momento não disse de imediato essa observação,viera a contar sobre o ocorrido em uma noite na cozinha quando todos já haviam se recolhido.

Rose saberia quem era, após "ficar" uma noite com o porteiro em um bar próximo ao condomínio da família.
Depois de tanto insistir e cortejar a empregada,Luizinho,conseguiu o tão esperado encontro.
Luizinho,bêbado,disse a Rose que o novo "moleque da moto",do qual sempre "ficava no pé",confessou a ele estar"pegando" a filhinha do Médico.

Que se fosse ela,ficaria esperta para com esse rapaz.Pois não era por ser meramente de uma classe social inferior ao dos Bergazze,mas por ter sido detido ainda "como menor";por drogas,assaltos e demais coisas da qual ele não lembrava devido ao seu estado alcoólico.
Disse que devia isso a Rose porque seu Pai,Pai de Rose,o ajudara incontáveis vezes quando era moleque.
Afirmou ainda que,quando conseguiu esse emprego perto dela,foi seu sonho realizado,tudo graças novamente ao "Seu Silas".
Rose sempre lembrava das vezes que seu Pai tentou juntar os dois,mas como Luizinho era desempregado na época,não deu continuidade a esse encontro planejado.
Mas agora,depois de se firmar em um trabalho,ela mudou um pouco sua visão sobre seu pretendente.
O namoro e uma relação de compromisso,se inicia.







IV-Pobre,mas Sangue Bom

Luizinho,conseguiu o emprego na portaria desse Rico e Esnobe condomínio,após ser indicado por Silas,um empregado respeitado e que já se aposentara.
Além desse amigo e padrinho,padrinho mesmo,havia sido Silas seu batizante de Crisma,levaria a honra da indicação,com dedicação e respeito ao trabalho.

Sempre sabia as fofocas do local,mas era discreto e não comentava com os companheiros sobre os acontecidos ou das "ocorrências familiares".O famoso "B.O"como os empregados se referiam.
Rose,sempre fora seu amor de adolescente que não "passou" até sua condição chamada,de adulto ou homem feito.
A esperança de se casar com ela,ou simplesmente a namorar,era seu maior sonho.

Faria de tudo para tê-la.De Tudo.
Trabalhar,trabalhar e trabalhar para ter condições de sustentá-la; ou viver honestamente,mesmo na simplicidade.Não se importava em ser rico como as pessoas das quais trabalhava.Os condôminos.
Seu horário de trabalho,era"puxado",das sete da noite ás sete da manhã.Mas poderia fazer intervalos para fumar ou fazer uma pequena caminhada para esticar as pernas.Tomar seu café ou simplesmente ver um pouco de Tv.

Nessas pausas,alguém o "cobria". Dependia quem estava por ali por perto.Claro,ele ajudava também seus colegas com os chamados"cobres"(cobrir);um dialeto deles.
Quando Rose estava para chegar do cursinho,ás dez da noite,Luizinho programava esse intervalo para ir buscá-la na esquina,pois o ônibus não parava em frente ao condomínio.
A rua que era deserta á noite,mesmo durante o dia,havia mais movimento dos moradores,não era um local com vizinhos"externos".
Podia estar frio ou chovendo,e lá estava Luizinho,prontificado na esquina aguardando seu amor.Sempre com um cigarro e uniformizado,crachá e um cassetete na cintura.
Nenhum deles tinha autorização para andar armado.

Apesar de ser uma caminhada rápida,colocavam o papo em dia com o pouco tempo disponível.Sim,dava tempo para uns beijos e abraços.
Essa relação entre os dois,começou um pouco antes da família Bergazze voltar da Europa.
Luizinho,nunca sequer; pôs os pés na garagem quando os padrões de Rose estavam fora.
Tampouco, na grama da entrada da família.

Quando Edgar começou a trabalhar no condomínio,Luizinho conhecia "a fama"do moleque.Não gostara nenhum pouco em tê-lo como colega de trabalho.Mas não disse uma palavra,pois quem o colocou para trabalhar lá,foi o síndico.
"Seu Ademir"que,conhecera a espetacular coroa,mãe do rapaz ,em um bar da cidade.Como era viúvo,além de deslumbrado com a nova chance que a vida lhe dera,achava que o menino,Edgar,precisava de um novo Pai e um emprego.
O Pai de Edgar,havia abandonado ele e sua mãe,alguns anos atrás.Sem explicações.
Ou seja,boca calada,não "entra areia" no trabalho de Luizinho.

Com o tempo de trabalho de Edgar,descobriu que ele estava com intenções com a filha do Médico.
Intenções não,a finalidade,já estava em execução.
Edgar contava a Todos os empregados seus feitos sexuais.Logo,todos os moradores,saberiam por terem uma amizade indireta com alguns dos empregados.
Empregado que conta á empregado e chega aos ouvidos dos patrões.
Seria a vergonha para os Bergazze diante dos presunçoso vizinhos.

Seu plano,de Luizinho,era contar à rose logo e deixar que ela tomasse os "cuidados"cabíveis.
Em uma noite,depois de vir do cursinho,após conversar com Luizinho sobre essa questão,Rose disse que ia dar um jeito logo.Não queria ver Alícia envolvida com um bandido.
Sem querer,nessa noite,Rose flagra o Doutor na garagem com uma Arma.Para ela,dizer isso a ele, agora,não era o momento.
Logo depois,quando ela nota que o Doutor iria tomar banho,conhecia os horários e costumes da casa,entra no quarto de Dona Patrícia e deixa "algo no ar" para ela.
Mas nesse Breve instante de conversa entre as duas,Rose se deu conta de algo crucial.De que ela mesmo,nunca tinha visto os dois juntos.Edgar e Alícia.
Se Alícia soubesse que Rose sabia de sua nova besteira,poderia contornar essa história como fez tantas outras vezes.

Rose se retira do quarto dizendo que estava fazendo um chá á sua Patroa e precisava descer logo.
Na cozinha,depois de pensar bem na solução que deveria ter tomado,Rose resolve ir ao quarto novamente falar com Patrícia,mas encontra sua Patroa,um pouco desligada e um pouco chateada.
Patrícia estava no corredor em frente á porta de sua filha.

Rose,sem ser vista,volta devagar com a xícara nas mãos.Que besteira eu fiz?;pensou a empregada.
Telefona para Luizinho,conta o acontecido e na solução que poderiam tomar.Luizinho,diz que Edgar disse ao "Seu Zé",que contou a ele,que Edgar iria "dar um traço"em Alícia no mato atrás do condomínio,logo pela manhã,após sair do trabalho.
Rose e Luizinho,então resolvem armar um flagrante para os dois.Assim que Alícia visse Rose,a empregada;ela a teria nas mãos,com a certeza do caso entre os dois.

Quando amanhece,Rose e Luizinho já estão na trilha,atrás do muro do Condomínio.
Esperam Alícia e Edgar pararem,Rose está inquieta para logo resolver isso,mas Luizinho diz a ela para ter calma pois irá filmar com o celular.
Na posição que estão,conseguem ver o carro de Patrícia também chegando.
Estava tudo perdido,segundo Rose.
Rose e Luizinho se abaixam até perderem a visão que tinham do casal e da Patroa para conversarem sobre o que fazer.
Ambos estão de cócoras.
Quando Rose se assusta com o Trovão estridente,antes de recuperar,ouve os disparos.
Luizinho sobe em cima das costas de Rose,com a intenção de protegê-la.
Começa a garoar,Luizinho resolve levantar a cabeça.
Vê a Patroa de sua namorada no chão,com o revolver na mão.Luizinho tira seus sapatos e dobra sua calça,manda Rose ir para o lado de Alícia e "pegá-la".
Rose vai em direção á moto e vê Edgar morto,de longe,ainda consegue ver Alícia beirando o muro,um caminho que a levaria á entrada do condomínio se seguido.

Rose tenta correr atrás dela e escorrega.Se Machuca Um pouco.
Luizinho sem entender bem o ocorrido ,pega a arma de Patrícia e vai em direção á Rose.
Também Vê Edgar morto.
Mostra a ela a arma e Rose logo a reconhece.Pede a ele que dê a ela para guardar na bolsa,Ela levará para seu Dono de direito.Que dará um jeito de a colocar no quarto do casal novamente.
Ele diz que sua Patroa precisa de um médico,pois está se mexendo.Apesar de estar de certa maneira;inconsciente.

Para Luizinho não se envolver diretamente,pois voltar ao trabalho com ela,naquela condição,sujos, seria um pouco estranho,ela pede a ele que vá em direção á estrada,após chegar lá,chamar a ambulância de um telefone que tem para motoristas chamarem o socorro quando há um acidente na rodovia.
O que ele precisava prestar atenção,era somente explicar o local exato do "acidente".

Após um beijo entre o casal,Luizinho vai ao combinado e Rose pega o caminho que Alícia fez.Ninguém passaria por Patrícia,perto do carro.
Quando Luizinho estava chegando perto da pista,encontrou quatro"meninos"em uma clareira,estavam consumindo Droga e nervosos.Como Luizinho estava sem camisa,com as barras da calça dobrada,passou por eles com um singelo comprimento.
Mas um deles,ainda pergunta a ele,se ele havia escutado os tiros.Luizinho espertamente responde:-é a polícia,"vazem"!!
Os moleques agradecem e saem apressadamente para um outro lado.

Ao chegar á portaria,Rose diz ao funcionário do horário,que caiu ao tentar escapar da chuva,mas estava tudo bem.
O funcionário ainda comenta ;-que hoje ,a "Bruxa está solta",pois "Dona Alícia",também teve imprevistos.
Rose comenta com um ;-Pois é,como pode?

Entra em casa e encontra Alícia,diz a ela que caiu no terreno da construção em frente,tentou cortar o caminho e caiu.
Alícia pergunta se ela está bem mas logo desconversa; -vou tomar um banho,o carro de minha amiga quebrou e tentamos empurrar,por sorte,estava aqui perto;diz Alícia andando e falando.

Nessa "Deixa",Rose corre para o quarto,Raul ainda está dormindo.Ela coloca a pistola na bolsa da Maleta.
Estavam faltando algumas balas,mas isso,ela deixaria para o casal ou a qualquer explicação que ele chegasse.
Agora, ela corre para um outro banheiro e se limpa rapidamente,troca de roupa e vai para cozinha preparar o café.
Alícia passa pela cozinha e vai logo para a garagem pegar seu carro;diz à Rose,estar atrasada.
O telefone toca,é a polícia informando que Dona Bergazze,se encontra no Hospital.
Rose acorda o Doutor Raul com a notícia.

Ao chegar ao Hospital,Raul fica sabendo o que havia acontecido.Diz à mulher que está deitada no leito do Hospital,que ele tem razão sobre a violência da cidade.
Ela concorda.
Dias Depois,através da Polícia,Raul soube que a mulher de Ademir,o síndico,havia proposto a ele para fazer parte de um sequestro.
como não entraria nesse plano,ela o matou juntamente com seu filho,Edgar,tudo porque ele colocaria o plano em risco.
Naquela manhã,levariam Alícia e pediriam resgate,mas dois dos moleques,dos quatro, que aguardam em um vão de terra,localizado entre o muro do condomínio e a estrada que tinha logo abaixo,se desentenderam e mataram Edgar.
Talvez porque ,tentaram sequestrar sua esposa,Dona Patrícia.
Erro que selou o desentendimento entre eles.





By Santidarko